Todo mundo que é normal tem medo de radiação. Fato.
Basta abrirmos o jornal para acompanharmos o drama das pessoas que tiveram que abandonar suas casas devido ao Tsunami do ano passado no Japão. As áreas devastadas pelo Tsunami foram rapidamente reconstruídas, num show de competência e seriedade com o erário público para o mundo, mas as áreas contaminadas pela radiação que vazou no acidente de Fukushima, numa das maiores tragédias atômicas do planeta ainda estão bloqueadas para o acesso humano.
Os acidentes, os riscos, os resultados horrendos ocorridos em decorrência das duas bombas nucleares lançadas pelos Estados Unidos contra o Japão na época da Segunda Guerra Mundial ficaram impressos, indeléveis na memória das pessoas. A palavra RADIAÇÃO se tornou algo negativo, algo que se deve temer, talvez do mesmo modo como ocorreu com a LEPRA.
O que o senso comum ignora é que a radiação não é exatamente o perigo e sim a quantidade da radiação. Tudo tem radiação, até uma simples castanha do Pará.
As pessoas também ignoram que muitas coisas que temos hoje são produtoras de radiação. A começar pelo seu forno de microondas aí.
Eu acho estranho que se fale tão pouco sobre a tecnologia da irradiação de alimentos. No fim de semana, eu estive na casa de uns amigos que plantam hortaliças em um município vizinho a Nova Friburgo. Eles estão plantando tomate atualmente. Estranhei que enquanto meu carro percorria a estrada, ainda marcada pelos deslizamentos de terra daquela fatídica chuva que atingiu a região, os pés de tomate estavam carregados de frutos maduros. Na mesma hora, percebi que aquilo só poderia indicar uma coisa: O valor do tomate no mercado estava baixo.
Ocorre que quando você é um agricultor, você está a mercê de um sem número de fatores que definirão sua vida. O primeiro deles é o crédito. Sem grana, você não compra semente. E sem semente, você não colhe nada. O segundo fator é o tempo. Se o tempo ajuda, dá uma boa colheita. Se não ajuda, você se ferra de verde e amarelo. O terceiro é o preço do insumo. Você precisa de adubo, de defensivo contra pragas. Mas nenhum desses fatores é tão perverso quanto este: O atravessador.
O atravessador é o cara que compra o tomate do cara que produz, que fica no sol, que está exposto ao defensivo, ao risco da planta não vingar, das pragas e etc, e vende no mercado, botando o dele em um overprice e entregando para os mercados, que botarão um segundo overprice. No Brasil este é o cara que mais existe. Ele está em tudo. Praticamente tudo que a gente compra envolve um ou mais atravessadores. Na área de pesca então, é uma barbaridade!
No lance do tomate, funciona assim: Quando todo mundo planta tomate, tem muito, logo, o preço cai. Quando escasseia o tomate, o preço sobe. Simples de entender. Porém, essa coisa é extremamente volátil, e num mês a caixa de tomate pode estar com uma cotação de 50 reais e no outro ela despenca para miseráveis 5 merréis. Com isso, toda aquela grana investida que some de vista na plantação vai virar comida de passarinho, vai apodrecer no pé. O cara faz isso porque provavelmente pegou empréstimo para plantar e precisa pagar o mesmo, ou ele vira uma bola de neve, que só cresce, dada as taxas de juros aqui praticadas, das maiores do mundo, senão a maior. Se o tomate estragar mas ele conseguir com isso pagar os juros, é ruim, mas já valeu.
E é isso que esperam os produtores quando observam que o preço do tomate despencou no mercado. Eles deixam o alimento apodrecer no pé. Aí escasseia o produto no mercado e isso força o aumento do valor da caixa.
Então, veja a esquizofrenia do negócio: Você tem pessoas passando fome por vários locais do país e tem comida estragando em outros lugares. Deixar a produção estragar para alavancar o preço e tentar cobrir os custos envolvidos é uma estratégia que pode parecer estranha e cruel, mas é bastante comum. O Brasil é o país do prejuízo e do desperdício, meu amigo.
