Um morto no telefone

Uma coisa que pode soar realmente assustadora é receber um telefonema proveniente do outro mundo. Lembro de um episódio clássico do Twilight Zone onde uma mulher recebe constantes ligações de um homem pedindo ajuda. Intrigada ela resolve desvendar o mistério apenas para seguir o fio do telefone por quilômetros e descobrir que uma tempestade derrubou os postes e os fios de telefone estão caídos dentro de uma sepultura num cemitério abandonado.

Mas felizmente, mortos não telefonam pra nós…

Ou não.

 

Ou não. Como diria Caetano…

Sabe, tem gente que diz que entidades de outro mundo conseguem falar pelo telefone e até aparecer na tela da TV. Parece loucura, eu sei, mas eles falam sério.

Desde a época em que inventaram o telefone lá no final do século XIX, já teve gente registrando essas tentativas sobrenaturais de contato. Só que ninguém levava a sério, porque ia contra a ciência da época e parecia coisa de maluco. Só que ao longo dos anos, foram aparecendo cada vez mais evidências, com variados graus de confiabilidade de que, sob certas condições, os mortos conseguiriam se comunicar com os vivos pelo telefone.

Teve um cara brasileiro, o Oscar D’Oragon, que publicou um livro em 1923 chamado “Vozes do Outro Mundo ao Telefone”. Ele contava as gravações das conversas que ele teve com essas pessoas desconhecidas do além. E o mais maluco é que eles ligavam pra ele mesmo, sabendo que ele não ia ter medo e desligar. O livro fez sucesso porque o cara tinha fama de ser um pesquisador sério do paranormal, mas demorou uns dez anos pra outros caras, o P. Lapagessi e o C. Pires, publicarem as informações que eles coletaram sobre esses contatos telefônicos com o além. Eles até propuseram um dispositivo especial, mais sensível que o telefone comum, mas os engenheiros não deram muita bola pra ideia. Mas isso não impediu que essas chamadas do além continuassem acontecendo.

Recentemente, a Dra. Jennifer Mattinley, que é uma expert em pesquisa paranormal, fez um estudo e documentou 1.067 casos de contato telefônico entre mortos e vivos na Inglaterra, França e Estados Unidos.  Em metade dos casos, as pessoas conseguiam trocar frases com os mortos.

Em 204 casos, só o morto falava. O mais louco é que a voz do além é clara, mas parece vir de longe, muito longe, e no final da conversa não tem aquele bipe de finalização. Só que a ligação em si ninguém consegue ouvir. Tipo, você pega o telefone pra ligar pra alguém e de repente já tem uma voz lá, e você escuta uma voz conhecida. Essa ideia me dá um certo calafrio. Não só de imaginar que poderia ser um morto, mas o que efetivamente me garante que não pode ser uma outra coisa se passando por quem morreu?

Em outros casos, a voz “do além” é ininteligível ou fica abafada.

E sabe o que comprovou de vez a realidade dessas “vozes eletrônicas do nada”? As gravações em fita. O professor Konstantin Raudive (tem o post sobre ele aqui ) juntou um monte delas e mostrou que era verdade mesmo. Raudive foi um caso interessante pois ele esteve dos dois lados da ligação. Ele recebia ligações e realizava as do outro lado até que morreu, e amigos dele que trabalhavam com isso passaram a receber ligações de Raudive, agora ligando do mundo dos mortos, e até com imagem!

Em 1971, engenheiros de uma gravadora dos EUA fizeram um experimento e conseguiram mais de duzentas vozes gravadas em dezoito minutos de gravação. É de arrepiar, né? Mas o telefone e a fita foram só o começo dos contatos com o além. Depois veio o rádio, a televisão e até a Internet.

No ano de 1971, engenheiros de uma gravadora de renome nos Estados Unidos conduziram um experimento, convidando Raudive para um laboratório acústico. Lá, foi instalado um equipamento especial que bloqueava qualquer sinal de rádio e televisão.

A gravação durou dezoito minutos, e nenhum dos participantes percebeu quaisquer sons estranhos durante o processo. No entanto, quando os especialistas ouviram a fita, ficaram surpresos ao descobrir que mais de duzentas vozes haviam sido gravadas. Essa descoberta deixou todos chocados. No entanto, o telefone e o gravador foram apenas o início dos contatos com o mundo sutil. Posteriormente, houve avanços na comunicação com o além por meio do rádio, televisão e até mesmo a Internet.

