domingo, dezembro 22, 2024

Solução definitiva

Ele correu feliz para o elevador. Era o dia mais feliz de sua vida e estava disposto a atravessar duas avenidas e comprar o anel de noivado da Carrie. Charlie apertou o botão da garagem, e enquanto descia, refletia se devia comprar o rubi ou o diamante. Como falaria para ela? Como daria a notícia de sua promoção?

“Ela vai ficar chocada!” – Pensou.

O elevador estava com defeito no equipamento de som ambiente e enquanto descia, ele ouvia o som dos motores: Zoooom…

Charlie estava eufórico. Olhou-se no espelho e deu um sorriso canastrão a la James Bond.

-McGraw! Charlie McGraw, a serviço da rainha! O que? Sim, eu sou foda! Agente zero-zero-foda a serviço da raínha!

Então o elevador chegou na garagem e a porta se abriu…

Muitas horas antes, quando Charlie McGraw acordou naquele dia, sentia uma estranha euforia que não sabia explicar. Ele só foi se ater a aquela curiosa e incomum sensação, quando já era quase meio dia e ele estava no laboratório. Charlie Mcgraw era um pequeno gênio, acumulando dois diplomas, de Medicina e Farmácia além de duas pós graduações e um doutorado. Sua tese “Estudo do tratamento genômico para carnigênese multiespectral” era uma referência mundial na área. Ele era celebrado por seus pares e reconhecido como um dos mais promissores pesquisadores das terapias genéticas para tratamento do câncer no mundo.

Mas por mais importante que ele fosse, ninguém em sã consciência teria coragem de sequer imaginar o que se daria naquela sala estéril. Ainda mais às 12:35, quando todos já haviam saído para o almoço.

Charlie estava examinando relatórios num grande monitor. Um equipamento do outro lado da sala realizava emissões e irradiações em amostras de teste quando um grafico incomum surgiu na tela.

-Charlie a princípio não disse nada. Tirou os pesados óculos de grau e olhou bem perto da tela.

Ele então voltou-se até a maquina. Abriu o equipamento e removeu as amostras. Comparou seus números de série. Foi até a estufa e retirou novas amostras daquele grupo. Ele voltou com eles para a maquina e tratou de ligá-la.

Charlie foi até o telefone e discou alguns números.

-Micahel? Tá com o Mansfield aí com você? Não? Tu sabe onde que ele foi almoçar? Não… Não disse nada pra mim também. É que… Meu, eu tô até sem graça de dizer, mas… Porra, tu promete que vai guardar segredo? Não, tem que jurar. Jurar, porra. Tá, vou falar. Jura de novo! Ok… Meu, tivemos um código verde. To fazendo a contra-prova. Não, não. Acabou de dar. Verifiquei a série. É! Na sequenciadora dois. Não sei, cara. Tem que falar primeiro com o Mansfield… Ele que manda. Ainda vai gerar a contraprova. Tá gerando já. Pra garantir que a maquina não surtou, ué! Meu, foda-se o champanhe! Temos que verificar, retestar, e depois resequenciar tudo. É o procedimento. Eu também acho que vai bater! Não, relaxa. Porra, não grita que vai dar bandeira. Nobel o caralho. Segura a onda, cara! Isso não é hora de pensar em Nobel, Michael. Se ele aparecer aí liga, mas não conta. Deixa eu contar, afinal o investimento dessa porra é alto. O cara merece receber os dados direitinho. Até pra não queimar tudo com um falso positivo. Eu sei que é menos de 0,08% em um bilhão, mas vai que… Nada de botar o carro na frente dos bois. Se o Mansfield der as caras aí liga pra cá. Mas ó! Você prometeu! Boca de siri! Abraço! Hã? Tá onde? Reunião? Sério? Bom, valeu por avisar, Michael. Agradece a Suzy!

Charlie desligou o telefone e foi até a tela. Nela, gráficos saltavam uns sobre os outros. Uma sequencia enorme de números e códigos iam surgindo, à medida em que as varreduras espectrais da maquina iam se desenrolando. Quando finalmente acabaram, só restava o gráfico na tela. Charlie tomou notas.

