domingo, dezembro 22, 2024

Sonda da NASA registra luz misteriosa em Marte

O nosso amigo e leitor Leandro deu a dica dessa insólita notícia. A sonda robô que percorre a superfície do planeta Marte registrou uma estranha luz. A foto em questão está disponível no site oficial da NASA, mas não parece haver até o momento, um consenso sobre o que pode ser isso. Parece muito forte. Veja a foto:

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Seria mais fácil desqualificar esta misteriosa fotografia se a luz estivesse surgindo no horizonte aberto. Ela poderia ser um planeta, uma estrela e talvez a própria Terra iluminada pelo sol surgindo no horizonte, mas neste caso há uma cordilheira enorme cobrindo o horizonte e a luz está na frente das montanhas. Como pode luz surgir num planeta rochoso e desabitado?

A sonda Curiosity rover registrou a misteriosa luz na superfície de Marte quando estava próximo ao waypoint em sua árdua caminhada em direção à base do Monte da Sharp na cratera Gale em Marte. De acordo com o comunicado à imprensa emitido pelo Jet Propulsion Laboratory, a Curiosidade atravessou os 29 metros finais de sua jornada para uma área chamada de “Kimberley” no dia 2 de abril. O Kimberley foi selecionado como área “alvo” da sonda no início de 2013 porque apresentava características potenciais que sugeriam um bom local para localizar formas de vida.

A Curiosity estava situada no topo de uma pequena elevação, o que lhe proporcionava um excelente ponto de vista a partir do qual o rover podia registrar quatro tipos diferentes de rocha que se cruzam na área Kimberley.

A sonda da NASA ainda irá realizar um exame detalhado das rochas expostas na área Kimberley. O rover passou o primeiro semestre de 2013 estudando um local conhecido como Bay Yellowknife. O robozinho usou sua perfuratriz-de-amostragem pela primeira vez e descobriu pistas químicas nas rochas que indicam que o Yellowknife Bay já foi um ambiente favorável para a vida microbiana no passado do Planeta Vermelho.

O misterioso registro da luz se deu ontem, quando a NASA divulgou essa foto mostrando um feixe estranho de luz que parece emanar de um ponto localizado na superfície marciana. A NASA ainda tem que emitir uma declaração oficial sobre esta descoberta intrigante.

Estranho, né? Tudo bem que escalafobético mesmo seria se a sondinha desse de cara com um puta disco voador, mas a gente se contenta com luzes misteriosas.

A luz parece subir como uma coluna vertical. Não me creio que seja  o caso de uma erupção ou algo assim, na medida em que não há fumaça ou coluna de detritos. A luz registrada na foto pela sonda dá uma sensação de ser muito potente e localizada. Poderia ser um defeito na fotografia? Suponho que sim, mas neste caso a pergunta seguinte é: Por que este tipo de defeito parece tão localizado na superfície e não solto pela fotografia, e por que esse tipo de erro não se repete em outras fotografias?

Raio cósmico?

Um raio cósmico é uma partícula super-ultra-pequena acelerada a velocidades inimagináveis. Eles começaram a aparecer na história da astronautica como um fenômeno misterioso. O raio cósm,ico é tão pequeno e fugaz que atravessava o cérebro (isso mesmo, eu disse o cérebro!) do astronauta e ao passar por dentro do globo ocular, gerava um mini-clarão, que durante um tempo, principalmente no inicio da era espacial, assustou muitos astronautas.

Segundo a Wikipedia:

Raios cósmicos são partículas extremamente penetrantes, dotadas de alta energia, que se deslocam a velocidades próximas à da luz no espaço sideral. Portanto, raios cósmicos não são raios, mas sim partículas.

Essas partículas, ao chegarem à Terra, colidem com os núcleos dos átomos da atmosfera, a cerca de 10 mil metros acima da superfície do planeta, e dão origem a outras partículas, formando uma “chuva” de partículas com menos energia, os chamados raios cósmicos secundários.

O número de partículas que chegam ao nível do mar, em média, é de uma partícula por segundo em cada centímetro quadrado.

Os raios cósmicos secundários são inofensivos à vida na Terra, mas os raios cósmicos primários são perigosos para os astronautas no espaço.