Enquanto o quarto produtor mundial de alimentos (Akatu, 2003), o Brasil gera muita fartura, mas uma boa parte desse potencial se perde na origem, no transporte e no ponto de venda. Por termos um clima tropical, as frutas, legumes e ortaliças perecem muito rapidamente e são amplamente atacadas por uma fauna invejável do ponto de vista da diversidade. Hoje o potencial agrícola Brasileiro é tamanho que ultrapassamos a marca de produção em 25,7% além do necessário para o consumo nacional. O excedente que poderia ser exportado para aumentar nossa riqueza, é perdido. Segundo dados da Embrapa de 2006, 26,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano vão para o lixo. Não é pouco não, meu velho! Todo dia desperdiçamos o equivalente a 39 mil toneladas de comida, quantidade esta suficiente para alimentar 19 milhões de brasileiros, com as três refeições básicas: café da manhã, almoço e jantar (VELLOSO, Rodrigo. Comida é o que não falta. Superinteressante. São Paulo: Ed. Abril, nº 174, março/2002). O desperdício não ocorre somente aqui, mas o pior de tudo é que essa quantidade de alimentos desperdiçados poderia erradicar completamente a fome do planeta – drama que atinge cerca de 900 milhões de pessoas.
Nosso país devia incluir desperdício na faixa da bandeira, já que enquanto a “ordem” é questionável, e o “progresso” uma promessa, pelo menos o “desperdício” estaria justificado ali. Duvida? Ó:
Segundo os dados do Instituto Akatu de 2003, aproximadamente 64% do que se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia produtiva:
- 20% na colheita;
- 8% no transporte e armazenamento;
- 15% na indústria de processamento;
- 1% no varejo;
- 20% no processamento culinário e hábitos alimentares.
Isso representa uma perda financeira que remete a US$ 1 bilhão por ano!
A perda dos alimentos se dá por diversos motivos, mas um deles, que é o que nos interessa aqui é a perda dos perecíveis em pontos de venda. Dados de estimativa de um trabalho que avaliou o desperdício em supermercados aponta que eles perderam 4,48% de seu movimento financeiro, só em perecíveis. Por que? Porque as plantas simplesmente morrem, uma vez cortadas lá na fazenda elas começam a morrer ali. A cada hora que passa, menos nutrientes chegam às células da planta e como qualquer ser vivo nessa condição, ela bate a caçuleta. Os revendedores vão arrancando as folhas periféricas, que são as primeiras a morrer. Assim, o alface, o repolho e tantas outras plantas vão tendo suas folhas arrancadas à medida em que murcham e melam. Isso não detém a morte da planta, mas mantém a aparência de viço. No entanto, é uma corrida contra o tempo. Cada segundo que passa é menos um pouquinho de vida naquela planta.
Quem nunca passou pela experiência de comprar morangos no mercado e ver que mofaram no dia seguinte? Um dos alimentos mais perecíveis que tem é o morango.
O que muita gente não sabe é que dá pra conter isso! E o jeito para isso já se conhece de longa data e é uma coisa largamente usada em países mais desenvolvidos. Chama-se irradiação de alimentos. Nos Estados Unidos, o Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) vem realizando pesquisas nessa área desde 1899 e na Europa, cientistas alemães e franceses mostravam interesse pelo assunto a partir de 1914.
A irradiação é uma técnica eficiente na conservação dos alimentos pois reduz as perdas naturais causadas pelos processos fisiológicos (brotamento, maturação e envelhecimento), além de eliminar ou reduzir microrganismos, parasitas e pragas, sem causar qualquer prejuízo ao alimento, tornando-os também mais seguros ao consumidor.
O sistema é simples. A irradiação de alimentos é o tratamento dos mesmos com radiação ionizante. O processo consiste em submetê-los, já embalados ou a granel, a uma quantidade minuciosamente controlada de radiação, por um tempo prefixado e com objetivos bem determinados. A irradiação pode impedir a multiplicação de microrganismos que causam a deterioração do alimento, tais como bactérias e fungos, pela alteração de sua estrutura molecular, como também inibir a maturação de algumas frutas e legumes, através de alterações no processo fisiológico dos tecidos da planta.