Charlie parecia estar vendo um fantasma. Levantou-se da cadeira e trêmulo agarrou a caneta e começou a mordiscar sua ponta.

-Puuuta que pariu! O mesmo pico. Os mesmos decaimentos! Fudeu! Descobri a cura definitiva do câncer!

Após imprimir as telas, gerar um backup num pen drive e colocar tudo numa pasta, Charlie correu para fora da sala do laboratório e foi até a recepção do andar da Genomicorps. Rosie, a lindíssima secretária, que parecia até uma Miss, fez sinal pra ele.

-Ei Dr. McGraw, espere, não entre aí!

-Oi Rosie! O Mansfield tá aqui, né?

-O Doutor Mansfield está em reunião com a diretoria desde cedo aí na sala de conferência. – Ela disse, balançando a cabeça negativamente.

-Eu vou entrar! Me anuncie por favor.

-Mas Dr. McGraw, não vai ser possível, o Dr. Mansfield disse que não era para… – Charlie deixou a belíssima moça falando sozinha. Abriu a porta da sala de conferência e entrou. Ela tentou impedí-lo.

A sala era enorme, repleta de janelões de vidro que descortinavam a Big Apple lá em baixo. Era um mar de predios novos e antigos. A altura ocultava os sons de sirene e carros da cidade. Eles estavam num andar altíssimo, e se aquele não fosse um dia tão bonito, talvez só vissem nuvens. Ao longe, ainda se avistava o verde do Central Park, encalacrado no meio do concreto.

-Mas o que está havendo aqui? – Perguntou Mansfield, em pé, enquanto segurava um calhamaço de papéis em meio a uma apresentação. Ele pareceu constrangido ao ver Charlie entrando com a secretária tentando segurá-lo pelo braço.

No telão, diversos homens grisalhos assistiam impassíveis a cena.

Na mesa de reuniões, outros seis homens igualmente velhos enfiados em ternos escuros e bem cortados por alfaiates italianos, olhavam a cena em silêncio.

-Desculpa, Rosie… -Disse Charlie.

-Doutor Mansfield, eu avisei ao Doutor McGraw que o senhor estava em reuni…

– Ok, Rosie, pode deixar. -Disse Mansfield. -Deixe o rapaz entrar.

A moça logo obedeceu e fechou as pesadas portas de carvalho.

-Com licença.

Uma vez na sala com a diretoria mundial da Genomicorps, Charlie se manteve em silencio, tentando conter o risinho que lhe escapava da boca.

-Então, doutor McGraw… O que é tão importante ao ponto de interromper a reunião do Conselho de projetos e finanças? Perguntou o presidente.

-Desculpem senhores, desculpe senhor presidente. Eu não planejava uma entrada assim, tão cinematográfica. – Ele disse. – Mas vocês precisam saber logo disso.

-O que é isso? – Perguntou Mansfield.

-Veja o senhor! – Disse Charlie, entregando-lhe a pasta.

Mansfield olhou o papel em silêncio por alguns minutos.

-Isso não… Não é… Não é possível!- Ele disse, quase sussurrando.

Então todos os homens sérios da reunião começaram a falar ao mesmo tempo. Incluindo os da videoconferência. Houve um tumulto.

-Senhores, senhores, senhores! – Disse Mansfield, agitando o papel no ar. – Um minuto de atenção! Este homem aqui… Olhem bem para este homem, meus caros membros da diretoria. Vocês estão diante de uma celebridade. Eu não tenho dúvidas que… Venha cá, meu rapaz. Tem certeza que isso está correto?

-Sim senhor! Testamos, tiramos contra prova. Os dados batem. Veja os números aqui no campo 6B, Ó! -Disse Charlie, apontando o papel.

Então Mansfield olhou para os homens de cabelo grisalho que observavam em silêncio ele abraçar o jovem cientista.

-Vocês estão diante do próximo prêmio Nobel! Um homem que acaba de encontrar a “solução definitiva”!

-O que? O que é isso? O que ele fez? -Perguntava a turba de diretores em todas as partes do mundo.

