quinta-feira, dezembro 26, 2024

Último ato: A bizarra morte de Tommy Cooper

Imagina só você morrer no palco, bem na frente de centenas de pessoas, num programa transmitido para milhões de pessoas e todo mundo morrer de rir? Acredite se puder, isso realmente aconteceu exatamente assim. Veja o video:

O nome dele era Frederick Thomas Cooper, mas ficou famoso com seu apelido, “Tommy” Cooper. O cara foi um mágico, comediante e showman. Tommy era um homem enorme, com 1,94 metros.

Tommy nasceu em Caerphill, South Wales. O cara sempre teve uma certa tendência ao show, com apenas três anos ele ganhou um concurso de sotaque. Sua família tinha um carro de vender sorvete e ele trabalhou nisso durante muito tempo, participando de feiras e eventos. Quando ele completou oito anos, uma lhe deu de presente um jogo de mágica infantil. Cooper se amarrou naquele treco e passava horas aperfeiçoando os truques.
Realmente era uma família incomum. Seu irmão David abriu uma loja de magica na década de 1960 em Slough High Street.
Durante a Segunda Guerra, Cooper foi convocado e divertia seus colegas de caserna com truques de magica e números de comédia. Foi durante esta época que surgiu seu prazer por coisas inusitadas e improvisos estranhos.
Uma noite no Cairo, Tommy Cooper estava em uma apresentação em que ele deveria estar em um traje que exigia um capacete. Mas ele havia esquecido. Então, Cooper estendeu a mão e pegou emprestado o chapéu de um garçom que passava. Isso gerou enormes gargalhadas. A partir deste incidente, Cooper nunca mais abandonou a comédia pastelão e aquele estranho chapéu vermelho, que virou sua marca registrada.
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Após sete anos de serviço militar, Cooper entrou de cabeça no show business. Na véspera de Natal de 1947, ele lançou um popular monólogo sobre a sua experiência militar chamado “Cooper a Trooper”. Foi um enorme sucesso. Cooper trabalhou em teatros de variedades em toda a Inglaterra. Em Londres ele chegou a realizar 52 espetáculos por semana no Windmill Theatre.
Cooper era um bom magico, mas percebeu certa vez quando ainda era militar, que um truque de mágica tinha dado terrivelmente errado, mas as pessoas riram muito, porque acharam que aquilo era parte do show. Como resultado, ele passou a incorporar cenas que davam errado em suas apresentações.

A partir de 1947, ele começou a trabalhar freneticamente, se apresentando em tudo que era lugar, até em cabarés. Cooper rapidamente se tornou um top de linha incorporando o papel de um mágico cujos truques nunca conseguia fazer. Foi na televisão que ele obteve a grande proeminência nacional. Depois de estrear na BBC em um show para novos talentos, em março 1948, ele logo começou a estrelar seus próprios shows, e sua enorme popularidade com o público cresceu durante quatro décadas, principalmente através de seu trabalho com a London Weekend Television de 1968-1972 e com a Thames Television de 1973-1980.
Graças aos seus muitos programas de televisão durante meados dos anos 70, ele foi um dos maiores e mais reconhecidos comediantes do mundo.

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Apesar do sucesso, Tommy Cooper era um alcoólatra e fumante. Graças aos abusos do álcool de cigarros, ele experimentou um declínio na saúde durante a década de 1970. Em 77 ele teve um ataque cardíaco, mas escapou. Três meses depois, ele estava de volta à televisão.
Em 1980, os problemas cada vez piores com a bebida fizeram a Thames Television cortar o programa dele da grade. Mas Cooper ainda aparecia em programas de Tv, mas como convidado em outras atrações.