Os principais tipos de radiações ionizantes são as radiações alfa, beta, gama, raios X e nêutrons.
Não, meu amigo… Stan Lee mentiu pra você. Se jogar raios gama num vegetal ele não vira o Incrível Hulk! Mas ela é fodona. Saca só:
As radiações ionizantes podem ser classificadas como partículas (ex: radiação alfa, beta e nêutrons) e como ondas eletromagnéticas de alta freqüência (radiação gama e raios X). A radiação alfa é semelhante à átomos de hélio, sem os dois elétrons na camada externa, e não é capaz de atravessar uma folha de papel. As radiações beta são basicamente elétrons mais penetrantes, mas não ultrapassam uma folha de alumínio, enquanto que a radiação gama é altamente penetrante, podendo atravessar um bloco de chumbo de pequena espessura.
Os nêutrons possuem alta energia e um grande poder de penetração, podendo inclusive produzir elementos radioativos, processo este denominado de ativação. Por isto mesmo não são utilizados na irradiação de alimentos. Os raios X são relativamente menos penetrantes que a radiação gama, tendo como inconveniente o baixo rendimento em sua produção, pois somente de 3 a 5% da energia aplicada é efetivamente convertida em raios X.
O tipos de radiações ionizantes utilizados no tratamento de materiais se limitam aos raios X e gama de alta energia e também elétrons acelerados, porque suas energias são suficientemente altas para desalojar os elétrons dos átomos e moléculas, convertendo-os em partículas carregadas eletricamente, que se denominam íons. A radiação gama e os raios X são semelhantes às ondas de rádio, às microondas e aos raios de luz visível. Eles formam parte do espectro eletromagnético na faixa de curto comprimento de onda e alta energia. Os raios gama e X têm as mesmas propriedades e os mesmos efeitos sobre os materiais, sendo somente diferenciados pela sua origem.
As formas de radiação utilizadas no processo de irradiação do alimento provocam ionização, ou seja, criam cargas positivas ou negativas; a formação dessas cargas resulta em efeitos químicos e biológicos que impedem a divisão celular em bactérias pela ruptura de sua estrutura molecular. Os níveis de energia utilizados para se conseguir esse efeito não são suficientes para induzir radioatividade nos alimentos. O alimento, em hipótese alguma, entra em contato com a fonte de radiação.
Em relação aos nutrientes, a irradiação promove poucas mudanças. Outros processos de conservação, como o aquecimento, podem causar reduções muito maiores dos nutrientes. As vitaminas por exemplo, são muito sensíveis a qualquer tipo de processamento, no caso da irradiação, sabe-se que a vitamina B1 (tiamina) é das mais sensíveis, mas mesmo assim as perdas são mínimas. A vitamina C (ácido ascórbico), sob efeito da irradiação, é convertido em ácido dehidroascórbico, que é outra forma ativa da vitamina C.
Entre os alimentos submetidos a esse processo estão as frutas, vegetais, temperos, grãos, frutos do mar, carne e aves. Mais de 1,5 toneladas de alimentos é irradiada no mundo a cada ano, segundo a Fundação para Educação em Alimentos Irradiados (entidade norte-americana). Embora essa quantidade represente apenas uma pequena fração do que é consumido no mundo todo, a tendência é crescer.
No Brasil, a legislação sobre irradiação de alimentos existe desde 1985 (Portaria DINAL no. 9 do Ministério da Saúde, 08/03/1985). Apenas uma empresa realiza esse serviço e está localizada em São Paulo. Em Piraciba, o Centro de Energia Nuclear para Agricultura (CENA), da Universidade de São Paulo, vem realizando pesquisas na área e presta serviço para as indústrias. O Instituto de Pesquisas Nucleares, também da USP, além de realizar pesquisas na área, realiza um trabalho junto aos produtores, mostrando os benefícios e vantagens da irradiação de alimentos.
Este é um dos possíveis centros de irradiação. Veja que não parece uma usina nuclear e é milhões de vezes mais seguro que uma.
