Eu estava a um tempinho sem tomar coca-cola. A crise de abstinência me obrigou a descer ali na padaria e comprar uma garrafa do néctar negro. Aditivo cerebral.
Engraçado que quando fico um tempinho sem tomar coca-cola, dá uma dor de cabeça do caramba. Mas quando tomo… Sai de baixo.
Uma enxurrada louca de ideias dos mais variados tipos e uma empolgação de sair fazendo um monte de coisa. Esculpir, pintar, escrever. As histórias surgem na minha mente aos borbotões. Umas boas, outras bem ruins.
Então aqui estou eu, pronto para psico-coca-cola-grafar o primeiro roteiro que advirá deste copo. É uma experiência científica e eu garanto pra vocês que as ideias serão ideias originais e não doideiras requentadas encostas no fundo da minha caixola. Vamos ver o que sai.
Vou tomar o primeiro gole.
Até agora nada. Em geral é assim mesmo. Leva um tempo.
Preciso de um método. Um método científico que desencadeie o surto, digo, que desencadeie a onda das ideias, que eu vou direcionar para um roteiro potencial para Hollywood:
Ok. Estou ligando o Media Player. Vou colocar no aleatório e a biblioteca vai ser toda a pasta de mp3. Umas duas mil musicas que vão de clássicos a trash metal, passando por samba, eletrônico e musica folclórica.
A primeira musica já está tocando. Ummmm… É de mistério. Meio eletrônica.
(ok, passaram-se três minutos exatamente)
Agora são quatro minutos desde que tomei o primeiro gole. Neste meio tempo, já tomei mais dois.
Aí vem:
– A PENITENCIÁRIA
Utah – Ano 2026. Uma estranha doença atinge a sociedade, fazendo com que um gigantesco número de psicopatas homicidas canibais aumente tão dramaticamente nos Estados Unidos que as autoridades se veem obrigadas a juntar todos eles em uma prisão de segurança máxima, enquanto cientistas estudam um medicamento capaz de deter a agressividade. Entre os cientistas está um casal de pesquisadores que se odeiam. Ela é Martina Jones, PHD em neurobiologia. Ele um ganhador esnobe do premio Nobel Hugh Barskeville. Juntos eles identificam um gene que poderia ser alterado mudando o comportamento dos assassinos.
È uma noite de tempestade quando eles isolam o gene e testam nas cobaias. Os selvagens babuínos ficam calmos e dóceis.
Eles testam o medicamento em um dos presos. È uma jovem bonita. Ela está toda amarrada. Um dos pesquisadores lê a ficha dela. É uma maníaca famosa por sua agressividade. Uma ficha criminal que daria arrepios no Jason. Ela está toda amarrada com grossas correntes em uma mesa, e mesmo assim, se debate até sair sangue.
A seringa é esvaziada em seu braço. O líquido percorre o tubo lentamente até entrar na corrente sanguínea. Lentamente, ela para de se debater e gritar como uma louca. Ela se acalma e muda radicalmente o comportamento. Está calma. Uma lágrima sai de seu olho.
A equipe comemora. Abrem champanhe. Pegam o babuíno assassino no colo. Brincam com ele. Levam-no para uma cela com outros macacos. Ele está calmo e plácido.
Todos ficam felizes. Ligam para os investidores. Marcam uma coletiva para o dia seguinte.
Eles saem e resolvem ir para um pub próximo comemorar. Chamam Willy, o estagiário. Este é um jovem nerd com headphones nos ouvidos e cara de maluco. Willy não quer sair e vai ficar de plantão. A equipe sai.
Estão bebendo no pub, felizes.
Willy está na sala. Apenas a cela da jovem psicopata amarrada está acesa. Willy está vendo sacanagem na internet com os fones tocando Led Zepellin no último volume. Willy se levanta e vai até o painel na parede. Com uma chave de fenda, ele despluga uns fios. È o sistema de detecção de fumaça. Willy volta para a cadeira e acende um baseado.
Continua a ver mulher pelada.
Willy tem uma brilhante ideia. Ele olha pra trás. A jovem amarrada veste apenas aquela roupinha de hospital. Willy levanta-se e vai até a parede de vidro que o separa da moça.
Eles se entreolham de um modo sacana. Ela sorri pra ele. Willy tira do bolso o cartão de liberação de acesso. O sorriso tímido da moça se transforma em um belo sorriso.
No pub o casal de colegas continua suas alfinetadas e indiretas agressivas. É um climão chato. Dois dos pesquisadores resolvem ir para casa.