Uma forma de detectar as partículas de alta energia no solo é através de um efeito secundário que elas produzem, chamado de radiação Cerenkov. Quando a luz se propaga em qualquer meio que não seja o vácuo, sua velocidade diminui, mas as partículas de alta energia sofrem menos esse efeito. Quando essas partículas de alta energia se propagam pela água ou pela atmosfera, têm uma velocidade que é maior que a velocidade da luz naquele meio e geram uma “onda de choque óptica”. Isso equivale ao estrondo sonoro criado por uma aeronave que se desloca com velocidade maior que a velocidade do som no ar.

Astronautas dos ônibus espaciais, da ISS e da Apollo relatam ter visto flashes de luz quando estavam em completa escuridão ou com os olhos fechados. Esses flashes ocorrem porque uma substância semelhante a um gel – chamada de humor vítreo – preenche cerca de 80% do globo ocular humano. Como o humor vítreo é basicamente água, os olhos dos astronautas funcionam como detectores de radiação Cerenkov. A onda de choque óptica se move através do humor vítreo e a retina a detecta na forma de um flash de luz.

A hipótese dessa suposta fonte luminosa na foto de Marte ser uma interferência de raios cósmicos na fotografia, é viável a partir do princípio que Marte possui atmosfera muito tênue, e um campo magnético idem, de modo que o planeta (como também nossa Lua) estaria mais propenso a ações de raios cósmicos potentes.

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Na foto acima vemos um típico raio cósmico registrado pela câmera no espaço.

Logo esta hipótese, ao meu ver, poderia até ser considerada. Mas ela teria que ser aceita em conjunto com a admissão de uma incrível coincidência: A incidência do ângulo do raio (vertical) e a área afetada da imagem. Uma outra questão envolveria questionar se raios cósmicos, – muito culpados pela NASA ao longo da história de registro desses “objetos estranhos em fotografias” – Também afetariam fotografias digitais, ou apenas imagens de filme. A resposta a esta pergunta eu não tenho, mas creio que por uma fotografia digital ser composta de bits, seria inviável que um raio cósmico aparecesse marcado neste tipo de registro, pelo simples fato que ele é um conjunto numérico virtual e não um substrato químico.

Outro fenômeno também curioso envolvendo luzes estranhas no espaço, são os clarões da Lua.

Luzes misteriosas na Lua

Por mais estranho que pareça, luzes esquisitas sendo registradas por astrônomos que estudavam a Lua são um fenômeno antiquíssimo!

Pra você ter uma ideia, em abril de 1787, Frederick William Herschel – o descobridor de Urano – afirmou ter observado luzes brilhantes viajando sobre a superfície da Lua. Em 18 de maio do mesmo ano, raios luminosos no satélite foram observados por dois outros astrônomos. Isso iria voltar a ocorrer em 1877, quando um cordão de luz branca foi visto por mais de uma hora em fevereiro daquele ano.

Em 23 de abril de 1915, foi a vez de um feixe de luz surgir dentro da cratera Clavius. Há inclusive, documentários sobre isso.
No documentário “Secret Space – Volume II: Alien Invasion”, de Chris Everard, encontramos vários relatos de luzes como essas. A polêmica produção mostra um relatório sobre anomalias lunares que teria sido produzido pela NASA nos anos anteriores às missões Apollo. Uma versão pública do relatório foi divulgada em 1968 com o código R-277. Nele constam cerca de 600 episódios ocorridos entre 1540 e 1967.
Luzes misteriosas surgindo na Lua estão em aproximadamente 200 desses episódios estudados. O catálogo inclui relatos de nomes famosos na História da Astronomia. Gian Cassini, por exemplo, viu “uma nuvem branca sobre a superfície da Lua” em 1671.

Um local de destaque destas “estranhezas” é Platão – cratera onde dezenas de luzes foram relatadas por astrônomos.

No trecho do documentário abaixo podemos ver alguns registros em video bastante intrigantes, de luzes na superfície oculta da Lua, registrados em sua maioria pela missão Apolo XVI. Recomendo atenção para o último trecho, nos segundos finais do video, quando uma luz na lua pisca e uma outra luz passa velozemnte sobre a superfície. Meteoritos? Como, se na Lua não há atmosfera para incendiá-los com o atrito?

