Se há um lugar que podemos chamar de lugar misterioso é este enorme e profundo lago de águas escuras da Escócia, o Lago Ness. As histórias de que um monstro marinho (ou mais) habitam o lago remontam à idade média. De gente que jura ter visto corcovas gigantes surgindo na superfície do lago a relatos de pessoas que alegam que quase atropelaram o que pensaram ser “lontras gigantes” em estradas vicinais ao lago de madrugada, os relatos de observações de anomalias se amontoam, tal qual os relatos de pessoas que vêem aliens, goblins, Shadow People e o Pé Grande.
Evidentemente, há muito pouca credibilidade para com as dezenas de relatos de criaturas monstruosas habitando este lago. Nem mesmo as descobertas de fósseis de ossos de plessiossauros, um dinossauro marinho que se acredita, seja uma das criaturas que aprece no lago, nas imediações não contribuiu para a elucidação do mistério.
Tempos atrás, buscas pelo monstro foram feitas, inclusive com um prêmio para quem encontrasse a impressionante criatura. Varreduras de sonar foram feitas, o lago foi esquadrinhado de ponta a ponta, mas diversos problemas tornaram a varredura problemática. Em alguns lugares o lago é extremamente profundo, com o caladro passando dos duzentos metros de profundidade. Também há um volume de lodo, troncos, material orgânico diverso, cardumes, rochas, cavernas no fundo do lago, o que é um complicador.
Mesmo assim, na famosa varredura de busca do monstro, algo “peculiar” foi registrado pela primeira vez num sonar.
Uma mancha que lembra um plessiosauro, mas estava muito fundo para se ter certeza.
Em 2016 uma nova varredura de sonar na área reencontrou essa criatura aí que acredite se quiser, ERA O MONSTRO!
De fato, era mesmo o monstro, mas não um monstro real e sim um monstro fake usado num filme (aquele zoiúdo da foto ali em baixo)
Tempos depois, caçadores do monstro, apelidado de “Nessie” iriam conseguir algo que até hoje me deixa impressionado. Uma câmera subaquática detectou movimento e registrou isso:
Mas claro, sempre é possível que tal foto seja uma fraude. Inclusive é sabido que a famosa fotografia da cabeça de Nessie é uma admitida fraude.
Recentemente, um britânico de 36 anos, Tom Ingram, de Portsmouth, visitou recentemente o Lago Ness, na Escócia, como turista e fez um cruzeiro de barco ao redor do lago para ver as belas paisagens da terra de Connor McLeod.
Mas de repente ele viu algo grande na tela do sonar.
O comprimento do registro indicou que era de algo com pouco mais de 9 metros (!) E se movia na água.
O mais surpreendente é que dois anos atrás, um objeto grande semelhante foi registrado na tela do sonar justamente na mesma área do lago. Então, este sonar foi instalado no barco de Ronald Mackenzie. Mostra como algo grande estava nadando perto do fundo do lago.
A forma dessa criatura era a mesma “curva suavemente” da foto recente do sonar.
Foto do sonar da suposta Nessie de 2020
De acordo com Tom Ingram, ele decidiu fazer um cruzeiro turístico regular no lago de Fort Augustus para as belas vistas das margens do lago.
Eu me classificaria como incrédulo da existência de Nessie, quer dizer, claro que todos nós sabemos que tais mitos existem, mas quando você vê com seus próprios olhos no sonar… Aquilo ali nos pegou de surpresa. No início estávamos preocupados e depois ficamos muito intrigados com o que vimos.”
Uma imagem de sonar mostrando o suposto monstro Nessie, tirada em 2020, causou muito barulho na imprensa e muito se falou de que essa é uma das evidências mais convincentes de que algo enorme e estranho realmente vive no Lago Ness.
A nova foto mostrou que, se a primeira foto ainda pode ser chamada de “falha técnica” com um trecho, o segundo fenômeno semelhante na mesma área dificilmente dificilmente seria um novo erro.
O principal especialista em sonar Craig Wallace descreveu as imagens como “muito curiosas”, pois ambas mostram “objetos grandes, claros e distintos se mexendo estranhamente perto do fundo do lago”.
