O púlpito voador

Com o estranho apelido de “púlpito voador” esta curiosa aeronave entrou para o panteão das aeronaves mais esquisitas já feitas na Terra.

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Seu nome verdadeiro era mais legal: Williams X-Jet.
A principal característica desta curiosa aeronave é que ela não tinha asas e nem hélices ou rotores aparentes. O visual lembrava um barril voador, e era (ainda é) muito associado a um Ufo.
O barril voador podia se mover em qualquer direção, acelerar rapidamente, podia estacionar no ar e também girar sobre seu eixo, ficando no ar por até 45 minutos. Ele permitia seu piloto a trafegar a velocidades de até 60 milhas por hora (100 km / h).
Mas com todas essas vantagens, por que diabos o púlpito voador não deu certo?

A explicação disso envolve a gênese do projeto. Criado como uma aeronave militar, ele se revelava um conceito frágil, porque deixava o piloto Exposto para qualquer atirador distante brincar de tiro ao alvo. Os motores que mantinham o equipamento no ar também emitiam muito barulho para que ele operasse de forma discreta, atraindo a atenção para o aparelho. Outro calcanhar de Aquiles do projeto, é que ele só levava um passageiro, que era o piloto. A maquina não tinha motores suficientes para transportar cargas, conferindo a ela um papel quase de enfeite para aplicação num conflito real.

O aparelho foi avaliado pelo Exército dos EUA na década de 1980, e foi considerado inferior às capacidades de helicópteros e pequenas aeronaves não tripuladas.
No entanto, eu creio que o curioso equipamento nunca foi visto sob a ótica da diversão. Ele poderia ser muito útil para diversos pesquisadores, como os que estudam as copas das árvores, ou que pesquisam em áreas de difícil acesso. Esse tipo de equipamento teria aplicação como equipamento de recreação, quase como um carro voador dos Jetsons.

O X-jet era quase uma evolução da famosa “plataforma voadora”, Hiller VZ-1 Pawnee. Que sem melhor definição, era um DISCO VOADOR com um sujeito em cima.

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Esse treco funcionava como um Segway. O piloto inclinava seu corpo para a direção que queria ir e ia. Diz a história do equipamento que ele era dificílimo de manobrar e contava com todas as desvantagens de levar quase nada de peso, falta de autonomia, atraía muita atenção e deixava o piloto quase com uma plaquinha de alvo nas costas.
O conceito original foi desenvolvido por Charles H. Zimmerman no final de 1940. O projeto foi levado à cabo pela Hiller e De Lackner Company. Havia dois modelos principais, o modelo ONR 1031-A-1 e outro, um pouco maior chamado VZ-1 Pawnee, produzido em 1956 para o exército americano. Três aeronaves de cada modelo foram construídos como protótipos. Nenhuma delas foi colocada em produção.

Eu gostaria de ter um bagulho desses para atravessar de Niterói para o Rio de vez em quando.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Ora, bolas, era só instalar algum tipo de para-brisa à prova de bala ou de alta resistência. A não ser que na época ainda não existisse essa tecnologia. Mas está na hora desse projeto ser ressucitado, v. nao acha?
    Como v, mencionou, isso daria muito faturamento em algum tipo de ressort, parque de diversão, exploração turística, ou apenas curiosidade e entretenimento. Vamos comprar uma duzia desses “”trecos” e montar um “rent a treco”?

    • Bezalel, na década de 30 alguns modelos de aviões como o Messerschmitt BF 109, mais pra frente um pouco o Grumann F-4F wildcat, tinham parabrisas a prova de balas. O problema é que esses parabrisas tinham uma espessura de 30mm e para uma área envidraçada grande pesava demais, o que provavelmente superaria a capacidade do motor para levantar a geringonça.

  2. Lembro daquele cara na abertura das olimpíadas de Los Angeles, em que ele usou um traje de voo para acender a pira olímpica (acho que foi em 1984)…também foi um treco que não se ouviu mais falar…

  3. Eu me lembro de ter visto isso na TV em 85- eu era molequinho e fiquei impressionadíssimo. Parece que na parte frontal dele havia um espaço onde ficava o paraquedas… Já podia imaginar um futuro com vários desses pela cidade. Estamos em 2014 e os carros ainda não levitam como nos Jetsons. Melhor assim talvez; Pense em alguém perdendo o controle de um desses e atravessando o telhado da sua casa.

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