As misteriosas luzes também foram reportadas aos montes não apenas pelos astrônomos que vigiam o satélite daqui do nosso planeta, mas também – e principalmente – pelos astronautas pioneiros. Quem conta o bizarríssimo caso é ninguém menos que Buzz Aldrin em pessoa:

Quem poderia dizer que Edwin “Buzz” Aldrin – o segundo homem a andar na Lua, naquele fatídico dia de 20 de Julho de 1969, mentiria sobre algo assim?

Claro que precisamos admitir que qualquer pessoa, inclusive astronautas – pessoas de alto grau de qualificação que treinam extensivamente e passam por duríssimos processos seletivos – podem se enganar. A Coisa misteriosa que Buzz se refere poderia ser alguma peça solta dos equipamentos de lançamento do Eagle? Talvez sim. Poderia ser um satélite russo perdido a caminho da Lua? Igualmente. No entanto, nada disso consegue nos explicar na totalidade uma miríade de outros registros de fenômenos estranhos gravados no espaço, sobretudo nas proximidades da Lua. Um desses registros é da própria missão Apolo XI, quando o módulo orbital é registrado e ao fundo vemos algo esférico luminoso que parece decolar de dentro de uma cratera. Este trecho e um monte de outros registros compilados, podem ser vistos no video ao fim deste post.

Estranhas construções na LUA?

Igualmente estranho é o assunto das misteriosas construções da Lua. Este é um assunto pantanoso, porque eu mesmo, não creio muito em certas afirmações sensacionalistas de torres, castelos e “bases” alienígenas encravadas na Lua. A ideia de construções aliens no nosso satélite sempre fez pouco sentido para a minha cabeça de curioso-autor de ficção científica.
Digo isso porque sabemos que a lua, é literalmente, usando as próprias palavras do Buzz Aldrin: “Uma magnífica desolação”.

Eu poderia admitir mais facilmente se um tipo misterioso de monumento, estátua ou até quem sabe um monolito a la “2001 – Uma Odisséia no Espaço” fosse descoberto na nossa Lua. O problema são as grandes construções. Qual seria a logica em se construir gigantescas estruturas num satélite de pedra, desprovido de riquezas importantes do ponto de vista espacial, como a água em estado líquido e fundamentalmente uma atmosfera e campo magnético protetor? Faz pouco sentido de uma perspectiva Econômica, que é uma lei universal que submeteria até o mais avançado ser alienígena.

Por outro lado, eu não sei o que fazer com os indícios, como o desta torre gigantesca que foi registrada pela sonda soviética Zond-3 em 1965:

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Com base nos cálculos da sonda, essa coisa teria cerca de 12 km de altura!

Essa curiosa estrutura, assemelhada a uma torre, foi apelidada de “Torre de Babel”. Isso nos leva a questionar se estamos diante de um conjunto muito peculiar de anomalias geológicas lunares ou se seriam produto de uma construção realizada por uma outra espécie que esteve na Lua antes de nós. Todas as duas possibilidades deveriam ser examinadas com o mesmo rigor e respeito, na medida que devemos reconhecer nossa ignorância parcial acerca do que existe fora de nosso planeta.

A tal Torre de Babel seria apenas uma de diversas outras estruturas “anômalas” no nosso satélite. Ao que parece, outras fotografias da Lua revelariam outras torres ainda mais surpreendentes:

Esta "torre" teria 20km de altura!
Esta “torre” teria 20km de altura!

O que nos chama a atenção é a incrível altura dessas coisas, mas temos que lembrar que com a baixa gravidade lunar, estruturas mas altas seriam mais fáceis de erguer do que na Terra.
Antes das naves do projeto Apollo, a NASA enviou à Lua a sonda Lunar Orbiter III para tirar fotografias das estruturas mais interessantes. Dentre elas, o “Caco”, uma estrutura vertical com mais de 1,5 km de altura, que está localizado nas proximidades da cratera Ukert – que recebeu este nome em homenagem ao historiador alemão Fredrich August Ukert (1780-1851) Veja as fotos abaixo.

 

(a forma de estrela é uma marca de registro da câmera)

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Shard02

Shard05

Se isso já parece suficientemente estranho, espere só até ver o “castelo”. Soa quase como uma piada imaginar um castelo na lua. Ainda mais com uma torre de 8 km de altura. Mas…

“A LO-III também fotografou o que alguns chamam de “A Torre”. Também chamada de “Castelo”, a estrutura possui cerca de 1,5 km de largura e possivelmente 8 km de altura. Quando foi fotografada, era é a única coisa visível na superfície em um raio de vários quilômetros.”