Notavelmente, esculturas de pedra locais dos pictos retratam uma fera misteriosa com nadadeiras. O primeiro relato escrito aparece em uma biografia de St. Columba de 565 AD . De acordo com esse trabalho, o monstro mordeu um nadador e estava preparado para atacar outro homem quando Columba interveio, ordenando que a fera “voltasse”. Ele obedeceu e, ao longo dos séculos, apenas avistamentos ocasionais foram relatados. Muitos desses supostos encontros pareciam inspirados no folclore escocês , repleto de criaturas aquáticas míticas.
Em 1933, a lenda do monstro do Lago Ness começou a crescer. Na época, uma estrada ao lado do Loch Ness foi concluída, oferecendo uma visão desobstruída do lago. Em abril, um casal viu um animal enorme – que eles compararam a um “dragão ou monstro pré-histórico” – e depois que cruzou o caminho de seu carro, desapareceu na água. O incidente foi relatado em um jornal escocês, e vários avistamentos se seguiram. Em dezembro de 1933, o Daily Mail encomendou a Marmaduke Wetherell, um caçador de grandes animais, para localizar a serpente marinha . Ao longo das margens do lago, ele encontrou grandes pegadas que, segundo ele, pertenciam a “um animal muito poderoso de patas macias, com cerca de 6 metros de comprimento”. No entanto, após uma inspeção mais detalhada, os zoólogos do Museu de História Natural determinaram que as trilhas eram idênticas e feitas com um suporte de guarda-chuva ou cinzeiro que tinha uma perna de hipopótamo como base.
A notícia só parecia estimular os esforços para provar a existência do monstro. Em 1934, o médico inglês Robert Kenneth Wilson fotografou a suposta criatura. A imagem icônica – conhecida como “fotografia do cirurgião” – parecia mostrar a pequena cabeça e pescoço do monstro. O Daily Mail imprimiu a fotografia, provocando uma sensação internacional. Muitos especularam que a criatura era um plesiossauro , um réptil marinho que foi extinto há cerca de 65,5 milhões de anos.
A área do Lago Ness atraiu numerosos caçadores de monstros. Ao longo dos anos, várias explorações de sonar (principalmente em 1987 e 2003) foram realizadas para localizar a criatura, mas nenhuma foi considerada bem-sucedida, apesar das imagens que vimos acima.
Além disso, inúmeras fotografias supostamente mostravam a fera, mas a maioria foi desacreditada como falsificação ou como representando outros animais ou objetos.
Em 2018, pesquisadores realizaram uma pesquisa de DNA do Lago Ness para determinar quais organismos vivem nas águas. Nenhum sinal de um plesiossauro ou outro animal tão grande foi encontrado, embora os resultados indicassem a presença de numerosas enguias. Essa descoberta deixou em aberto a possibilidade de que o monstro seja uma enguia mutante gigante. Apesar da falta de evidências conclusivas, o monstro do Lago Ness permaneceu popular – e lucrativo. No início do século 21, estimou-se que a lenda do monstro contribuía com quase US $ 80 milhões anualmente para a economia da Escócia. Nada mal.
Sempre ótimo conteúdo, pena que parou a página do YouTube.
O youtube muda a regra dele como muda o vento e geralmente ferra os produtores de conteúdo pequenos. O Igor do Flow sempre reclama disso. Aliás, todo mundo. A falta de um concorrente “pika” pro youtube faz a rede agir como um reizinho mimado.
Acho duas histórias fantásticas o combo – Monstro do lago Ness e o Mokele Mbembe
É inacreditável quanto tempo passa e tenho sempre a mesma sensação lendo seus posts, algo embasado, com análises, opiniões, refutações, experimentos e sempre comentários construtivos do pessoal. Parabéns, sempre vou ler o que tu postar =)
É possível algum tipo de cardume apontar “um” animal grande?
È possível sim, mas cardumes costumam ter uma assinatura específica de imagem, porque eles se agrupam num “cluster” por um tempo escasso, se separando e variando muito a forma.
Muito legal, mesmo depois da cirurgia e se recuperando você continua nos entretendo grande PKD.
Abraço e boa recuperação!
Estou melhorando rapido, padrão Wolverine, hehehehe