-Calma, calma senhores. O Doutor McGraw é o nosso ponta de lança na pesquisa de cura do câncer!

-Mas não pode ser! – Disse um dos velhos na tela. – Mais de dez anos de pesquisas em diversos outros institutos nossos mostrou que isso era perda de tempo!

-Perdão, senhor. è que eu usei uma nova abordagem com base nas leituras multiespectrais de emissões de raios…

-Shhhh! Calma. Poupe-se Charlie. Posso te chamar de Charlie? Posso, né? Olha, toma. Pegue um charuto. – Disse Mansfield interrompendo o rapaz. Então após sentar Charlie na cadeira da presidência, à mesa de reunião, continuou: – Senhores, os dados são bem claros. Não vem ao caso agora debatermos as metodologias e nem muito menos ficarmos nos lamentando dos projetos que não deram certo quando temos aqui nada menos que um gênio! A pessoa que revolucionará a espécie humana! Sim, porque esse é o “Santo Graal” das terapias genômicas. Este jovem cientista aqui acaba de curar definitivamente todo e qualquer tipo de câncer! Temos que reconhecer seu mérito e dar os parabéns!

Imediatamente os homens se levantaram em seus ternos bem cortados e cumprimentaram efusivamente o jovem Charlie, que todo feliz só pensava em como contaria a notícia para sua namorada. Seus pensamentos distantes foram obliterados por uma nova interrupção de Mansfield.

– Escute, Charlie… As coisas não acontecem por acaso. Veja… Você entrou em nossa reunião anual de projetos e finanças… Toda a diretoria da Genomicorps está reunida nesta sala. E é com imenso prazer que eu, o presidente do conselho gostaria de sugerir seu nome para o cargo de Diretor de pesquisas da central de Nova York. Alguém aqui se opõe? – Ele perguntou, já sabendo que nenhum dos engravatados iria se opor.

-Hã? Quê?

-Claro, você terá sua própria sala, com vista para a Times Square, terá motorista e seu salário, bem… Me passa esse papel. Esse aí. Olha aqui… – Mansfield escreveu alguns números numa folha sobre a mesa e passou ao jovem.

Charlie, ao bater o olho naquele monte de números, não podia acreditar. Era mais que seu salario bruto em dez anos!

-Mas, mas… Quer dizer, muito obrigado, senhor!

-Não me agradeça, rapaz. Apenas diga se aceita o cargo. A grana é boa, eu sei, mas ainda tem os bônus, que não estão inclusos, bem como os benefícios, como a sociedade no Country Club, o acesso aos carros da diretoria, incluindo os dois Helicópteros, que devem ser reservados com antecedência, e a casa nas montanhas, além de duas férias remuneradas ao ano. Sei o pacote ainda não está a altura de sua capacidade. Mas sabe como é, ainda pretendo ser o presidente da firma por alguns anos… – Ele disse. Todos riram às gargalhadas.

Charlie tinha lagrimas nos olhos. Apertou a mão de Mansfield. Todos deram-lhe os parabéns.

Mansfield apertou o botão no interfone sobre a mesa e Rosie atendeu.

-Pois não senhor?

-Rosie, acabamos de nomear o Doutor McGraw como novo membro da diretoria. Prepare o R.H; e gere a papelada.

-Sim senhor.

-Bem, meu jovem. Seja bem vindo a diretoria de um dos mais poderosos conglomerados da industria farmacêutica mundial.

-A propósito, Mansfield, sugiro darmos o resto do dia de folga para o rapaz. Vamos aproveitar que hoje é sexta! -Disse um dos mais velhinhos.

-Perfeito, Alphred! -Disse Mansfield.

Meu jovem, mais uma vez, parabéns! Aproveite o dia que está lindo e o fim de semana!

-Obrigado senhor. Muito obrigado senhores. Agradeço a sua confiança no meu trabalho! -Disse o jovem Charlie.

Enquanto Charlie corria para o elevador, as portas da sala de reunião se fecharam.

Todos os velhos engravatados estavam em silêncio aguardando o que Mansfield tinha para falar.

