domingo, dezembro 22, 2024

Quando os marines americanos miraram em mim

Mais um Caso Gump.
Eu pai ganhou uma grana num trabalho que ele fez e nós ( Eu, meu pai, minha mãe, meu irmão e minha tia, e alguns dias depois, minha esposa) havíamos viajado para os Estados Unidos.

Fomos fazer um “Tour do Dudu” pela costa oeste dos EUA. Típico passeio burguês.
Viajamos por uma semana, passando por várias cidades dos Estados Unidos até que fomos para a Califórnia. Ficamos em Los Angeles, onde passeamos bastante. Num daqueles dias, comendo sanduíche na beira da estrada meu pai vira pra meu irmão e pergunta:

– André, você gostaria de morar aqui?
-Claro.
– Então por que não fica?

Eu pensei que era uma brincadeira, mas rapidamente me toquei que era verdade. Meus pais são meio incomuns.
Pouco tempo depois estávamos passeando de carro com um objetivo. Encontrar uma escola de inglês para largarmos o meu irmão lá. Assim, sem mais nem menos. No improviso. Como convém ao “Tour do Dudu.”

Contrariando a lógica racional, achamos uma puta escola de inglês com excelentes acomodações na – não menos sensacional cidade de San Raphael, do outro lado da Baía de São Francisco.
O lugar havia sido escolhido com critérios militares. Tática pura, afinal ali é o “core” do mundo da computação gráfica. Ali estão as empresas que consomem caras como eu e o meu irmão André. Empresas como a ILM.
O tal do curso de inglês era um lugar idílico, como as grandes universidades americanas, com árvores centenárias e paredes cobertas de hera. No saguão todo de madeira, um piano de cauda.
Pensei com meus botões: Essa merda vai sair meio cara.
Meu irmão e meu pai subiram para falar com o reitor. Me parecia óbvio que não iriam aceitar assim um sujeito que chega de uma hora para outra pedindo pra estudar lá. Afinal, é um país de primeiro mundo, onde as coisas devem ser combinadas e organizadas com antecedê…
-Meus pensamentos foram por água abaixo quando meu irmão e meu pai descem as escadas saltitantes. Ele ia estudar lá. O diretor aceitou na hora, fez meia dúzia de perguntas, deu um formulário pra ele assinar e levou o garoto para ver seu alojamento com vista para o bosque.
Como se isso não bastasse, o André foi até um banco, que ficava algumas ruas abaixo e abriu uma conta.
Isso mesmo, abriu uma conta num banco dos Estados Unidos sem nenhum puto! Sem nenhum documento. Sem nada assinado, carimbado em duas vias. Sem absolutamente nada. Só com um papel emitido pelo coroa do curso de inglês que ele conheceu a menos de 15 minutos. Meia hora depois de chegarmos a San Raphael, meu irmão já era um morador dos Estados Unidos com talão de cheques e tudo mais.
Daí em diante, dedicamos o tempo a buscar roupas pra ele poder ficar lá por um ano e algum conforto.
Entenda conforto como “NOTEBOOK ultra-mega-possante”. E também um forno de microondas. Não sei de quem foi a ideia do microondas. Mas parecia fazer sentido uma vez que ele iria ficar num quarto sem cozinha. Pelo menos miojo ele poderia fazer.
Compramos numa daquelas grandes redes de supermercados que vendem de armas de guerra a absorventes íntimos com luzinhas made in Ucraine.
Íamos comprar um pequeno e portátil, mas logo na hora de pagar, vimos que havia uma montanha de caixas e elas eram de um microondas enorme, estilo North America, onde a fartura é sinônimo de felicidade.

E além de ser gigante, estava na promoção!

Compramos aquilo tudo e enfiamos como pudemos no carro. Era uma quantidade de tralha que vocês não podem imaginar.
Compramos comidas, varias latas de sopinhas. Etc. O André parecia que ia para o Pólo Sul… Minto. Parecia que ia pra Marte, de tantos equipamentos e mantimentos.
Levamos aquilo lá pra escola de inglês e qual não foi nossa surpresa quando descobrimos que nem as sopinhas, nem os miojos, e o pior, nem o microondas podia entrar lá.
Deixamos o André super feliz no curso de inglês. Eu sabia que aquela poderia ser a última vez em alguns anos que eu iria ver o meu irmão. Pelo menos daquele jeito que ele era. Morar fora foi muito bom para o amadurecimento dele. De uma certa forma eu estava certo e quando tornei a vê-lo, dois anos e alguns meses depois, ele já era outra pessoa, com muito mais experiência de vida.