Vemos no interior da cela, Willy agarrado à mocinha fazendo sexo de modo selvagem. ao primeiro plano fora da vista dele estão os varios computadores rodando simulações tridimensionais da nova molécula e fazendo varreduras genéticas.
Vemos então o final da análise do simulador. Os relatórios são impressos em gráficos coloridos. Subitamente uma barra vermelha percorre toda a tela. As canetas oscilam vigorosamente como um terremoto. Na tela surge uma mensagem de erro. “INSTABILIDADE IDENTIFICADA” “Abortar procedimento.” Vemos uma imagem ruim vinda da câmera de segurança da jaula onde babuíno docilizado pela droga, agora reunido com os demais, sofre um surto agressivo. Ele mata todos os babuínos da cela. E bate a cabeça nas grades tentando alcançar os macacos da jaula vizinha até que estoura os próprios miolos.
A pesquisadora Dra. Martina Jones descobre que esqueceu a carteira no laboratório. Ela tenta ligar para Willy, mas o telefone toca e ninguém atende.
Vemos o telefone tocar insistentemente até que uma mão feminina cheia de sangue tira o aparelho do gancho.
Ela acha aquilo estranho. Hugh diz que deve ser o temporal, mas Martina está decidida a voltar ao laboratório.
Dr. Hugh se oferece para levá-la até o escritório. Ela estranha a atitude, mas ele revela que tem medo que ela divulgue a pesquisa sem citar o nome dele. Ambos discutem. Eles estão entrando no presídio. Uma gigantesca construção erguida no interior de uma gigantesca cratera no meio do deserto. São paredes de aço e portas pesadas. Na entrada, eles identificam as digitais. Caminham pelos corredores mal iluminados até a unidade de pesquisa.
Ao chegarem no interior da unidade, encontram a porta de acesso aberta. Eles se entreolham.
Vão até a sala dos guardas no fim do corredor. Não há ninguém. As chaves de acesso às áreas restritas sumiram.
Hugh corre até a sala de controle e encontra o corpo de Willy todo comido. Os intestinos espalhados pela sala branca. As pegadas de um pé tamanho 35 saem dali e descem pelo corredor. Martina pega as leituras do computador. Ela está desesperada. Uma mão toca o ombro dela. Ela se assusta. Dá um grito. É Hugh fazendo sinal para ela fazer silêncio. Ele aponta para a tela de segurança. Os babuínos estão mortos. Martina aponta os resultados da simulação. Ambos se entreolham preocupados.
Lá fora a tempestade piora. Raios cortam o céu. As luzes começam a oscilar.
Hugh tenta telefonar de celular, sem sucesso. Não há sinal.
Martina tenta passar o cartão de segurança para trancar o acesso, mas o computador recusa. Ela olha e vê que o painel de controle foi aberto e os fios estão arrancados.
Hugh aponta para a tela de segurança. Vemos que a maluca está comendo um dos guardas num canto. Hugh maneja a câmera. Na sala da segurança, dois níveis abaixo, a moça, nua, está comendo um guarda pelo pescoço. Ela nota a câmera girar com a luzinha acesa e apontar pra ela.
Na tela Hug e Marrtina contemplam com horror a cena. Ela parece um animal. Levanta-se olha para os lados. Vê a câmera. Ela se aproxima da câmera olha bem dentro da objetiva. Parece que está vendo Hugh e Martina.
Eles sentem medo. Ela morde a câmera e o sinal passa a transmitir apenas ruídos.
Hugh faz sinal para Martina e eles saem da sala de pesquisas.
Vão até as escadas. Sobem um nível. No meio das escadas eles ouvem os gemidos vindo do andar abaixo. É ela.
Eles andam apressados. Vão para a sala de segurança nível quatro. Ali, numa cabine fechada, com grades está um guarda gordo. Ele vê futebol num velho monitor e come um sanduíche.
Hugh e Martina batem na janela. O guarda se assusta. Ela abre a sala. Hugh e Martina explicam o que está acontecendo.
O guarda pega o monitor e digita uns códigos. Ouve-se um sirene. ” Alerta de segurança” Toda a unidade deve ser evacuada. Alerta de segurança. Vemos várias portas de acesso sendo travadas. Na entrada principal uma gigantesca porta de concreto sobe do chão. O prédio gigante afunda em um grande buraco.
O guarda está tranquilo. Ele diz que agora o prédio está isolado. Ninguém entra ou sai da unidade até que o código de acesso seja novamente ativado. E que só com o cartão de segurança é possível passar de uma unidade para outra.
Martina se pergunta se é mesmo seguro.