 

castle0121

 

Ao ampliar o pequeno detalhe na lateral direita:

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Castle

 

O que poderia ser isso? Um defeito no filme? Possivelmente. Entretanto, ao que parece, essa estrutura misteriosa teria surgido também em outras fotografias dessa mesma área, indicando que pode se tratar de algum tipo de relevo real. Mas o que seria e por que uma coisa assim estaria na Lua?

Coisas estranhas nas luas seriam uma prerrogativa da Terra? Seria só o nosso satélite natural que teria estranhas “anomalias”?

Voltando ao caso de Marte, acredito que a resposta seja “Não”.

Marte tem dois satélites naturais. Phobos e Deimos.

Lembra quando eu contei que não estranharia se descobrissem um tipo de monolito na Lua? Pois veja só que coisa bem antinatural está fazendo em Phobos:

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O que uma coisa retangular que mais parece um prédio está fazendo na lua de Marte? Seria uma afloração mineral de natureza cristalina única com centenas de metros?

De fato, o que podemos concluir é que mesmo que todas essas anomalias na Lua sejam produtos de confusões, má-interpretação, erros nas câmeras, defeitos de revelação, e uma boa dose da “síndrome do Agente Mulder”, ainda ficamos com a pulga atrás da orelha com relação ao estranho brilho que surgiu no solo marciano ontem.

Seja como for, o conjunto de evidências estranhas e bizarras ocorrendo no espaço, nos satélites e até em outros planetas, compõe uma intrigante colcha de retalhos que parece apontar para uma constatação onde mais que o Mundo,  o Universo é GUMP.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

  1. Olá Philipe,
    Quase todas as imagens depois do “Caco” inclusive não estão carregando.
    Sobre a imagem de Marte, acho que vc mesmo já respondeu sobre NÃO ser um raio cósmico pela geração da imagem ser digital e não de base química.
    Outra dúvida que pensei foi qual o espectro da luz que a câmera da Curiosity tem fotografado. Já li que as imagens estão com correção de cor, mas essa está em Pb.
    Sabe algo a respeito?
    Abs
    Leandro

  2. Phillipe, estou com o mesmo problema do Leandro para carregar as fotos… oura coisa que notei na imagem da curiosity é que temos um quadrado desenhado no solo um pouco a frente da sonda…. pode ser uma formação natural ou deixada pela passagem da sonda, mas desenhos geométricos sempre parecem suspeitos.

    abs

  3. Eu li no ‘ovnihoje.com’ que tem mais de uma foto com o suposto raio cósmico no mesmo lugar, tiradas de ângulos diferentes.

    Isso torna tudo mais cabuloso não?!

  4. Olá Philipe, seu site é muito interessante, passo aqui toda a semana, sou fã há muito tempo, mas nunca opinei em nada rsrs. Estava vendo um vídeo no site do hisrory chanel e acho que "mata essa charada", tanto da luz em marte, quanto das luzes na lua. Trata-se de colisões, realizadas por meteoritos minúsculos, veja esse vídeo: http://noticias.seuhistory.com/nasa-grava-video-impressionante-de-rocha-de-400-quilos-se-chocando-com-lua-video . Acho que a "pedra" de marte era bem maior. Tanto as câmeras dos astronautas quanto as da sonda em marte são preparadas para funcionarem melhor em ambientes de pouca luz, o que ressalta qualquer clarão ou flash, assim como o olho humano, depois de acostumado com a escuridão do espaço. Lembro de outro vídeo que vi há muito tempo, onde os caras da Nasa filmavam uma colisão na areia, criada em um ambiente controlado, com uma destas câmeras com bilhões de quadros por segundo e no momento do choque o resultado era um grande clarão, mesmo sem oxigênio para queimar.

  5. Sobre os “edifícios” na lua; é tão difícil assim ir até lá, diretamente, em nosso tempo, e, simplesmente verificar?

    Imagine se realmente forem reais, e se existe algo lá, além das construções ( ?° ?? ?°)

    … Não é algo que sairia “caro”; praticamente uma comprovação de formas alienígenas!!
    Ou apenas um desvendamento de um mistério.

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