terça-feira, dezembro 17, 2024

Soneto da mulher ilustrada

Sozinho com meu giz pastel
Desenhei seus lábios no papel
Marquei seus olhos cor de céu
Acariciei seu corpo a pincel

E nas voltas que o mundo gira
Pensava que tu eras mentira
Doce mistério de vampira
Delírio carnal que me inspira

Mas vi que tu eras verdade
desenhava com facilidade
toda tua sensualidade

Por medo matei meu amor clandestino
Rasguei o papel genuíno
Ser só era meu destino

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.
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Comentários

  1. Uma coisa que dá a maior diferença em um poema é o ritmo: você pensar na seqüência de sílabas fortes e fracas.

    Neste aqui o primeiro verso de cada estrofe é sempre sáfico (4a., 8a. e 10a. sílabas fortes), mas os outros são jambos (fraca-FORTE) regulares:

    Hão de chorar por ela os cinamomos,
    Murchando as flores ao tombar do dia.
    Dos laranjais hão de cair os pomos,
    Lembrando-se daquela que os colhia.

    As estrelas dirão — “Ai! nada somos,
    Pois ela se morreu silente e fria…”
    E pondo os olhos nela como pomos,
    Hão de chorar a irmã que lhes sorria.

    A lua, que lhe foi mãe carinhosa,
    Que a viu nascer e amar, há de envolvê-la
    Entre lírios e pétalas de rosa.

    Os meus sonhos de amor serão defuntos…
    E os arcanjos dirão no azul ao vê-la,
    Pensando em mim: — “Por que não vieram juntos?”

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