A porta do elevador se abriu. Charlie correu feliz para seu carro.

-Está chegando a data da sua aposentadoria, ô lata velha! – Disse ele ao Subaru 95 arranhado e com pneus carecas que ocupava uma das piores vagas do estacionamento.

Charlie entrou no carro.

Antes de sair, pegou o celular e ligou apressado, repetindo verbalmente os últimos números:

-Cinco, cinco, cinco…Alô? Amor? Eu! E aí? Como foi na entrevista? Sério? Jura? Meu Deus, querida! Que ótimo! Olha, temos que comemorar. Eu tenho que te contar uma coisa. É. Do meu trabalho. Fui promovido. Você não vai creditar, amor. Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Deu tudo certo. Tudo. Só pessoalmente, porque é muita coisa pra contar. Deu tudo certo. Sabe quando dá tudo super certo? Vamos reservar no Carmin. Eu sei que é caro, uai! Mas a ocasião pede. Nos vemos lá às oito! Te amo, querida!

Carlie já estava saindo com o carro quando viu alguém vindo em sua direção.

-Rosie?

-Oi Dr, McGraw.

-Posso ajudar em alguma coisa?

-Sabe o que é? É que estão chamando o senhor lá na diretoria.

-Na diretoria?

-É! Parece que tem um problema na sua pesquisa. Eles disseram que o resultado está errado.

-Errado? Isso é impossível!

-Bom, eu não entendo dessas coisas… -Disse a lindíssima loura.

-Ok, vamos lá. -Respondeu o jovem cientista. Ele desligou o carro e saiu.

Minutos antes, quando as portas de carvalho se fecharam e só estava Mansfield e os diretores mundiais da Genomicorps,  todos olhavam para Mansfield. Esperavam.

-Senhores. Acabamos de ver um bom exemplo daquilo que vinhamos falando minutos atrás e…

-Este é um problema, sem dúvida. -Disse um dos velhos na tela de projeção.

-Sim doutor Clarck. É um problema, mas é um problema solucionável… Estamos diante de uma oportunidade.

-Como uma oportunidade, Mansfield? O que quer dizer?

-Veja, meu caro Clarck. Estamos investindo milhões na pesquisa da cura definitiva do câncer. Nós pagamos a peso de ouro para atrairmos os mais proeminentes pesquisadores nessa linha em todo o mundo.

-E é o que eu digo ao conselho! Isso é desperdício de dinheiro! -Berrou o velho.

-Como assim desperdício, Alphred? Acabamos de ver um dos rapazes conseguindo descobrir a cura!

-Mas não vamos fazer nada com esta merda! -Alphred estava irritado.

-Lembre-se Mansfield! Essa companhia vende remédios! Não vendemos curas!

-Acalme-se, doutor Clarck. Estamos aqui para vender o tratamento, nunca a cura, eu sei! Mas o senhor precisa perceber que se este rapaz está sozinho, numa instituição de ensino, ou nas mãos dos concorrentes coreanos, e descobre o que descobriu, será o nosso fim! Imagina o prejuízo que a cura do câncer será para os negócios. Se surge a cura, quem comprará remédios?

-Ah! -Todos enfim entenderam.

-Mas estamos estimulando as descobertas! Estamos acendendo uma vela para deus e outra pro diabo! – Falou Clarck.

-Verdade! Já é a quarta descoberta definitiva da cura do câncer nos últimos dez anos. – Disse Joseph. – Quantos mais teremos que financiar?

-Querido Joseph, compreendo sua preocupação, mas no meu ponto de vista, financiaremos todos os que quiserem descobrir a “solução definitiva”… – Disse Mansfield, acendendo um charuto.

No estacionamento, Charlie McGraw não podia entender. Havia revisado cuidadosamente os resultados da sequenciadora. Não havia margem de erro. Ele então pensou que só podia ser um engano. Talvez um dos velhos tivesse tentado interpretar os dados sem uma base definida.

-Só pode ser um engano isso, Rosie.

-Vamos lá? – Perguntou a loura com uma piscadela safada.