Em meados da década de 1970, o vício no álcool começou a corroer gravemente o profissionalismo de Cooper e os proprietários do clube reclamaram que ele sempre aparecia atrasado ou apressado, fazendo o show “nas coxas”. Além disso, ele sofreu com indigestão crônica, lumbago, dor de coluna, bronquite e problemas circulatórios graves em suas pernas. Quando Cooper percebeu a extensão de seus problemas, ele finalmente diminuiu a bebida.
Então a confiança voltou e ele começou a se reerguer. Algumas de suas performances de televisão neste período foram uma revelação. Mas com uma recaída da bebida, ele mostrou o quanto ela poderia ser perigosa. Em uma apresentação, ele se esqueceu de ativar o fecho de segurança na “ilusão guilhotina”. O show quase terminou em “faces da Morte”. Foi graças a uma intervenção de última hora pelo gerente, que percebeu o erro no último segundo que o show de mágica não acaba em morte no palco.

Mas se ele tinha conseguido escapar daquela morte no palco, a sorte não iria lhe sorrir duas vezes.

Em 15 de abril de 1984, Cooper estava fazendo um show para milhões de telespectadores no London Weekend Television. O programa se chamava Live From Her Majesty, e era transmitido ao vivo do Teatro de Sua Majestade. Cooper já estava no meio de seu show.

Um assistente o ajudou a colocar uma capa para sua atuação. Enquanto ele se vestia, Jimmy Tarbuck, o apresentador, estava escondido atrás da cortina esperando para passar-lhe diferentes adereços que ele iria fazer surgir de dentro daquela estranha roupa.

O próprio Jimmy morreu de rir quando Cooper vestiu o manto e caiu estatelado. Todo mundo achou que era uma piada. Da mesma forma, o público riu enquanto ele ficava lá, caído. Depois de muito tempo em que ele já não se mexia, alguém percebeu que havia algo errado na “piada”. Neste ponto, o diretor do show, Alasdair MacMillan, gesticulou para a orquestra tocar a música de introdução do intervalo comercial, que não estava previsto para aquele momento. As pessoas do backstage tentaram puxar Cooper de volta através das cortinas.

Bizarramente, decidiu-se continuar com o show!

Dustin Gee e Les Dennis foram para a frente do palco e deram continuidade ao que estava previsto para rolar após o show de Tommy Cooper. Outras estrelas passaram a apresentar seus atos no espaço limitado na frente do palco. Enquanto isso, outras pessoas tentavam ressuscitar Cooper atrás das cortinas. Ele era tão pesado que quase não conseguiram tirá-lo da frente das cortinas. Por um mórbido detalhe, o público acompanhou o perrengue. Dizem que o sapato enorme de Cooper ainda aparecia por baixo da cortina, enquanto rolava o show. Assim todos os milhões de espectadores daquela noite sabiam que ele estava sendo ressuscitado ali atrás. Enquanto o show continuava, os esforços que estavam sendo feitos nos bastidores para reviver Cooper, não eram ajudados pela escuridão. Foi só no segundo intervalo comercial que homens da ambulância foram capazes de tirar ele dali e mover o corpo para Hospital Westminster, onde Tommy Cooper foi declarado clinicamente morto.

Mas sua morte não foi oficialmente notificada até a manhã seguinte.

Uma estátua de Cooper foi inaugurada em sua cidade natal de Caerphilly, no País de Gales, em 2008.

Tommy_Cooper_by_Aberdare_Blog Em uma pesquisa com 2005 Comediantes Cooper foi eleito com o sexto melhor ato de comédia de todos os tempos. Ele é comumente citado como um dos melhores comediantes da história, com várias pesquisas que o colocam no número um da comédia mundial.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

  1. Cara! Que história!
    Bom, assim como é uma honra morrer em batalha para alguns guerreiros, ele pode ter tido o melhor tipo de morte que um comediante poderia ter.
    Se eu fosse ele, pelo menos ficaria feliz ao chegar do outro lado e descobrir que morri fazendo as pessoas rirem que era a grande força motriz da minha vida.

  2. Já que o humor negro deu o tom, podemos dizer que ele era bem ruinzinho… pois também não aguentou as piadas que repetia e “bateu com a caçuleta”….