Um engenheiro talentoso chamado Hans Otto Koenig alcançou um sucesso notável na área do rádio. Ele desenvolveu uma nova tecnologia utilizando dispositivos extremamente sensíveis para se comunicar com entidades de outro mundo. Em 1983, ele apareceu na estação de rádio Radio Luxembourg, onde o apresentador Rainer Holbe permitiu que Koenig instalasse seu equipamento no estúdio. Quando tudo estava pronto, um dos engenheiros, sem saber que o apresentador já havia ligado o equipamento, perguntou com dúvida se as entidades do outro mundo poderiam falar ali mesmo no estúdio. Surpreendentemente, uma voz alta respondeu: “Ouvimos sua voz. Otto Koenig estabeleceu contato por rádio com os mortos.”

Rainer Holbe, atônito, dirigiu-se a milhões de ouvintes de rádio em toda a Europa, jurando que nada estava sendo manipulado, pois era a voz de outra pessoa e ele não sabia de onde ela vinha. Infelizmente, essa ponte de rádio com o mundo sutil foi interrompida.

Em outro avanço significativo, o engenheiro eletrônico Klaus Schreiber conseguiu ver e ouvir entidades sobrenaturais na tela da televisão. Inicialmente, ele não estava buscando a comunicação com os mortos, mas desenvolveu uma nova antena de televisão que ele conectou à TV em julho de 1990. Para sua surpresa, em vez de imagens de programas de televisão, a imagem de sua falecida filha Karin, que havia morrido em um acidente de carro, apareceu na tela. A menina conseguiu falar com ele, embora sua voz estivesse abafada pelo ruído. Após essa primeira experiência breve, Schreiber se dedicou ainda mais ao aprimoramento da antena. Logo, ele pôde ver e ouvir sua filha falecida e, posteriormente, até mesmo sua esposa falecida. Outras entidades também começaram a aparecer na tela da televisão, como Albert Einstein e a atriz Romy Schneider. No entanto, os pesquisadores desse fenômeno, chamado de transcomunicação instrumental, observaram que as imagens na tela eram mais raras do que as gravações em fita.

Além disso, houve relatos de comunicação com o mundo sutil por meio de computadores. Em 1980, ocorreu a primeira “falha” na tela de um monitor, onde frases curtas apareciam sozinhas, acompanhadas de uma voz “sepulcral”. As pessoas também começaram a receber mensagens de e-mail de parentes e amigos falecidos, e o conteúdo dessas mensagens confirmava que não era uma farsa. Um caso notável aconteceu com o professor de inglês Ken Webster, que se comunicou por 15 meses com um morto que viveu no século XVI através de um computador. Acompanhe a história em detalhes nesse post.  Inicialmente, o professor não estava interessado em fenômenos paranormais ou contatos com o além, mas ele recebeu um e-mail de um desconhecido chamado Thomas Harden, que afirmava ter morrido em 1546 na mesma casa em que Webster morava atualmente.

A mensagem surgiu num BBC Micro, um dos primeiros computadores domésticos do mundo. Não havia ainda a internet.

 

O professor Webster não teria dado muita importância à mensagem “estúpida” se o autor não tivesse se expressado em inglês antigo. Isso levou Webster a corresponder com essa pessoa incomum do outro mundo. Para sua surpresa, a identidade de Thomas Harden e alguns detalhes mencionados por ele foram confirmados por documentos antigos encontrados na biblioteca de Oxford. No entanto, essa comunicação com o além foi interrompida tão abruptamente quanto começou.

Além das comunicações por telefone, rádio e computador com o mundo além, também há relatos de vozes russas vindas do outro lado. Alguns exemplos típicos foram publicados na Internet. Por exemplo, alguém relatou que recentemente o celular de seu amigo tocou, mas o número do chamador estava oculto. Para surpresa de todos, era a mãe dela do outro lado da linha, perguntando como ela estava e dando conselhos sobre compras para o pequeno Zhenya. No entanto, a mãe de Lena havia falecido há 40 dias.

Em outro caso, uma aposentada chamada Maria Pavlovna atendeu a uma ligação tardia em seu apartamento e reconheceu a voz de Volodya, filho de um amigo próximo. Ele pediu que ela fosse até eles, pois sua mãe estava muito doente. Pouco tempo depois, Maria Pavlovna descobriu que Volodya havia falecido em um acidente de carro dois dias antes. Esses são apenas alguns exemplos de comunicações telefônicas inexplicáveis do além.