Mas naquele dia foi barra pesada. A ficha da minha mãe caiu quando viramos a esquina. Não havia nenhuma palavra no carro. Estávamos em silêncio. Durante um tempo tudo que ouvíamos eram os suspiros da minha mãe.
Andamos uns três km em silêncio. Apenas havia o barulho da rua e do motor. Todos nós pensávamos naquilo tudo. Naquela doideira de largar um membro da expedição em outro país. Minha mãe deve ter fantasiado de alguma forma a perda de um filho, porque ela chorou horas e horas seguidas.
Eu tentei colocar uma musica feliz no radio do carro, mas nessas horas tudo que toca parece trilha sonora de filme feita especialmente pro espectador chorar. Até rap.
Voltamos para Los Angeles e lentamente fomos nos distraindo da falta do André. Sempre que minha mãe dava uma recaída e abria o bocão a chorar, nós consolávamos que seria bom pra ele, que ele ia voltar falando inglês daqui a uns meses, que um ano passa rápido e etc. E ela diminuía o choro. Mas no fundo no fundo, todo mundo queria dar uma choradinha.
De volta a Los Angeles, não achávamos hotel. Parecia que nossa sorte miraculosa havia descido do carro junto com o André. Todos os lugares estavam lotados. Não achávamos hotel.
Acabamos encontrando um num lugar super privilegiado. No centro de Hollywood.
Era Hollywood Boulevard. Uma rua famosa por ser a “calçada da fama” de dia, e a “calçada das putas” de noite.

Este hotel que era a poucos metros do grande teatro chinês, não me pareceu um lugar digamos, muito familiar a princípio. O quarto tinha um cheiro de cigarro com bebida no carpete vermelho. Aliás, como os americanos gostam de carpete, né?
O problema nem era o cheiro. Era o Humphrey Bogart.
Ele ficou a noite toda olhando pra mim.
Havia na parede bem em cima da minha cama uma pintura de gosto super duvidoso, onde estava o Humphrey Bogart, o Charles Chaplin e um travesti, que só no dia seguinte entendi que era a Marilyn Monroe.
O Bogart estava com um olhar de cahaceiro assassino e aquele olho maldito não saía da minha direção. Custei a dormir. A noite, só ouvíamos barulhos de carros em alta velocidade, gritos e carros de polícia. Foi dureza.

Quando amanheceu, meu pai estava com aquele peculiar bom humor que incomoda todo mundo. Era nosso último dia. O vôo seria à tarde. Às cinco horas.
Tomamos café na espelunca, digo, no hotel e meu pai teve a brilhante ideia de comprar um palmtop, uma novidade, “o último arroto da moda geek” naquele tempo.

Ele achou um superbarato numa propaganda de loja de eletrônicos em Hollywood que estava num jornal do saguão. Resolvemos comprá-lo.

A ideia de ir até uma loja da Fry´s é sempre bem vinda para nerds como eu. Me sinto bem a vontade em grandes magazines de eletrônicos, como a CompUSA.
O problema é que este lugar era LONGE PRA CARALHO!
Andamos, andamos, atravessamos centenas de avenidas. E nada da porra da loja chegar.
Quando finalmente chegou, já era meio dia.
Entramos e começa a feira consumista desmedida. Lá pelas tantas, meu pai finalmente acha a área dos palmtops. Ele pega o palmtop, olha bem pra ele e diz:

– Ah, isso é coisa de boiola! Não vou comprar isso não.

Essa hora foi cômica. Como alguém atravessa metade de uma cidade tão inutilmente, meu Deus? Pra se ter uma ideia, é algo como ir de Petrópolis até a Barra da Tijuca pra chegar a conclusão que o troço é coisa de boiola.
Pois foi isso que aconteceu. Ele olhou bem no naipe do palm e achou aquilo coisa de baitola. Fomos almoçar e então resolvemos voltar. Eu olhei no relógio e as contas não estavam batendo. Aparentemente, levamos mais tempo para chegar no palm boiola do que teríamos para voltar e pegar o avião. O vôo era às cinco da tarde, o que implicava em fazer check in precisamente as três e meia. Mas eram duas e meia da tarde e nós estávamos milhas e milhas distantes do aeroporto. Pra variar, perdidos.
Nós tínhamos um mapa que era feito um caderno em espiral. Quando eu olhei no mapa, estávamos a seis páginas do aeroporto. Consegui depois de muito custo encontrar uma avenida reta que ia até a beira do aeroporto.
Todo mundo começou a ficar nervoso. O tempo estava contra nós.
A hora foi passando e a gente não saía da segunda página do mapa. Toda hora alguém me perguntava se ainda faltava muito.
Pra não desanimar o pessoal nem causar pânico, eu dizia que “estava chegando”.
Repeti isso tantas vezes, que virou um bordão. Todos nós começamos a ficar nervosos quando meu pai começou a ficar nervoso.