  3. Aposto que ele preferiria morrer assim mesmo do que agonizando em uma cama de hospital, incapacitado até mesmo para as necessidades básicas do ser humano…

    Até na hora da sua morte ele divertiu o público…

    • Eu concordo, algue´m viu “behind the candelabra”?
      Dá muita pena do Liberace, que morreu de AIDS numa cama, para ele isso era tão apavorante que ele fez tudo para esconder que estava morrendo disso. A última fala dele pro personagem do Matt Damon é “não quero que lembrem de mim como aquela bicha velha que morreu de aids!”

          • Prefiro as comunidades torrents, que nos permite compartilhar filmes. Tá certo, dá um pouco de trabalho, pois dependemos de outros compartilharem. Mas ao final, podemos guardar os bons filmes. Minha “videoteca” já tem uns oitenta filmes arquivados. Haja terabyte e DVDs…

      • Não assiti também, mas lembro de ter lido uma sinopse em algum lugar. Pronto, entrou para a lista dos filmes “que vou assistir antes de morrer”… sem trocadilhos, por favor, ou levo outro puxão de orelhas da amiga aí de cima!
        Philipe, a propósito, assistiu “idiocracia”, sugestão de outro file leitor? Eu assisti e gostei. O filme pode ser simples – tosco, até, alguns dirão – mas a temática é atualíssima!

  4. Com relação ao filme biografia ” Behind the candelabra” é um ótimo filme Philipe.
    Voltando ao assunto,a cara desse Cooper é estranha,o sorriso sei lá…legal morrer fazendo o que gosta mas não deixa de ser bizarro.

  5. Eu já ouvi falar desse cara.
    Bizarro! Eu tinha um professor de história (muito alto tambem) que também ensinava frances. Nessa época a gente não sabia, mas ele sofria de eplepsia, Como pessoa culta ele se cuidave muito e os ataques aconteciam em raríssimas ocasiões. Mas vai daì que um dia durante uma aula de frances, bem quando ele pronunciava a palagra la pruiiiiiire (ou coisa parecisa) (que queria dizer galinha) e fazia um gesto com as mãos como um bater de azas… ele começou as esticar o fonema e a tremelicar e pender para um lado, levou a mão no pescoço e foi se agaixando até cair no chão e ficar convulcionando. O pânico foi geral. é claro. nunca tinhamos visto aquilo. então chamamos pelos corredores do colégio quando apareceu o professor de ciências que já sabia que ele sofria daquele mal e prestou toda a assistência para ele até que ele mellhorasse Talvez voces conheçan ele. O nome dele é Tadeu França e foi por mais de um mandato Deputado estadual e Federal. uma exelelnte pessoa, diga-se de passagem. Tenho saudades dele e de suas ela muito ilustrativa e divertida.nunca mais encontrei algúem que ensinasse tão bem!
    Tái um belo assunto para um “post”. Ao mestre com carinho. hehe!

  6. Esqueci de dizer que no começo do ataque nós pensáva-mos que era uma encenação sobre o assunto e rimos muito, e só paramos quando notamos que a interpretação estava ficando muito demorada e ele começõu a “babar! e cair!
    T?agico!

  7. Cacete… Tenso, hein! É a síntese da “solidão do comediante” que aparece naquela propaganda com o Porchat, quando ele fala que ninguém leva a sério um cara que vive de contar piada. Qualquer hora acontece com a Palmirinha ou com o Silvio Santos.
    Me lembrou aquela piada, o cara confessando pro amigo: “Quando eu morrer, quero que seja como foi com meu avô: dormindo, em paz, sossegado… e não desesperado, gritando, que nem os passageiros do ônibus que ele dirigia”.

  8. me lembra o video do indiano que morreu ao vivo sorrindo (tem no youtube)…é engraçado. Mas não acho feio falar que morte assim é engraçada, porque sempre achamos que a morte é algo terrível. Aquele cara morreu sem dor, estava sorrindo, todo mundo vai morrer,e se não for algo triste, melhor.

  9. Eu quero morrer fazendo sexo,quero transar até morrer amo sexo mesmo se eu estiver numa cama quero bate uma ou transar pela ultima vez ^^ antes da morte ^^

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