Por um instante fugaz Charlie pensou que talvez aquilo fosse um truque. Talvez a loura que já havia sido Miss Minnesota em 2001 estivesse apenas querendo sexo. Nada poderia deixar um jovem cientista nerd mais sexy do que ficar milionário e membro da diretoria de um dos maiores conglomerados farmacêuticos do planeta.

-Vamos por aqui, Charlie. -Ela disse.

Charlie percebeu que ela não o chamava mais de doutor. Caminharam na direção das escadas, num canto escuro da garagem.

-Ei Rosie, o elevador é para o outro lado.

-Ali é o elevador privativo da Diretoria, Charlie. – Ela disse, apontando um elevador que vivia fechado perto da porta contra incêndio, que dava acesso à escada.

Charlie foi andando na frente, e então ele ouviu um estampido seco e sentiu uma pancada nas costas. Olhou assutado para o peito vendo o sangue já manchando-lhe a camisa. Queimava.

-Hã? -Sussurrou ao se virar para a loura, e ver que ela empunhava uma pequena arma de fogo. -Por… Que? -E então ele caiu.

A jovem pisou com seu scarpin preto brilhante no peito do cientista. Do chão, antes de perder os sentidos e sucumbir, ele ainda conseguia ver a lingerie que ela usava por baixo da saia plissada. Preta e de rendinha.

Ela apenas sorriu e arrumou os cabelos. Puxou o cão da arma e disparou mais dois tiros em Charlie, para “confirmar”.

Então foi até o carro e pegou a pasta com os documentos.

A loura caminhou calmamente até o elevador e entrou. As portas de aço escovado se fecharam atrás dela.

Minutos depois a pasta com os dados era jogada numa gaveta do cofre atrás da mesa de Mansfield, onde diversas outras estavam. Mansfield trancou o cofre, fechou o quadro falso e guardou a chave em seu paletó de riscas de giz bem cortado. Depois se virou e misturou o gelo no copo de uísque escocês com o dedo.

-Obrigado, Rosie. E que tal o novo “R.H.”?

-Perfeito, senhor! É bem calibrado, leve e com baixo recuo. O silenciador embutido foi uma ótima pedida, doutor Mansfield.

-Que bom.

-Se precisar de mim, é só falar! -Disse a ex-miss Minessota, que saiu e deixou o presidente sozinho na sala.

Ele olhou o brilho alaranjado do uísque contra a luz que entrava pela janela panorâmica. Afundou na cadeira macia de couro antigo.

-“Solução definitiva!” – Disse Mansfield, sorrindo.

FIM

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

  1. agora me responda, a quanto tempo estão pesquisando sobre a cura do HIV, e quanto já não ganharam com a venda de coquetéis?
    isso é uma mafia, como esta escrito no conto, uma vela pra Deus e outra para o Diabo.

  2. parabéns, senhor philipe kling. Depois desse conto você conseguiu me fazer te odiar tanto quanto eu odeio o stephen king.
    Exelente texto, cara. Estou ansioso para poder ler o próximo! :D

  3. E isso não se resume somente a indústria farmacêutica, as montadoras de veículos tem condições de fazer veículos que durem muito mais e com mais qualidade, mas vale a pena? Não, claro que não, o dinheiro tem que girar, seu carro precisa estragar e você comprar outro. Celulares e Computadores também se fosse do interesse dos fabricantes poderiam durar 20 e 30 anos sem ficar obsoletos, mas não, o dinheiro tem que girar e mesmo sem o seu telefone ou computador estragar eles te induzem a comprar outro. É assim com o câncer e o HIV, a demanda pelos remédios é mais lucrativa do que a cura.

    • É a obsolência programada… Eu ate aceito a obsolência programada desde que ela venha acompanhada de avanços tenológicos. Mas o que temos hoje é a simples substituição de um produto por outro similar. Eu sou contra as reservas estratégicas tecnológicas, como as das montadoras, que detém milhares de patentes de otimização de combustível, mas mantém na gaveta porque custa muito desenvolver ou porque elas acham que poderão tirar proveito disso no futuro quando o petróleo tiver sua oferta reduzida.

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