Se meu pai que é o cara mais descansado do mundo com horário começa a se desesperar, é porque já passou da fase “ferrou” há muito tempo.
Eu mostrei pra ele o que ainda faltava e meu pai virou o “senhor volante”.

Já viu Velozes e Furiosos? Meu pai saiu dirigindo daquele jeito com um carro cheio de gente e tralhas. E com um belo microondas novinho.
Lá pelas tantas, em meio ao sufoco, a minha tia começou a rezar no banco de trás.
A hora passava. Cada segundo era precioso. A Nivea ficou muda. Dali a uns minutos minha mãe também começa a rezar.
Meu pai começou a costurar no trânsito até que chegamos numa das coisas mais comuns em Los Angeles. O pitoresco engarrafamento.

Se você acha que em São Paulo tem engarrafamento, é porque não conhece Los Angeles, a maior cidade de um estado que tem mais carros do que todo o Brasil.
Era um puto dum engarrafamentão. Bem na hora do perrengue. Nunca detestei tanto um palmtop de boiola quanto naquele dia.
Meu pai nem se apertou. Entrou com tudo pelo acostamento.
Quando digo que ele “entrou com tudo” quero dizer que ele não freiou. Andamos a mais de 100 km/h pelo acostamento, tirando fininhos de milhares de carros caríssimos. Metade deles buzinava de susto. A roda do nosso carro devia estar passando a menos de três centímetros do guardrail. Nós todos sem respirar dentro do carro, víamos meu pai dirigindo como a encarnação do Ayrton Senna misturada com o Nigel Mansell e o Fanjo.
O perrengue era grande. E acredite se puder, chegamos faltando poucos minutos para encerrar o check in. Mas havia um problema, como entregar o carro da empresa de aluguel de carros Hertz?
Descarregamos tudo como deu. ( isso quer dizer, jogamos as malas pra fora da minivan de qualquer maneira) Eram malas que não acabavam mais. Metade delas de muamba. Até uma espada eu comprei.
Mas a recordista em compras era minha tia, com um monte de malas. Uma das malas era só de presentes para o cachorro dela.
E as comidas? Pensando em deixar umas coisas pro André que não puderam entrar, acabamos com sacos de cereja, uvas, um saco gigante de uns 5 kg de maçãs, que meu pai jurou que íamos comer, e não comeu nem uma sequer, enfim.
Noso carro tinha tanto badulaque, que havia dois dias que eu não conseguia fazer a barba, uma vez que nem sabia onde tinha ido parar as lâminas. ( eu comprei espuma e uma caixa enorme de lâminas de barbear)
Era peso morto que não acabava mais.
Jogamos tudo pra fora do carro e corremos com o carro para a Hertz.
Orientamos a Nivea, a minha mãe e a minha tia, pra irem fazendo o check in. Como só minha tia falava um inglês meio macarrônico, nós sabíamos que isso distrairia o processo de check in a ponto de conseguirmos chegar de volta da Hertz.
Corremos como uma bala para a Hertz e parecia que a sorte estava do nosso lado. Entregamos o carro ainda cheio de comida.
Do lado de fora, dois caras conversavam. Eu perguntei a eles sobre o ônibus e um deles era o motorista. Ele disse que o ônibus só sairia em vinte minutos para o aeroporto.
Eu quase tive um infarto. Em vinte minutos era para estarmos no avião voando.
Falei com ele e mostrei o bilhete. Aí quem quase teve um infarto foi ele.
O cara falou algumas coisas pelo rádio e nos jogou pra dentro do ônibus.
Ele também dirigiu feito um maluco e conseguimos chegar como planejamos no balcão de check in.
Quando chegamos no check in, descobrimos mais um perrengue.
Havia mala demais. Era excesso de bagagem. Meu pai tentou resolver a situação numa das cenas mais engraçadas da viagem.
Ele virou pro cara do balcão e apontou para o microondas e depois pra ele e disse:
TO YOU! – Gift!
O cara arregalou os olhos e só dizia:
No, no, no, no….
E meu pai: Gift, to you, to you.
O cara não aceitou, o microondas de presente, obviamente. O problema é que pagar excesso de bagagem era mais caro que o preço daquela merda.
Tivemos que resolver a situação porque já tinha apitado a última chamada. Meu pai combinou de dividir o prejú do excesso de bagagem do microondas com a irmã dele e entramos. Aí chegamos naquela unidade de segurança. Passa as bagagens de mão no raio X, abre a calça, tira o sapato. Um calorão do caramba. Eu suando em bicas.