Com a publicação da Instrução Normativa n.º 9, pelo Ministério da Agricultura no ano passado, o Brasil tem chances de expandir ainda mais as exportações de frutas para exigentes mercados consumidores. A IN 9, publicada em fevereiro de 2011, reconhece o uso da radiação ionizante como tratamento fitossanitário, cujo objetivo é prevenir a introdução ou disseminação de pragas quarentenárias, aquelas que têm impacto nas exportações e importações.
Mas voltando a fazendinha onde eu estava, eu perguntei para os caras se eles já pensaram em conservar os tomates com irradiação. Você tinha que ver a cara de espanto que o pessoal fez. Parecia que eu estava contando uma coisa mágica pra eles. Ninguém acreditou.
-O tomate não apodrece?
-Não.
-Mas ele não mata a pessoa?
-Não.
-Mas e bicho? Dá bicho?
-Não. E ainda por cima você controla o tempo de maturação do tomate. Pode tirar ele verde da lavoura, guardar e planejar quando que ele vai madurar!
-Ah… Não é possível! Isso só pode ser coisa do Inimigo (o capeta)!
Da janela em que eles vêem o mundo, realmente parece algo de natureza sobrenatural guardar por meses vegetais sem refrigeração nem nada e não ter problema de fungos, insetos, microorganismos ou brotamento.
Em muitos países, esta prática tem sido aplicada à carne de frango e produtos à base de frango, com o objectivo de eliminar Salmonella, Campylobacter e outras bactérias passíveis de causar intoxicações alimentares. Nos EUA, a irradiação de alimentos tem sido amplamente utilizada para tratar carnes vermelhas, a fim de reduzir a contaminação por E. coli 0157:H7, uma bactéria responsável por muitas intoxicações, que podem causar sérios danos nos rins e, eventualmente, conduzir à morte. A irradiação também pode ser utilizada em ervas aromáticas secas e especiarias, alguns tipos de marisco, frutas e legumes, cereais e refeições prontas. Todos os alimentos sujeitos ao processo de irradiação devem indicá-lo claramente. O símbolo que indica que um alimento foi irradiado para matar germes e aumentar sua durabilidade é este aqui:
O nível de dose utilizado na irradiação de alimentos é no máximo 10 kGy cujo valor é muito menor aos outros processos, como o aquecimento e o uso de forno de microondas.
A irradiação pode induzir a formação de algumas substâncias, chamadas de produtos radiolíticos, na constituição dos alimentos. Estas substâncias não são radioativas e não são exclusivas dos alimentos irradiados. Muitas delas são encontradas naturalmente nos alimentos ou produzidas durante o processo de aquecimento.
Organizações internacionais tais como a FAO e a WHO revisaram estas pesquisas e concluíram que a irradiação de alimentos é segura e benéfica. Similarmente, o valor nutricional de alimentos irradiados foi comparado com o de alimentos tratados por outros métodos, com resultados favoráveis à irradiação.
Mas um entrave sinistro para esta tecnologia sensacional é a ignorância. A irradiação é um dos métodos de processamento de alimentos mais exaustiva e rigorosamente estudados, no entanto, a sua aplicação é ainda sujeita a controvérsias, especialmente na Europa. A falta de informação sobre esta tecnologia e sobre os seus benefícios tem conduzido equívocos e confusões, tendo limitado a adoção deste procedimento em toda a Europa.
Se o Brasil investisse mais nesta tecnologia, poderíamos ter formas seguras e versáteis para obter alimentos de boa qualidade, reduzindo as perdas pós-colheita. A rotulagem dos alimentos irradiados proporciona aos consumidores a oportunidade de decidir se querem ou não adquirir estes produtos.
Atualmente, a tecnologia é um investimento caro para um empreendedor individual, e varia, conforme o modelo comercial do aparelho irradiador, de US$ 5 milhões a US$ 12 milhões, sendo mais viável para uma prestadora de serviços para exportadores ou para uma associação de produtores. Mas vamos parar para pensar: U$ 5 milhões de dólares é uma merreca para um país que tira a onda que o Brasil tira, né?