No monitor de segurança atrás deles vemos a moça abrir com o cartão de Willy cada uma das celas. Milhares de malucos saem correndo.
Martina percebe o movimento e grita apontando o monitor. Todos se assustam. O guarda se desespera.
Ele diz que não sabia que um dos presos tinha um dos cartões de acesso.
Na tela, a moça está abrindo as celas e liberando as portas. Malucos correm para todos os lados. Uns brigam entre si. É um caos. Pessoas estouram a cabeça das outras com cadeiras. A turba enfurecida corre pelas escadas.
O guarda gordinho, Hugh e Martina tem que correr pelos infinitos e escuros corredores da penitenciária em busca de salvar a própria vida. É um lugar infestado dos mais perigosos malucos assassinos canibais. A única chance dos dois é conseguir escapar de uma unidade de segurança máxima projetada para que a fuga seja completamente impossível.
[Opa, estou retomando a história. Vamos à continuação…]
Hugh e Martina correm desesperados, acompanhados do guarda gordinho conhecido apenas por senhor Smith.
O Senhor Smith explica que eles precisam alcançar a parte mais alta da penitenciária. O Nível K.
O Nível K é onde está o centro nervoso de toda estrutura, um super computador.
Enquanto correm o senhor Smith explica a natureza do prédio.
Trata-se de uma estrutura de paredes triplas de concreto, capaz de aguentar uma hecatombe nuclear. O prédio foi desenvolvido inicialmente para abrir uma base de operações militares, quando a guerra entre os Estados Unidos e a Coréia Saudita foi deflagrada no ano de 2018. Quando a Coréia saudita foi esmagada pelas armas de destruição em massa norte-americanas, o prédio estava em sua fase final de construção e o governo adaptou as instalações para transformar a estrutura em um presídio de segurança máxima. O problema da doença surgiu com pequenos casos em 2022 e rapidamente se espalhou pelo país. O rastro de morte começou a ficar incontrolável e a única solução foi exterminar os doentes. O extermínio dos assassinos canibais tornou-se a única alternativa para lidar com o caos, até que o governo preocupado com a situação e pressionado pela sociedade civil e sobretudo pelos eleitores, optou por direcionar uma força especial de segurança para capturar e conduzir os doentes para esta unidade. Eles foram mantidos em regime fechado de isolamento completo até que uma cura para a doença fosse descoberta.
Como o prédio foi criado para conter uma guerra nuclear, ao ser ativada a chave de emergência, poderosos macacos hidráulicos descem toda a estrutura para o interior da cratera. A maciça estrutura é enterrada e desaparece na paisagem, prendendo todos em seu interior. Este sistema foi adaptado quando o prédio virou um presídio, porque com o enterramento do edifício, as fugas e rebeliões tornar-se-iam impossíveis.
Os três chegam no sexto andar. A porta está trancada. Nenhum cartão é aceito pela leitora e o sistema de reconhecimento de digitais recusa o acesso do grupo.
Hugh estranha aquele grau de segurança. Ele diz a Martina que nunca teve acesso além do sexto andar, porque ali funcionava um escritório de pesquisas biológicas governamentais. Porém o laboratório foi desativado dois anos antes da pesquisa do gene de cura da doença ser iniciado.
O senhor Smith está desesperado. Ele entra em um estado de histeria. Começa a bater na porta, tentando derrubá-la. Ele está em pânico. Grita insistente que “todos vão morrer”.
Martina preocupa-se com o comportamento de Smith.
Hugh agarra o gordinho pelo pescoço e dá uns dois tabefes na cara dele. O senhor Smith volta à razão.
Hugh começa a interrogá-lo.
Smith não tem outra saída senão explicar que o sistema de emergência máximo uma vez desencadeado além de afundar a estrutura carrega uma série de protocolos de segurança pensados para conter uma rebelião.
Martina está visivelmente preocupada. Os gritos já começam a ecoar nos andares mais baixos das escadas.
Martina interpela Hugh e diz que os loucos canibais estão subindo.
O senhor Smith continua a contar. A penitenciária, como ela é chamada, começará a ativar um a um os protocolos de segurança. O primeiro deles é travar os acessos de entrada e saída do prédio. E isso inclui dutos e tubulações.
A água é cortada. Em duas horas a energia elétrica será cortada. Se os códigos de restauro do sistema não forem corretamente digitados, o computador central do nível K irá presumir que a rebelião tornou-se incontrolável e o protocolo de emergência total será ativado.
