Quando o dia amanheceu, Carlson estava com os braços dormentes. A posição ingrata em que dormira estava cobrando um preço alto. Seus dedos formigavam. As juntas pareciam ranger.
O desejo de um banho havia crescido de tal maneira que Morten passava mais tempo relembrando de como era feliz e não sabia no tempo em que podia tomar um banho quente, do que pensando em para onde estava indo no pedregoso caminho.
Era quase como um cemitério de elefantes, mas no mar. Eles vinham, gigantes, imponentes, enormes, impávidos e colossais, cortando a água como fizeram desde seu nascimento, para desacelerar os motores. Ao se aproximar da costa, já se notava uma mancha escura junto à praia. Era um verdadeiro enxame de pessoas, que aguardavam, como formigas, ávidas para desmantelar o gigante moribundo...