Dilma leva à Cuba mais uma linha de crédito, dessa vez de US$ 523 milhões. Com isso, o financiamento brasileiro à ilha chega a US$ 1,37 bilhão.
Ora bolas, país presepeiro que tem tanta grana para ajudar os outros (mesmo sabendo que os conterrâneos do Fidel são uns caloteiros devendo US$ 8 bilhões ao Japão, US$ 8 bilhões à Espanha, US$ 2 bilhões à Argentina e etc) igual ao nosso não é qualquer dia que se vê.
Além disso, pra todo lado que você olha, vê belos exemplos do mau uso dos dinheiros que abarrotam os cofres do governo (graças aos recordes de arrecadação tributária, o que obriga o brasileiro a trabalhar 5 meses só para pagar imposto) é obra inacabada, é asfalto mal aplicado, são fortunas queimadas com campanhas de marketing vazias, mal formuladas, é muito, mas muito dinheiro mesmo sendo gasto (no clássico desvioduto onde o político embolsa 50% e paga o resto para o show) em shows diversos pelas cidades do país afora.
Sendo assim, não dá pra alegar que não tem grana para fazer centros de irradiação de alimentos. Não os fazem porque não querem.
Precisamos não somente aumentar a produtividade. Conter o desperdício deve ser uma meta, não só para nosso país, mas para um mundo melhor.
Excelente texto, philipe.
Creio que o maior mal da sociedade brasileira ainda é a falta de informação.
Como o caso da fazendinha: Algo novo, mesmo que comprovadamente bom e eficaz, ainda é visto como algo potencialmente negativo.
O desperdício é o que faz tantos milhões passarem fome e idéias como esta, da irradiação (a qual eu também pouco conhecia) são solenemente ignoradas pelas mídias em geral…
Muito bom o post e o blog como um todo.
Valeu Bruno. Estou aqui pensando num jeito de ajudar os meus amigos lá. Hoje conversando com meu pai, pintou uma ideia aqui que pode ser facilmente aplicada, não envolve radiação nenhuma e poderia (em tese) manter vegetais em perfeito estado de integridade por anos e anos, sem contaminação nem envenenamento, nada! E o melhor, dá pra fazer no quintal! Vamos fazer um modelo de teste para ver se funfa, se funfar, vamos oferecer a solução gratis ao mundo, 100% sem patentes.
Philipe, avisa aí também que até o Cup Noodles é fabricado com o processo de irradiação sendo parte da fabricação. Fonte: Caixa do Cup Noodles.
Caramba, eu não sabia disso!
Phillipe,fiquei um tempo sem entrar aqui e só agora que voltei.Vc ainda tá postando coisas estranhas?
Tô sim, sempre tem coisa estranha por aqui!
Olá Philipe, gostei muito do texto, mas achei algum pequenos erros, que, como físico não pude deixar de comentar:
“…mas as áreas contaminadas pela radiação que vazou no acidente de Fukushima…”
É incorreto dizer área contaminada por radiação, radiação não contamina, o que contamina é material radioativo. Expor-se à radiação ionizante pode causar dano biológico – no caso de um ser vivo – mas não torna o que foi exposto radioativo.
“…As pessoas também ignoram que muitas coisas que temos hoje são produtoras de radiação. A começar pelo seu forno de microondas aí…”
Muito mais coisas produzem Radiação, todas as lâmpadas, monitores, celulares, controles remotos, entre outras coisas – luz é radiação e onda de rádio também. O que as pessoas tanto temem é radiação ionizante, aquela que tem energia suficiente para arrancar um elétron da matéria e causar um dano biológico.
“O nível de dose utilizado na irradiação de alimentos é no máximo 10 kGy cujo valor é muito menor aos outros processos, como o aquecimento e o uso de forno de microondas.”
Gy (Gray) é uma unidade definida apenas para radiação ionizante, não se aplica ao microondas, a frase não faz sentido.
Creio que a falta de informação é o maior problema nesses casos, radiação ionizante já salvou mais vidas que tirou, vide as aplicação em aparelhos de Raios-X, Radioterapia, medicina nuclear, entre outras aplicações.