Este protocolo irá cortar o suprimento de oxigênio. O prédio ficará enterrado por dois dias, Um gás venenoso será liberado no interior do prédio aniquilando toda e qualquer forma de vida. Então quando todos estiverem mortos filtros especiais entrarão em ação retirando o gás e purificando a unidade. O gás será sugado gerando um vácuo. Este vácuo visa eliminar potenciais doenças e contaminações bioquímicas. Neste período, o prédio ficará totalmente isolado do mundo. Uma vez iniciado o procedimento de emergência máximo, a penitenciária não pode ser detida. Ela entra nos procedimentos independentemente do acesso externo. E como já foi explicado, a estrutura foi feita para suportar várias bombas nucleares.
Neste momento a luz se apaga. A escuridão toma conta da unidade.
O senhor Smith pega uma pequena lanterninha de bolso. Ele ilumina o próprio rosto.
Todos se perguntam se a luz caiu devido à tempestade ou se teria sido uma ação dos malucos.
Smith olha no relógio e não acredita. Ele diz que o desligamento não poderia ser parte do protocolo, porque não havia decorrido tempo suficiente. A menos que…
Hugh exige saber o que mais Smith sabe.
Smith apenas diz que não tem certeza, mas supõe que exista alguém dentro das áreas superiores que teria alterado o sistema do computador para que os ciclos de emergência fossem mais rápidos.
Hugh chega a conclusão que é o fim da linha.
Martina estranha que a chave de acesso do chefe da segurança não tenha efeito sobre as portas.
O senhor Smith explica que uma vez ouviu falar que havia um segundo chefe da segurança. Os níveis de segurança são tão rígidos acima do sexto andar que ele nunca viu esta pessoa. Apenas ouviu falar dele. Os mais antigos chamavam este cara de “o zelador”.
O barulho da turba enfurecida começa a aumentar. Os três chegam a conclusão de que a mulher está abrindo as áreas restritas com o cartão de Willy. Eles querem sair.
Smith diz que não há saída. Eles estão presos. Os malucos, milhares deles, estão subindo as escadas vindo na mesma direção. Será uma questão de tempo para que eles sejam mortos.
Martina tenta novamente o celular. Não há sinal. Smith explica que bloqueadores instalados em todo o prédio impedem o sinal em diferentes frequências quando a emergência é iniciada.
Smith aponta a lanterna para o próprio rosto. Ele teve uma ideia.
Eles resolvem descer um nível, indo em direção aos malucos canibais e tentar chegar na unidade médica, onde há uma sala de quarentena biológica. Usando os códigos da Dra. Martina eles poderiam iniciar um protocolo de contaminação viral e assim a sala de quarentena seria fechada hermeticamente durante quarenta dias, o que impediria os malucos de entrar. Além disso, com a quarentena ativa, o sistema de emergência máximo não teria como liberar o gás mortal nem fazer o vácuo. Ao descerem correndo as escadas, eles chegam ao nível médico quase junto com os primeiros malucos.
Smith dispara tiros contra os canibais. Estoura a cabeça de um e derruba outro.
Hugh e Martina correm desesperados tentando alcançar o final de um longo corredor. Smith tenta dar cobertura.
Ele resiste o quanto pode, atirando nos maníacos canibais. As balas acabam e Smith saca uma tonfa do cinto. Atinge dois maníacos com golpes de tonfa, mas são muitos e a turba enfurecida salta sobre ele com dentes arreganhados. A carnificina grotesca começa. Smith é morto a dentadas.
Martina entra na sala de quarentena. Hugh improvisa uma barricada com duas macas atrás da porta de madeira que dá acesso a área de toxinas biológicas. Ele acha que isso deterá os malucos por alguns instantes.
Hugh digita alguma coisa nos computadores. Uma luz ultravioleta inunda a sala completamente esterilizada no final do corredor. A voz metálica e impessoal do computador soa pelas caixas de som: ” Protocolo de quarentena biológica ativado. Atenção, a sala da quarentena será pressurizada em dez segundos. 10… 9… 8… ”
Os malucos estão se chocando contra as portas. Eles batem violentamente nas grades. As macas estão cedendo. A porta começa a rachar. O computador continua a contagem.
“5… 4… 3..”
A porta cede. Uma onda de malucos grotescos deformados entra no corredor e correm em direção aos dois. Hugh termina de digitar no computador e puxa o fio. A tela apaga. Ele corre para a sala ao lado e salta. A mão de um dos malucos quase consegue agarrá-lo. Por um triz ele entra na sala e uma forte porta de vidro blindado desce do teto. Os malucos se aglomeram na porta de vidro. Hugh está caído no chão sobre Martina. Eles se olham. Olham para a porta.
