Todos nós crescemos ouvindo e vendo que a Guerra traz à tona o lado mais selvagem do ser humano. Mas será sempre assim? Ao que parece, não. O meu amigo Guilherme me mandou um interessante caso sobre o limite entre a inimizade de nações.
Charlie Brown era piloto americano de um B-17G do 379th BG em Kimbolton na Inglaterra.
Seu B-17 estava seriamente danificado, atingido pelos caças inimigos e pela antiaérea.
Com a bússola arruinada, ele voava perdido e cada vez mais adentro da Alemanha, ao invés de estar com rumo para sua base inglesa.
Após sobrevoar um aeródromo alemão, um caça Messerschmidt Me 109G foi enviado para abater este B-17.
Quem estava no comando do caça era o alemão Franz Steigler. Ao se aproximar do bombardeiro, não podia crer no que via. Em suas palavras:
“Nunca vi um avião naquele estado. A seção traseira, leme e profundores muito avariados, artilheiros feridos, a proa do quadrimotor danificada e furos por toda fuselagem.”
Embora tivesse o caça armado e carregado, Franz emparelhou seu Me 109 com o B-17 e olhou para o comandante Charlie Brow e este estava apavorado e lutando com os controles para manter o bombardeiro voando.
Ciente da desorientação do piloto, Franz acenou que eles girassem 180 graus, escoltando o avião em um rumo seguro para a Inglaterra.
Então Charlie Brown saudou e voltou para sua base.
Ao pousar, Franz informou ao CO que abateu o bombardeiro sobre o mar.
No “debriefing”, Charlie Brown e sua tripulação informaram o ocorrido, mas foram instruídos para não falar sobre o episódio com ninguém.
Após 40 anos, Charlie partiu em busca daquele piloto alemão que o salvou.
Depois de longo tempo, ele encontrou Franz.
Franz Steigler à esquerda e Charlie Brown à direita
Ele nunca havia citado o fato, nem em reuniões do pós-guerra.
Eles se encontraram nos EUA numa reunião do 379 BG, com a equipe que ainda estava viva porque Franz não disparou suas armas.
Quando perguntaram a Franz por que não derrubou o B-17, ele respondeu:
“Não tive coragem de acabar com a vida daqueles homens que lutavam para viver. Voei ao lado deles. Eles davam tudo de si para chegar são e salvos à sua base, e eu não ia impedi-los de viver. Simplesmente não podia atirar em um inimigo indefeso. Seria o mesmo se eu estivesse num pára-quedas.”
Ambos os pilotos morreram em 2008.
fair play da guerra…
nossa realmente são coisas que não acontecem 2 veses na vida
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Caramba… Que história fantástica… Show de bola.
Um fato que marcaria a vida de qualquer um.
– Muito bom! Gosto muito de artigos sobre Guerra; Abraço!
Aproveitando o clima de coisas mirabolantes de guerra, gostaria que desse atenção ao contato que fiz (por meio da seção de contato) sugerindo um post sobre Simo Hayha.
Vou ver. Um abraço
Parece que a convenção de Genebra tem um termo especial para para queditas no ar, né? Ouvi boatos.
E eu sempre metralhei eles no Battlefield. Me sinto desumano, agora.
Quando a história: Realmente muito boa. Tem umas histórias de guerra muito loucas. Que nem aquele e-mail que circulou com os “Rambos” da vida real, que continua o Simo Hayha que o cara falou ali em cima.
”Ambos os pilotos morreram em 2008.” tenso.
NOssa muito loco mesmo, isso mostra como a guerra é um ato puramente idiota ;//
Se nao me engano tem um outro caso de guerra q passo um documentario ou discovery o natgeo, falando tb de ajuda entre “inimigos”. muito bom mesmo ;D
Existem “omens” e “HOMENS”. Com certeza esse alemão era um “HOMEM”, dos que faltam muito hoje em dia, especialmente nesse país de abrantes…
SE FOSSE EU, TINHA METIDO BALA !!!!!!