Os atentados de 11 de setembro haviam acontecido havia pouco tempo e eles estavam paranóicos com atentados terroristas.

Isso explica por que o cara arregalou os olhos ao ver um gringo com cara de turco dando um microondas novinho pra ele no aeroporto. Muito surreal.
Passamos as bagagens e corremos para o portão.
Havia uma mulher com cara de sargenta alemã nazista da segunda guerra, que era a responsável pelo vôo. Ela gritava e acenava para entrarmos logo no avião. Nisso, o vôo já estava com alguns minutos de atraso por nossa causa.
A moça aflita da companhia já estava fechando o portão.
Então eu olho e cadê a minha mãe? Nada. Não estava em nenhum lugar. Foi quando eu voltei e ao longe, vi minha mãe chorando no balcão de raio X.
Saí do avião e a sargenta gordona tentou me impedir. Eu dei um empurrão nela e ela quase caiu sentada. Começou a gritar comigo. Eu comecei a gritar com ela em português.
– Vai se foder sua vaca! – Com o dedo na cara dela. Ela meio que se cagou. E eu saí correndo pra encontrar minha mãe.
Ela queria fechar a porta do avião, mas minha mãe ia ficar pra fora. Minha mãe não fala nada de inglês.
Corri até lá deixando a gorda aos berros para trás.
Cheguei até o raio X e minha mãe estava desesperada procurando a bolsa.
Eu disse:
-Mãe, meu pai deve ter levado. Vamos embora. Agarrei ela pelo braço e saímos correndo.
Estavamos correndo feito loucos. Aí dispara um alarme. Naturalmente alguém da segurança viu uma movimentação estranha em um vôo, alguém empurrando a chefe de operações, pessoas correndo e gritaria e disparou o alarme de perigo.
Nisso, vieram os marines americanos de roupa camuflada e capacete armados com fuzis. Eram uns cinco com as armas apontadas na minha cabeça. Eu pensei sériamente que tinha chegado a hora de morrer num belo incidente internacional.
Eu parei na hora e digamos que no “brioco não passava nem uma leve brisa”.
Aí a sargenta apareceu. Ela pegou a minha mãe pelo braço e falou alguma coisa com os militares. Eles abaixaram as armas e ela nos jogou com toda delicadeza que só uma sargenta da SS em Auschwitz é capaz de fazer, pra dentro do avião e bateu a porta.
Aí vem uma das situações mais engraçadas da minha vida. Olhar para os passageiros. Todos eles sentados. Alguns com a cabeça entre as pernas.
Todo mundo SE CAGANDO DE MEDO de ser um atentado terrorista.
Aí me toquei da minha aparência. Barba por fazer. Olheiras, expressão de cansaço e medo. Cabelo desengonçado, suado… Eu era o protótipo do terrorista implantado pela mídia no inconsciente coletivo.
Imagina, você pega um avião tranqüilamente e ele começa a atrasar. Então acontece uma gritaria. Ninguém te dá informação. Dispara um alarme. Você pensa: “Fudeu. È o Osama!!!”
Fomos até nossos lugares e finalmente relaxamos. Minha mãe abriu a boca a chorar.
Ela chorava tão copiosamente, pelo meu irmão, pelo perrengue da volta ao aeroporto, pelo jeito que meu pai dirigiu, pelos soldados com fuzis apontados para nós, que meu pai teve que pegar o cobertorzinho que entregam no vôo e colocou na cabeça dela pra evitar de incomodar os passageiros.
Eu tenho certeza que um coroa que estava na primeira poltrona da fila do lado estava certo de que éramos terroristas, porque ele não desgrudou os olhos esbugalhados de pavor nem um segundo de nós. Eu acho que ele estava pensando que minha mãe era uma terrorista que estava se recusando a morrer na explosão do avião.
Este foi o Tour do Dudu voltando da Califórnia.

Este post está participando da proomoção “Um livro para os piores erros de viagem” do blog Goitacá.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

      • E eu posso dizer que você está redondamente enganado.
        Hahahaha. Sem falar que “Conhecendo Los Angeles como conheço…” É o típico início de frase de mentiroso.