Os malucos batem com força no vidro. Em seguida uma porta de aço grossa corre lateralmente e esmaga dois malucos estourando os miolos entre a porta de vidro blindada e a de aço.
Martina grita de medo.
Na sala tudo é roxo. As luzes ultravioleta inundam o ambiente. Hugh levanta-se e vai até um pequeno painel na parede. Ele olha as leituras.
Hugh diz a Martina que o sistema está pressurizando a sala.
Ela pergunta a Hugh o que ele estava fazendo no computador da sala do chefe da emergência biológica. Hugh explica que precisou transferir os controles da sala do chefe da emergência para a parte interna da sala de contaminação, dessa maneira eles talvez tenham alguma chance.
Martina e Hugh ficam se olhando durante algum tempo. Começa a pintar um clima.
Hugh se aproxima lentamente. Ele olha nos olhos de Martina. Ela está sem ar. Parece que ele vai beijá-la. Martina fecha os olhos esperando pelo beijo. Hugh chega perto e diz no ouvido de Martina que é para ela disfarçar e observar que havia uma câmera dentro do compartimento que estava se movendo e apontando pra eles.
Martina percebe que está dando na pinta e resolve mudar de assunto. Ela está irritada. Desconcertada.
Ela olha para a câmera e a luz da mesma se apaga. Eles chegam a conclusão que estavam sendo espionados. Hugh vai até a câmera e usando um copo de metal desfere alguns golpes nela, inutilizando-a. Ambos sentam no chão frio da sala de quarentena. Começam a desconfiar do tal “zelador”. O homem no nível seis já está ciente do caos. Ela levanta uma possibilidade de foi ele que, por algum motivo, alterou os procedimentos emergenciais. Eles começam a desconfiar de que o zelador esteja querendo matar a todos.
Hugh pega o computador e começa a digitar. Ele diz a Martina que alguém está fechando as portas de acesso ao computador central. Martina pergunta se Hugh sabe invadir o sistema. Hugh diz que essa coisa de hacker que invade qualquer coisa é palhaçada de filme. Ele não faz a menor ideia de como acessar.
O sistema é então totalmente bloqueado. Há uma chave de trinta e seis dígitos sendo exigida para acessar o terminal.
Martina e Hugh começam a ficar desesperados novamente. Eles se tocam que se o zelador quer matar a todos, ele poderá alterar os procedimentos da quarentena e abrir as portas.
Hugh e Martina tentam varias senhas, frases, nomes, mas não tem sucesso. Eles começam a discutir.
Voltam às turras.
Hugh começa a culpar Martina e aquela carteira estúpida por toda aquela situação. Martina culpa Hugh e seu péssimo trabalho com a proteína pelo caos.
Hugh esculhamba Martina. Ela fica furiosa e arremessa um Becker metálico na direção dele. Hugh abaixa-se e o becker atinge o teclado, derrubando-o da pequena prateleira na parede.
Atrás do teclado está um esparadrapo com uma palavra escrita à caneta. É uma palavra estranha. “dimetiladimeditildilafenilpirazolona”.
Martina corre até o computador e digita a palavra. O sistema aceita.
Eles comemoram. Se abraçam. Hugh beija Martina pela primeira vez.
Ela fica encabulada.
Se desculpam meio sem graça e colocam a culpa na emoção.
Hugh assume o computador e começa a vasculhar os dados da segurança.
Varias pastas estão bloqueadas.
Algumas estão pedindo senhas de 36 dígitos. Martina sugere que eles tentem a mesma senha, afinal, guardar duas senhas de tantos dígitos é quase impossível.
Hugh entra com “dimetiladimeditildilafenilpirazolona” O sistema recusa.
Eles se entreolham. Aparentemente a pessoa que criou esta senha conseguia guardar palavras bem complicadas.
Eles começam a pensar sobre a palavra. Martina é neurobióloga e Hugh um ganhador do prêmio Nobel de neuroquímica quântica.
Eles discutem sobre as bases químicas do di-metila. Começam a pensar nas cadeias de meditildilafenil.
Depois de algum tempo e umas contas feitas com o batom de Martina nas paredes de aço, eles encontram uma fórmula. Contando as cadeias, chegam à conclusão que a senha seria bimetafenildimetilnossulfonatosódico.
Eles tentam e descobrem que esta é a senha.
Aparentemente, a pessoa que usava aquela máquina, o chefe da contaminação, tinha algum envolvimento direto com o zelador.
Nas pastas protegidas estão dados da pesquisa e documentos com chancela militar.