Obrigado pelos inputs, vou reescrever algumas partes do texto. Algumas coisas não ficaram muito claras.
Vale lembrar que as vezes o produtor acaba jogando fora o que colheu pelo preço de mercado estar tão baixo não compensando gastar com frete, já que infelizmente teria que pagar pra vender seu produto nos grandes centros consumidores.
Cheguei a ler sobre esse processo em algum lugar, mas achava que o Brasil até já utilizava… Mas vem cá, e as sementes desses frutos, não acabam tendo o material genético adulterado? Ela germina numa boa, com a mesma taxa de sucesso de uma semente não irradiada?
Existem duas empresas de irradiação de alimentos no Brasil. Mas não é feito em larga escala, em função do alto custo e do desconhecimento de que é possível. A midia gosta de divulgar problemas, mas muito raramente aponta soluções.
Quanto a alterar o DNA, não altera. Do mesmo jeito, quando vc passa num equip de raio X no aeroporto, ele não muda o seu DNA. A quantidade de energia ali inibe o brotamento por um longo período, mas basta você oferecer condições que o troço brota. Não é uma solução que impede o produto de germinar eternamente não. Ele tb mata as bactérias e contaminantes presentes no momento da irradiação, mas se o aliemento for contaminado poseteriormente, seja por acondicionamento inadequeado no ponto de venda, seja por más condições sanitárias no processo logístico, eu acho que essas novas bactérias permanecerão vivas.
Agora, no caso, as sementes da maioria das frutas não-orgânicas raramente são utilizadas para plantio, porque elas geralmente são enxertos e geram sementes que produzem baixa produtividade. A planta até nasce, mas não dá frutos na mesma proporção de seus pais. Geralmente sementes usadas para plantio provém de matrizes específicas, e passam por um beneficiamento.
Muito bom o texto. Assim como muitos, desconhecia este assunto e agradeço pelo esclarecimento. Parabéns!
Valeu.
“Superinteressante. São Paulo: Ed. Abril, nº 174, março/2002). O desperdício não ocorre somente aqui, mas o pior de tudo é que essa quantidade de alimentos desperdiçados poderia erradicar completamente a fome do planeta – drama que atinge cerca de 900 milhões de pessoas.” Infelizmente (ou então felizmente de um ponto de vista maquiavélico!) para o repórter que descobriu isso a brecha da ignorância que separa e isola a compreensão dele sobre a real causa por trás deste problema permanece incompreensível para ele e muitos das classes inferiores. Vocês aprenderam a tolerar essas repercussões sobre suas vidas até que a pressão (psicológica via Codex Alimentarius, econômica.) volta-se grande e se afundam diante do problema. (É por isso que sua “sociedade” está repleta de alcoólatras, drogados, desvairados. Além da elite tirar a comida de suas mesas, vocês ainda consomem os supressores mentais deles – flúor, álcool, drogas…) Esse é um dos fatos que garante o bem estar das elites que controlam as pessoas. Escassez de alimentos gera fome. Por sua vez fome gera escravos. Esse foi um moto bem aplicado – Ordo ab Chao – ordem vinda do caos. Crie o caos e então ofereça uma maneira para restabelecer a ordem. Sua ordem. As massas são agrupadas e dirigidas por muitas e variadas formas de controle mental, emocional, física… O Codex Alimentarius é apenas uma delas. Dinheiro não é nada para essas pessoas! poder sim. “Nosso poder reside também na penúria permanente da alimentação. O direito do capital, esfomeando os trabalhadores, permite sobre eles um controle mais seguro do que poderia fazê-lo a nobreza com seu rei.” … “Mas todo proprietário rural pode ser um perigo para nós, pois ele pode viver em autarquia. É a razão pela qual é preciso, a todo preço privá-lo de suas terras. O meio mais seguro para se alcançar isso é aumentar os encargos rurais,… encher de dívidas os seus proprietários.” – (Os Protocolos dos Sábios de Sião, Victor Marsden.) O Tsunami do Japão não foi um fenômeno natural – http://youtu.be/TLTNAtBuIzQ“Para ter uma idéia da amplitude e do nível universal desta conspiração, seria adequado a esta altura definir as metas decididas pelo Comitê dos 300 para a conquista e controle iminente deste mundo. É preciso ter uma compreensão bem clara de por que a energia nuclear é tão odiada no mundo todo, e por que é que o movimento pseudo-ecológico, fundado e financiado pelo Clube de Roma, foi convocado para travar guerra contra a energia nuclear. Com a energia nuclear que gera a eletricidade de uma forma barata e abundante, os países do Terceiro Mundo aos poucos ficariam independentes do auxílio exterior dos Estados Unidos e começariam a firmar a sua soberania. A energia nuclear é o segredo para tirar os países do Terceiro Mundo da sua condição retrógada, uma condição que o Comitê dos 300 ordenou que permanecesse.” – (Hierarquia dos Conspiradores: O comitê dos 300, Dr. John Colema.)