  1. Nossa, incrivel o.o!
    De tirar o fôlego!
    Muito bom o texto!

    *melhor parte, “Isso é coisa de baitola, não vou comprar isso não!” seu pai olhando para o palm top xD

  2. Philipe,

    Valeu a sua maneira engracada de contar aquela super louca aventura de deixar seu irmao na California.
    Nao sei como pude suportar tal dor.
    Mas a cada lance que vc tao bem descreveu foi ficando pior.
    Imagina explicar para a americana sem falar uma palavra em ingles que minha bolsa tinha sumido na revista e que nao podia embarcar com minha paragua espanhola …Se nao fosse vc voltar eu ia ficar sobrando …

  3. Demais!! Demais!!!
    Tour do Dudu… parece título de livro!!

    Aliás… se meu pai não existisse, alguém tinha que inventar!!
    Pra falar a verdade, eu não imagino ele falando que o palm é coisa de boiola!! daria tudo pra ter presenciado essa historia.

    Vc escreve muito bem, Philipe!
    o Blog tb está maravilhoso =]

  4. Simplesmente a melhor:
    “Havia na parede bem em cima da minha cama uma pintura de gosto super duvidoso, onde estava o Humphrey Bogart, o Charles Chaplin e um travesti, que só no dia seguinte entendi que era a Marilyn Monroe.”

    Hahahahahhahahahahahahahahaahh :B

  5. Cara isto tudo foi muito comédia, vou ler de novo pelo menos umas três vezes para não perder nada… Seu pai aprendeu a dirigir aonde meu camarada?! Ele fez curso de piloto de fórmula 1?! Caramba isto tudo é muito Gump mesmo!!! :B Hhuauhahuauha…

  6. amigo,achei teu blog por acaso e nao consigo parar de ler,tu tinha que botar tudo em um livro,parabens,tua vida e tua familia sao demais,quem sabe uma mini serie,hehe.

  7. Muito boa esta, engraçada pra caramba, cara suas histórias dão de 10 nas piadas sem sal do zorra total, escreve um livro, te garanto que pelo menos 1 você vende, parabens tu tens um dom, essa historia me fez rir muito, seu site esta sendo um grande achado pra mim, um grande abraço e pense na historia do livro.

  8. Caraca! Se numa hora dessas aparece cinco caras, que não falam minha lingua, com fuzis na minha cabeça, eu ia me c…. todo. Ai sim a droga do voo ia atrasar pra valer.

    Muito bom o post. Ri muito.

  9. Nem sei mais como cheguei até essa história. Mas gostei tão verdadeiramente que, apesar da minha mulher estar me chamando para almoçar – e eu estar com fome -, li até o final. Falando como jovem: Cara, se você não costuma escrever,assim, como profissional, saiba que você encontrou o que fazer. Você sabe!! Com leveza, com dinamismo, com clareza, sem rebuscos… Muito bom! E se sabe, de longe, que é um jovem que está escrevendo, pelas “licenças”, que acho super válidas. Parabéns, garoto! Só que não é sempre que se tem uma história tão sensacional pra contar. Mas, com um pouco da sua imaginação, você vai longe!! E seu pai é um sujeito de muita coragem, de muita decisão! Já pensou fazer o que ele fez no trânsito dos Estados Unidos? Imagino o que ele faria aqui no Brasil…!! Comigo já aconteceram algumas situações “difíceis”. Mas nada tão “hollywoodiano”…

    • Pior que é tudo verdade. Não tem fantasia nenhuma neste caso.
      Engraçado que aqui no Brasil meu pai dirige todo calmo, super tranquilo. Não sei o que baixou nele naquele dia, hehehe. Perrengue é fogo.

  10. Cara, esse site vicia… Muiito loko véio..

    “Imagina, você pega um avião tranqüilamente e ele começa a atrasar. Então acontece uma gritaria. Ninguém te dá informação. Dispara um alarme. Você pensa: “Fudeu. È o Osama!!!””

    Essa parte foi d+!!

    Flw

  11. Amigo Philipe, uma pena eu não ser cineasta pois ficariamos ricos se filmarmos um longa das suas aventuras rsrsrs adorei todas, comecei a ler seu blog a mais ou menos uma semana, e não paro mais, estou no trabalho e estou lendo, em casa continuo lendo, vou acabar sendo mandado embora rsrsrs seu blog vicia. rsrsrsrsr

  12. E aí “meirmão”?! Cara, você é comédia demais. Dei muitas gargalhadas com essa história aí. Você poderia ser um ótimo roteirista de filme de comédia. Valeu man.
    PS: Sempre que dá eu tô acompanhando seus posts. Sua primeira experiência paranormal tb foi demais.

    Abraços!!!

  13. Conheci seu site/blog a pouco tempo como pode ver pelos comentários. Sempre lendo entre um trabalho e outro aqui. Rapaz, essa história realmente, foi digna de estar em livro, ou revista, ou qualquer coisa importante. Muito genial.

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