Os cientistas ficam atônitos ao descobrir que alguém espionava a pesquisa deles. Numa das pastas está um diário. Eles começam a ler e descobrem que estão sendo manipulados a desenvolver não exatamente uma cura, mas sim uma doença.
Preocupados, eles descobrem que alguém nos altos escalões do ministério da defesa e guerra quer adaptar a estranha doença para uma arma letal. Ao isolarem uma cura transgênica, os dois criaram a peça que faltava no quebra-cabeça dos militares. Agora eles eram dispensáveis.
Martina pede a Hugh que acesse os protocolos de segurança para ver a situação da penitenciária.
Hugh digita mais uma vez o primeiro código e acessa os dados do computador central da área K.
Lá estão as contagens regressivas para a entrada no protocolo máximo de segurança. O prédio está sem luz. As portas dos níveis inferiores estão sendo gradativamente trancadas. O prédio já afundou em sua sepultura de pedra escavada na rocha fria do deserto. Não há comunicação com o meio exterior. A água e o ar externo estão bloqueados. Faltam poucas horas para a liberação do gás venenoso.
Hugh descobre que o zelador alterou os parâmetros da sala de quarentena. O computador está contando o tempo muito mais rápido. Ele está passando um dia a cada meia hora.
Martina faz as contas e chega a terrível conclusão de que em 18 horas as portas se abrirão automaticamente. O prédio estará contaminado pelo gás venenoso e eles morrerão.
Hugh tenta modificar os parâmetros mas não há acesso. O zelador alterou o sistema de segurança para que só do sexto nível em diante seja possível acessar o computador central no nível K.
Hugh e Martina concluem que precisam subir de volta até o sexto nível e passar pela porta bloqueada de alguma maneira. Ou então morrerão. Mas para isso eles precisam sair da sala da quarentena e enfrentar os malucos. Precisam também descobrir como destravar aquela porta no sexto nível.
Hugh pensa por alguns instantes.
Martina surge com uma ideia. Eles podem tentar localizar o cartão de acesso do chefe da contaminação biológica. A julgar pelas evidências no computador, ele sabia o tempo todo da espionagem governamental na pesquisa dos dois, e portanto, devia ter livre acesso às áreas restritas do prédio.
Martina e Hugh bolam um plano para passarem desapercebidos pelos malucos do corredor.
Usando o computador, através das câmeras de segurança, Hugh descobre que só há dois malucos cambaleando pelo saguão da área médica. Os doidos canibais se espalharam pelo prédio. Na porta de aço que protege a área de quarentena, estão os corpos esmagados de dois malucos.
Martina fica vigiando os doidos que cambaleiam. Quando eles chegam no final do corredor, ela faz o sinal.
Eles não podem perder tempo. Hugh aciona o comando que despressuriza a sala da quarentena. A luz ultravioleta se apaga. As portas se abrem. Martina salta pelo corredor da sala de quarentena para a sala do chefe da contaminação biológica. Um dos malucos do corredor percebe o movimento e vem correndo. Martina está abrindo as gavetas mexendo nos papéis em busca do cartão. Ela não encontra. Um maluco salta sobre ela com os dentes arreganhados. Matina luta com o louco. Ele baba em frenesi. Mas é atingido na cabeça pelo extintor de incêndio. O maluco cai de lado e uma nova pancada muito mais forte esfacela a cabeça do canibal. Martina fica em choque. Hugh está escondido atrás da porta para liquidar os canibais.
Ele aponta para um armário. Está trancado. Martina lembra de ter visto uma pequena chave na gaveta. Ela pega a chave e abre o armário. Ali está o cartão.
Hugh olha pela quina da porta. O maluco no final do corredor está parado, batendo a cabeça na parede, tentando morder o próprio reflexo no espelho.
Hugo lentamente puxa o corpo esmagado de um dos malucos pela perna. Ele arrasta o cadáver para a sala do chefe da segurança biológica.
Tranca a porta. Ele faz sinal para que Martina retire o macacão laranja do maluco e vista. Martina pega o corpo esmagado com nojo e veste o macacão. Dá duas dela ali dentro, mas mesmo assim ela veste. É um macacão todo sujo e ensanguentado. O de Hugh tem pedaços do cérebro do antigo dono recobrindo ele. Ele diz que eles tem que ir andando como os malucos, cambaleando até o sexto nível, onde poderão usar o cartão para acessar a área restrita. Mas primeiro precisam fazer um sacrifício. O sacrifício é embeber as mãos de sangue nos corpos esmigalhados do chão e passar no rosto e cabelos, de modo que fiquem irreconhecíveis. Martina tem um mini-pití de nojo, mas aceita fazer isso para não morrer.