Pois é! Além do flúor nos suprimentos de água, álcool, drogas… que você menciona acima eles também tem os suplementos alimentares, fast food (comida rápida), os venenos que nós colocamos na terra e conseqüentemente comemos em nossa comida e bebemos em nossa água, estão suprimindo não só nossa saúde física e vibração, mas, crucialmente, nossas funções cerebrais e intelecto. Uma população completamente acordada e mentalmente afiada é a última coisa de que você precisa se você quer controlá-la. Assim as linhagens dessa elite governamental também dão muita ênfase em controlar a “educação” e a mídia. Isso permite que eles nos alimentem com uma dieta constante de lixo desmiolado, como game shows, enquanto a mídia de “notícias” nos conta o que os controladores querem que nós pensemos. A maioria dos jornalistas são tão desmiolados, e com uma enorme falta de compreensão do que eles fazem parte, que eles, como a maioria da população, ajudam a avançar uma agenda que eles nem mesmo sabem que existe.
Ouvi dizer que o FLUOR era usado nos campos de concentraçao nazista para deixar os prisioneiros sem força de vontade e obedientes (zumbis). E que a agua começou a ser fluoretada nos Estados Unidos com uma campanha falsa, apenas para ter onde descartar o fluor, que era um rejeito industrial em grande quantidade e nao tinham mais o que fazer com aquilo.
Nos piores dias da Segunda Guerra Mundial, centenas de pessoas foram exterminados nos campos de concentração alemães e russos (Que adotaram o esquema de controle da massa através da medicação já na época Stalin.). A morte era algo cotidiano e isso era complementado com o emprego de drogas e produtos químicos. Os cientistas russos, desejando manter um clima de temor sedativo tinham encontrado um método simples de controlar o comportamento do povo russo. Quando os nazistas decidiram atacar a Polônia, os estados maiores alemão e russo intercambiaram idéias, planos, cientistas e militares. E os alemães adquiriram a substância mágica. No entanto, no final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos através de suas agências de espionagem descobriram que esse método estava sendo usado, e, então encarregaram Charles Eliot Perkins, um pesquisador especializado em química, patologia e fisiologia, de estudar a técnica de controle da mente da I. G. Farben (Companhia que foi secretamente financiada pelo pai do George W. Bush, além de outras famílias de sionistas americanos como Rockefellers, Mellons, Fords… etc. Desde o final dos anos cinqüenta, essas famílias canalizaram milhões de dólares dos contribuintes dos EUA para promoverem o uso do flúor em outros países e muitas nações aderiram ao projeto inclusive o Brasil!) Eles descobriram que repetidas doses de flúor afetam o cérebro, envenenando e narcotizando lentamente as pessoas e tornando-as submissas. Os efeitos da água fluoretada impressionaram tanto os serviços de inteligência americanos que eles consideraram que a água fluoretada era o meio ideal para manter a população sedada e submissa à Nova Ordem Mundial Comunista.
http://www.youtube.com/watch?v=Akhdw0Vd-bQ
Não sei se procede, mas sei que ja foi provado que fluor na água não traz nenhum benefício aos dentes, mas intoxicação por fluor é horrivel mesmo. um copo de água = o tanto de pasta de dente que vc usa na escova, pq vc acha que tem “não engolir”? Pq faz mal.