Em 2002, Artem Mikheev, professor da Universidade de Engenharia de Rádio de São Petersburgo, decidiu criar um equipamento exclusivo para facilitar o contato com os “níveis de matéria fina da existência”. Os experimentos duraram dois anos. Em 25 de agosto de 2004, a Rússia declarou um dia de luto nacional devido à queda simultânea de dois aviões de passageiros. Ao saber dessa tragédia, Artem decidiu investigar as causas. Durante uma “sessão de rádio” realizada posteriormente, uma pergunta apropriada foi feita para quem estivesse do “outro lado”. Em seguida, um clique estranho foi ouvido no ar. Ao reduzir a velocidade da gravação, o cientista conseguiu distinguir uma voz distorcida, mas claramente audível, que afirmou: “Havia um terrorista!” Alguns dias depois, a mensagem do além foi confirmada por um comunicado oficial do FSB. fonte

Os pesquisadores não se limitam apenas às comunicações por telefone e rádio com o mundo além. Sergey Volkov, professor da Academia Tecnológica de Penza, criou um laboratório dedicado ao estudo das possibilidades de comunicação com os mortos, chamadas de “anomalias sutis”. Durante seus experimentos, ele conseguiu obter as primeiras imagens de fantasmas através do uso de equipamentos especiais. Embora essas imagens pareçam um pouco embaçadas, é possível identificar claramente um rosto humano.

Em resumo, há milhões de pessoas que desejam se comunicar com seus entes queridos falecidos, e acredita-se que, no futuro, com o desenvolvimento de tecnologias para contatos sobrenaturais, isso possa se tornar realidade. Assim como o telefone foi inventado no final do século XIX para facilitar a comunicação entre pessoas vivas, os pesquisadores agora enfrentam o desafio de inventar dispositivos semelhantes para estabelecer uma ponte com o além.

É verdade que a questão da comunicação com os mortos tem fascinado a humanidade há séculos. A ideia de estabelecer contato com entes queridos falecidos e obter informações do além desperta tanto interesse quanto ceticismo. No entanto, avanços recentes na tecnologia eletrônica têm alimentado a esperança de que seja possível alcançar uma forma de comunicação com o mundo além-túmulo.

Até agora diversos dispositivos eletrônicos têm sido utilizados. Aparelhos de telefone, rádio e computadores têm sido adaptados e utilizados de maneiras surpreendentes. Por exemplo, engenheiros e especialistas em fenômenos paranormais têm registrado vozes desconhecidas em gravações de telefone e rádio, além de receberem mensagens inesperadas por e-mail. Essas vozes e mensagens muitas vezes trazem informações pessoais e evidências que corroboram sua autenticidade.

Transcomunicação Instrumental:

Um dos termos utilizados para descrever essas experiências é “transcomunicação instrumental” (TCI). A TCI refere-se ao uso de dispositivos eletrônicos para estabelecer contato com entidades do além. Acredita-se que, por meio de técnicas e equipamentos apropriados, seja possível captar vozes e imagens de espíritos ou seres de outras dimensões.

Experiências Surpreendentes:

Existem muitos relatos de experiências surpreendentes de comunicação com os mortos usando dispositivos eletrônicos. Por exemplo, engenheiros e pesquisadores já registraram vozes inexplicáveis ​​em gravações de rádio e telefonemas, além de receberem mensagens de e-mail de pessoas falecidas. Em alguns casos, essas mensagens continham informações pessoais específicas que só poderiam ser conhecidas pelo falecido.

Imagens de Fantasmas:

Além das vozes, também há relatos de captura de imagens de fantasmas por meio de dispositivos eletrônicos e analógicos (confira o post do fantasma que escrevia no ar). Pesquisadores têm utilizado equipamentos especiais, como câmeras e monitores, para registrar imagens embaçadas de supostos espíritos. Embora essas imagens sejam muitas vezes difíceis de interpretar, há quem acredite que elas ofereceriam uma possível evidência visual da existência de seres do além.

Os desafios e Controvérsias

A comunicação com os mortos usando dispositivos eletrônicos enfrenta muitos desafios e continua sendo um tópico controverso. Céticos argumentam que as vozes e imagens obtidas podem ser resultado de interferências e coincidências, enquanto outros questionam a própria existência de vida após a morte. Além disso, a interpretação e a validade das evidências coletadas também são frequentemente debatidas. O fato concreto é que atualmente, não existe uma base científica sólida que prove a existência da comunicação com os mortos. No entanto, se considerarmos a hipótese de desenvolver um equipamento eletrônico para esse propósito, seria importante abordar a questão com cautela e ceticismo.