Hugh e Martina saem cambaleando. Estão cobertos de sangue e vísceras. Totalmente irreconhecíveis. Parecem zumbis.
Eles passam com medo perto do maluco que morde o espelho. A criatura para e olha pra eles.
Começa a se aproximar de Martina. Ela fica parada.
O maluco chega bem perto dela, e começa a cheirar. Ela fica paradinha. Os olhos fechados. O maluco cheirando na orelha dela.
Hugh cerra o punho preparado para atacar o doido, mas então o maluco vira-se, voltando-se para o espelho recomeça a morder a própria imagem.
Hugh e Martina passam cambaleando. Chegam no saguão onde está os pedaços remanescentes do senhor Smith.
Duas criancinhas estão comendo os intestinos dele.
Martina vê a lanterna e a tonfa. Hugh acena positivamente com a cabeça. Martina olha para os lados e lentamente se aproxima para pegar a lanterna.
Uma das crianças vê e salta sobre ela.
Hugh corre e mete um bico na criancinha. Ela quebra o pescoço. A outra criança aponta pra eles emitindo um grito pavoroso.
Em outros nível mais abaixo, vários malucos vão e vem. Alguns arrastando corpos e membros amputados. O olhar perdido, com zumbis. Eles ouvem o grito. Começam a correr para as escadas.
Martina pega a tonfa e mete uma paulada na cara da criança. Os ossos esmigalham afundando o crânio. O corpo do guri desfalece.
O maluco do espelho vem correndo. Os dentes arreganhados. A boca sanguinolenta. Hugh e Martina correm pelas escadas para o andar superior. As criaturas vem correndo atrás.
Eles estão sendo perseguidos pelas escadas. Com a lanterna, Martina ilumina o vão das escadas. Várias mãos, algumas com dedos faltando vão subindo.
Eles correm escada acima.
Chegam na porta.
Hugh passa o cartão.
Nada acontece. Ele tenta novamente.
mais uma vez nada acontece.
Os gritos e gemidos guturais vão ficando mais fortes. Os canibais estão cada vez mais perto.
Martina pega o cartão esfrega na roupa tenta limpar o sangue da tarja magnética e passa na leitora.
Um barulho acontece. Um barulho de tranca. a porta grossa se abre. parece a porta de um cofre.
Eles entram pela porta adentro para uma área escura. Do outro lado dezenas de maníacos se aglomeram berrando e gritando. eles tentam segurar a porta. Hugh e Martina puxam vigorosamente. A porta vai e vem. Os malucos são muito fortes. Hugh grita para Martina fazer alguma coisa.
Ela pega a lanterna e olha em volta. Na parede, tem um machado de emergência.
Ela mete o pé na portinha de vidro e pega o machado.
Os braços vão aumentando na greta. Hugh usa todas as suas forças para impedir a entrada dos malucos canibais.
Martina pega o machado e começa a desferir machadadas, cortando os braços. esguichos de sangue jorram a cada machadada. Varios braços são amputados e a porta finalmente bate e tranca.
Hugh cai no chão exausto. Do outro lado eles podem ver os estampidos secos de todos os socos e gritos das criaturas ecoando.
Martina abraça Hugh. Eles se beijam novamente.
Click.
Um barulho e uma arma está apontada para a cabeça deles.
É um velho careca. A cara enrugada. Ele veste um avental. Usa um par de óculos tenebrosamente antigos e circulares. Assemelha-se a um médico nazista.
O velho sorri de modo malicioso.
Hugh pergunta se ele é o zelador. O velho apenas concorda com a cabeça.
Ele afasta-se apontando a arma. Faz sinal para que Martina saia de perto do machado.
Chega até um painel na parede e aciona uns comandos.
A luz se acende. É um grande salão com maquinas de todos os tipos. Ao fundo um grande tanque escuro.
Hugh começa a fazer perguntas.
O velho não responde. Ele está em silêncio. Apontando a arma. Um sorriso maníaco no rosto.
Hugh para de perguntar e começa a afirmar. Ele diz que o velho trabalha para os militares e que está desenvolvendo uma arma biológica para guerra.
O velho se irrita. Ele atira em Hugh. Mas erra.
Martina grita de susto. O velho aponta a arma pra ela.
Diz ao Hugh que se ele continuar falando demais irá matar a moça.
Hugh aceita e fica em silêncio. O velho manda os dois irem para o canto. Ambos obedecem.