Rapaz… você veio aqui na exposição sobre “Energia Nuclear” na UFRJ” em 2010? Foi na Casa da ciência. Apresentamos isso tudo ao público de maneira pedagógica e lúdica, desmistificando tudo. O engenheiro nuclear é disputado a tapa nas indústrias. Ganham uma fábula. A exposição ta rodando o país agora. Tem uma visita virtual pela exposição. Pode-se interagir como se tivesse visitando na época. É nesse site:
http://www.eravirtual.org
E temmuitos outros museus. O link direto para a exposição “Energia Nuclear” é esse:http://www.eravirtual.org/pt/index.php?option=com_content&view=article&id=116&Itemid=32
Ótimo texto. Leio seu blog há pouco mais de 1 ano, e sempre de forma única vc nos informa sobre coisas sérias e também sobre coisas engraçadas.
Li seus 3 textos no PDH, ótimos tbm… Vc está de parabens..continue alimentando nossa sede de informações!
A agricultura e vista por produtores, financiadores e atravessadores apenas como uma forma de gerar lucro – O INTERESSE DELES NAO E ALIMENTAR NINGUEM NEM TAMPOUCO ERRADICAR A FOME NO MUNDO, E APENAS E TAO SOMENTE GRANA. Como dizia o velho deitado: business is business, buzine o seu que eu buzino o meu.
Nocivo para as pragas, e tambem pros nutrientes, tava lendo os contras, dependendo do alimento pode destruir 80% dos nutrientes… Quando em algum lugar do planeta eles querem fazer algum bem? a fome ja teria sido erradicada se eles quisessem, tem dinheiro suficiente pra isso. Desde 2009 tao falando de industrias de irradiação aqui no brasil essa historia é velha. É do codecs alimentarius que ja esta em vigor a alguns anos. Ela que liberou as substancias que antes tavam proibidas nos alimentos. Bom, ja tao planejando isso faz tempo, acabar a fome do mundo que nao querem, de que adianta ter mais alimento e menos nutrientes? Leia sobre.
menos nutrientes = menos fungos, pra que eles vao querer se alimentar de algo que nao alimenta? ;) lucro rlz meu amigo. Se fosse uma formula magica ja estaria em vigor faz tempo, eles ja usavam na maioria das coisas industrializadas, chips, macarrão instantaneo, não ache que estão fazendo algo de bom, em 2009 a industria conseguiu se apoderar da OMS, agora estamos vendo os reflexos. Muito conveniente eles quererem alimentar mais pessoas quando eles querem ter controle sobre a população mundial, US ja adimitiu ter infectado cidadãos de proposito, depois disso a ideia de conspiração nunca fez tão sentido pra mim. Aiai o povo é tão ingenuo, meu caro, não tem ninguem querendo cuidar de vc, desde que o mundo é mundo, empresas grandes só querem o sangue dos funcionários e o consumo das pessoas (um exemplo). Se as pessoas consumissem veneno sem parar, é isso que eles venderiam, se ninguem se importasse, seria o que eles iriam fazer… $$$$… por isso tanta conscientização, pra acostumar as pessoas com a ideia, iludir, trazer aceitação. Isso sempre aconteceu em todas as areas da sociedade, por isso é tão fina essa camada de civilidade, uma sociedade conformada é uma sociedade civilizada, mas qualquer desconfiança ja nos faz brigar pelo que queremos (inteligentes). Os inteligentes e os que se impoe, são os primeiros a morrer em manifestações. Se temos um pouco de mente grande e raciocinio lógico e pensamento centrado conseguimos seguir o contrario do que eles querem.. “e não.. vc não é especial.” ;)
Olá Philipe, muito bom o seu texto. estou fazendo meu TCC com o tema de Radiologia Alimentícia e não consigo encontrar nas minhas pesquisas empresas no Brasil que trabalham com irradiação além do Cena/USP e o Instituto de pesquisas Nucleares também da USP. Há alguma além dessas que prestam este tipo de serviço aqui no Brasil?