  1. Pesquisa e estudo: Seria necessário conduzir pesquisas aprofundadas em diferentes áreas, como parapsicologia, eletrônica, psicologia e neurociência. Compreender as teorias e os fenômenos relacionados à comunicação com os mortos ajudaria a orientar o desenvolvimento de um dispositivo eletrônico.
  2. Tecnologia avançada: Seria necessário utilizar tecnologias avançadas, como sensores de alta sensibilidade, equipamentos de gravação e reprodução de áudio e vídeo de alta qualidade, e algoritmos de processamento de sinais construídos para capturar e interpretar possíveis comunicações sutis.
  3. Experimentação rigorosa: Seriam conduzidos experimentos rigorosos usando o equipamento desenvolvido, seguindo os princípios científicos estabelecidos. Seria importante realizar testes controlados, com protocolos rigorosos, para descartar explicações alternativas e garantir a validade dos resultados.
  4. Colaboração interdisciplinar: Seria necessário envolver especialistas de diversas áreas, incluindo cientistas, engenheiros, psicólogos, parapsicólogos e outros profissionais relevantes. A colaboração entre essas disciplinas ajudaria a garantir uma abordagem abrangente e imparcial.

Eu acho que essa conjunção de fatores bastante improvável, porque há uma forte parcialidade dos dois lados da questão. Uns querendo que isso seja real, outros negando completamente que haveria vida após a morte. É verdade que a maioria das explicações científicas para fenômenos aparentemente sobrenaturais envolve explicações naturais, como viés cognitivo, sugestão, efeitos psicológicos e fraude, e por outro lado, tirando pequenos eventos como os do dia que pesquisadores como Raudive registraram supostos espíritos numa câmara anecoica, há pouca coisa efetivamente concreta para se verificar. É por isso que até o momento, não há evidências científicas confiáveis que sustentem a comunicação com os mortos por meio de dispositivos eletrônicos.

O Futuro da Comunicação com os Mortos

Embora as pesquisas nesta área estejam em andamento, ainda há muito a ser explorado. Com o avanço contínuo da tecnologia eletrônica e aprimoramento dos equipamentos, é possível que novas descobertas sejam feitas, expandindo nossas possibilidades de comunicação com os mortos. Talvez um dia, dispositivos especialmente projetados permitirão um contato mais claro e direto com o mundo além-túmulo. Será? A comunicação com os mortos usando dispositivos eletrônicos é um campo fascinante que continua a intrigar e desafiar a compreensão humana. Embora ainda haja muito ceticismo e controvérsia em torno desse tema, não podemos descartar as experiências e evidências relatadas por aqueles que acreditam nessa possibilidade.

O futuro reserva novas descobertas e avanços tecnológicos que podem abrir portas para uma comunicação mais clara com o mundo além. Até lá, a busca por respostas e a exploração dessas possibilidades continua a inspirar pesquisadores e interessados nesse campo fascinante, num mundo em constante mudança e por outro lado num mundo macabro, maravilhoso e assustador, um mundo… Gump.

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Conheço 3 casos que ocorreram com pessoas próximas.
    1 – Um falecido tio de uma prima falou com elas pelo rádio. Elas se borraram de medo ao ouvir a voz dele reclamando de alguma coisa.
    2 – Um ex-colega falecido ligou para a mãe dele e mandou ela parar de ir no cemitério porque lá estava muito perigoso – ela veio no dia seguinte contar para minha mãe. Ele tinha morrido uns 30 dias antes.
    3 – no mesmo dia que a mãe de uma tia faleceu, esse minha tia recebeu um telefone vindo do celular da mãe dela falecida, o aparelho estava guardado dentro da casa da falecida e trancado. Ficaram todos com medo de atender.
    Isso esta sempre por aí, volta e meia acontece. Eu prefiro seguir o curso natural da vida: se eu não posso ver nem ouvir, que os mortos fiquem lá no canto deles.. mesmo que tenha sido alguém próximo a mim eu espero que ele siga a vida dele outra forma.

  2. Sobre a questão de futuramente termos uma tecnologia comprovadamente real para esse tipo de comunicação me lembrou muito o filme de 2017, The Discovery.

    Sem dar spoilers pois é a sinopse do filme, o cara cria uma máquina exatamente com esse propósito e a galera começa uma onde de suicidios ao saberem que realmente existe vida após a morte, muitos na tentativa de aliviar suas dores e outros na tentativa de encontrar seus amados.

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