Na natureza temos umas coisas que são mesmo difíceis de acreditar. Uma delas é que é possível um peixinho tão pequeno fazer um barulho tão alto.
Olha só que carinha fofinho. Quem vê não imagina o tamanho do barulho que ele faz.
Mais barulho que um elefante
O Danionella cerebrum, é um peixe tão pequeno, praticamente transparente, que cabe na ponta do dedo, mas capaz de produzir sons mais altos do que um elefante. Trata-se de uma espécie nativa de Mianmar. Este peixe minúsculo, com apenas meio centímetro de comprimento, gera sons que ultrapassam 140 decibéis, equivalentes ao barulho de um avião decolando a 100 metros de distância.
Uma Habilidade Incomum para o Tamanho
A produção sonora desse pequeno peixe chamou a atenção dos cientistas liderados pelo ictiólogo Ralf Britz. Seus estudos mostram que o som gerado pelo Danionella cerebrum supera o volume produzido pelos elefantes, que chegam a 125 decibéis com suas trombas. Esse fenômeno é impressionante, já que, em geral, animais maiores costumam emitir sons mais altos que os menores.
Porém, algumas exceções desafiam essa regra. Um exemplo é o camarão-estalador, que atinge até 250 decibéis com suas garras. Outro é o peixe-marinha-de-barbatana-plana macho, cujos chamados de acasalamento chegam a 130 decibéis. Mas o Danionella cerebrum se destaca por seu mecanismo de produção sonora único.
O Segredo Por Trás dos Sons Poderosos
Pesquisadores utilizaram gravações de vídeo em alta velocidade, microtomografias computadorizadas e análise genética para entender como esse peixe consegue emitir sons tão altos. Descobriram que o macho da espécie possui um aparato exclusivo para gerar som, composto por cartilagem semelhante a um tambor, uma costela especializada e um músculo altamente resistente à fadiga.
Esse mecanismo funciona quando a cartilagem é pressionada contra a bexiga natatória, um órgão cheio de gás que ajuda o peixe a flutuar. Essa pressão gera pulsos rápidos, que resultam nos sons característicos da espécie. Além disso, a Danionella cerebrum consegue variar as frequências dos ruídos ao alternar entre compressões bilaterais ou unilaterais da bexiga natatória. Esse repertório variado é usado para se comunicar em ambientes aquáticos turvos.
Adaptações Evolutivas Notáveis
Devido ao seu tamanho em miniatura, rico repertório comportamental e translucidez óptica que persiste até a idade adulta, Danionella cerebrum é uma grande promessa para análises de imagens in vivo não invasivas de todo o cérebro com resolução de célula única em um vertebrado adulto e está começando a emergir como um novo sistema de modelo importante na pesquisa neurocientífica atual.
O estudo sugere que a comunicação sonora desenvolvida pelo Danionella cerebrum é uma resposta ao ambiente competitivo entre machos em águas com baixa visibilidade. Essa adaptação mostra como as espécies evoluem soluções criativas para interagir e se destacar em seus habitats.
Curiosamente, o mecanismo usado pelo peixe difere da maioria dos vertebrados, que dependem da manipulação de ar por músculos especializados para produzir som. No caso do Danionella cerebrum, não há movimento de ar envolvido, destacando a diversidade das estratégias evolutivas de comunicação.
Essa descoberta é mais um exemplo fascinante da complexidade do mundo natural, mostrando que mesmo as menores criaturas podem ter grandes habilidades.
Quem diria que um peixe tão pequeno poderia fazer tanto barulho?
Bizarro igual esse, só o peixe que sabe mandar o Radouken!
Fui crente no video esperando ouvir um som do tipo explosão do Karakatoa e ouvi só uns estalinhos.