Piano que toca sozinho? Tá aí um negócio que se eu fosse super rico do tipo que não tem mais onde torrar dinheiro, certamente eu teria um para tocar pra mim enquanto escrevo. Um belo piano de cauda para decorar minha maravilhosa casa com vista para o mar, acho que ele ficaria bem.
Piano que toca sozinho
Pianos que tocam sozinhos não são uma ideia nova, é verdade. Durante décadas pianos automatizados faziam sucesso. Muitos usavam um sistema de rolo metálico com pinos e também cartões perfurados que faziam o piano automático “saber” como tocar. Eles são chamados de “pianolas”.
O instrumento cresceu com a produção em massa de pianos domésticos, entre o final do século XIX e o começo do século XX. As vendas atingiram seu ápice em 1924, e depois disso gradualmente declinaram devido ao aperfeiçoamento do fonógrafo e de gravações. Posteriormente, a popularização de aparelhos de rádio reduziu sensivelmente o mercado para esses instrumentos, que finalmente tiveram sua produção interrompida devido à crise 1929.
No video abaixo, podemos ver um desses pianos que tocam sozinhos de antigamente:
O mecanismo original, patenteado em 1897 pelo engenheiro americano Edwin S. Votey, era instalado diante do teclado e consistia num rolo de papel perfurado com a notação da peça que se pretendia executar, acionado pelos pedais. Cada perfuração abaixava uma tecla e impulsionava o respectivo martelo, o que substituía a ação dos dedos. Mais tarde o mecanismo foi incorporado ao instrumento, que passou a possibilitar uma considerável variação de dinâmica e andamento.
Entre outras obras, a pianola inspirou o Estudo para pianola, de Stravinski, em 1917, e a Toccata de Hindemith, composta em 1926. Para esse insólito instrumento de teclado, os músicos escreviam peças sem cuidado com as limitações impostas pelo tamanho da mão do executante.
Também conhecida como piano mecânico, a pianola ganhou vasta popularidade por volta da primeira guerra mundial. Algumas companhias fabricavam rolos que reproduziam com bastante exatidão as interpretações de músicos famosos, como Cortot e Debussy. Apesar do sucesso que fez no início do século XX, a pianola caiu em desuso logo a seguir.
Uma pianola moderna?
O Yamaha Enspire Pro não só executa as músicas, mas faz isso como uma pessoa – acionando as teclas. Vem com 500 músicas e também tem o próprio serviço de streaming, com 30 canais de áudio, assim, você pode ter sempre musicas novas para ouvir.
Claro que no inicio deve dar uma estranha sensação de ter um fantasma tocando piano… Pode ficar legal num halloween, com certas musicas como essa:
Se você mesmo quiser tocar, ele tem outro truque: o modo silencioso, com fones de ouvido. Imagina que louco tocar um piano de verdade e ele não emitir som? Perfeito para quem está aprendendo e tem compaixão dos ouvidos dos vizinhos, hehehe. Nesse caso, ele funciona assim: O martelo é afastado das cordas, que não vibram, e o piano usa uma versão sintetizada do próprio som. O áudio é reproduzido no modo binaural, ou seja, parece estar emanando do piano (não dos fones).
Obviamente que tudo isso tem um preço: o Enspire custa a partir de US$ 70 mil.
O fantasma que toca piano
Eu estava falando ali em cima sobre ter um piano desses fica parecendo que tem um fantasma na casa e me lembrei de um caso interessante, que não me lembro se já coloquei aqui ou não, afinal quase vinte anos de Mundo Gump, escrevi tanta coisa que já nem sei mais. Se eu já te contei, finja surpresa e não me deixe no vácuo, hehehe.
Mas se não contei, lá vai:
Uma amiga da minha mãe tem uma fazenda antiga em que o piano toca sozinho. Por mais bizarro que pareça, todo mundo lá confirma essa bizarra história. Eles compraram uma fazenda no Vale do Paraíba, que tinha uma sede antiga, daquelas do tipo “Escrava Isaura” mesmo. Essa sede era tão antiga, que ficaram com pena de modernizar, pelo que parece.
Eles fizeram uma nova sede, e deixaram a sede antiga que é bem afastada, abandonada com tudo dentro, incluindo um piano. Os empregados não vão lá porque todos tem certeza ABSOLUTA que a tal fazenda é mal-assombrada. E muitos desses empregados, contavam histórias sobre o piano da casa grande tocar sozinho.
Claro que os novos donos da fazenda não acreditaram a princípio, mas depois de um tempo, essa amiga da minha mãe foi lá e ouviu ela mesma o piano tocando. Dizem que ele toca entre as cinco e seis da tarde. E isso é só um dos fantasmas. Tem outros, inclusive um que mete a porrada nas pessoas lá. O marido da amiga da minha mãe (dono da fazenda) contou que lutou com um. Ele foi às vias de fato com o fantasma no meio da noite, após levar um murro na cara quando dormia. E segundo ele, o fantasma bate forte mesmo! Pra valer!
Ele ficou todo roxo, e nunca mais dormiu lá.
Eu estou para falar com a dona da fazenda, para ver se eu posso ir lá ver isso pessoalmente qualquer dia desses. Mas dormir lá não vai rolar, pq mais medo de ser assustado por assombração, eu tenho medo de apanhar e ficar sem dente.