Hugh observa um monte de fios e tubos indo até o grande tanque escuro.
Subitamente, alguma coisa se move na escuridão do líquido.
Hugh e Martina trocam olhares estupefatos.
O velho percebe o interesse deles. Sorri e aciona uns botões. Uma luz esverdeada acende dentro do tanque. Há uma criatura enorme ali dentro.
Hug está completamente sem ação. O velho então explica que a doença é apenas uma parte da grande revolução que ele está desenvolvendo para o governo. O velho aponta para umas antigas fotografias coladas na parede. É uma família. Um homem, uma mulher e duas crianças.
Ele diz que é sua família. Todos morreram na guerra contra a Coréia Saudita. O velho vai ficando cada vez mais irritado.
A partir de então ele jurou construir uma arma para aniquilar todos os inimigos de seu país.
Martina interrompe e diz que o velho é um louco.
O velho sorri e aponta a criatura. É um homem gigante, super forte. Parece até o incrível Hulk.
O velho diz que aquela será a desgraça dos inimigos da américa. Ele pretende fabricar várias daquelas criaturas usando a doença dos maníacos assassinos.
[continua daqui a pouco. Vou almoçar. ]
[continuando]
Hugh diz a Martina que aquele homem era o espião. O velho cientista concorda. Ele diz que trabalha na busca pelo super soldado, uma criatura com os genes modificados e musculatura hipertrofiada. Só que a manipulação dos genes gerou problemas genéticos inesperados, como a doença do ódio e o canibalismo desenfreado. Inicialmente, o projeto era feito com crianças, mas devido a um vazamento nas amostras, a doença se espalhou. O governo tentou como pode ocultar a origem da doença.
A pesquisa do super soldado estava parada porque o gene não conseguia estabilizar-se. eles criavam o soldado gigante mas ele ficava incontrolável. Assim, o velho recebeu ordens do governo para espionar a pesquisa que buscava a cura e desenvolver novos genes usando informações obtidas na pesquisa dos dois. Quando o remédio provou finalmente conseguiu manter a estabilidade mental dos contaminados, ainda que por uma pequena fração de tempo, ele concluiu que plano era perfeito.
Só que quando ele descobriu que o soro não estava estável já era tarde demais. Ele havia dado sequencia ao despertar da criatura, que estava sendo mantida adormecida graças ao suprimento de uma dose potente de tranquilizante dissolvida em em um soro hiperbárico no qual o ser estava mergulhado.
Hugh faz perguntas. São perguntas técnicas complicadas envolvendo a estabilidade cromossômica dos genes que geraram aquele corpo gigante.
O velho se satisfaz explicando detalhes do procedimento que inventou.
Enquanto ele fala, Martina lentamente pega um estilete na mesa. O velho olha pra ela. Ela oculta o estilete a tempo.
O velho percebe no entanto, que ela escondeu alguma coisa. Ele vai até ela. A arma apontada na cabeça dela. O velho lentamente enfia a mão no bolso de Martina em busca do objeto. è um momento tenso. Hugh tem os olhos fixos no velho. os músculos retesados. Martina está suando de nervoso.
Ele tira o cartão de acesso. Com o estilete na outra mão, Martina desfere um corte no rosto do velho. Ele grita e vira-se. Martina toma o cartão da mão dele.
Hugh aproveita a chance e rapidamente passa uma banda no velho. Martina desvia a cabeça no momento exato em que ele atira e o velho dispara para o alto. A bala ricocheteia numa placa metálica e acerta o tanque no fundo da sala. A substância malcheirosa começa a escapar, derramando-se pelo chão. O tanque começa a esvaziar enquanto os três lutam pela arma. O velho alcança a arma, mas é atingido por uma cadeirada de Martina. A arma torna a cair no chão. Hugh e o velho cientista começam a trocar socos.
Martina tenta intervir. Ela pega a arma no chão e aponta para os dois.
Enquanto isso, no interior do tanque a enorme criatura abre os olhos.
Um alarme dispara na sala.
O velho empalidece. Hugh percebe que há algo errado. Ambos olham na direção do tanque.
Numa explosão, a porta do tanque é destruída e a enorme criatura de três metros sai rugindo.
A luta recomeça. A criatura vem disparada na direção deles, jogando mesas e cadeiras para o alto. É um colosso muscular em completo frenesi de ódio. Martina aponta a arma e faz vários disparos contra o monstro. As balas perfuram o corpo dele, mas ele parece tomado de tamanha fúria que continua a avançar para cima dos três. Hugh salta de lado e escapa do soco da temível criatura. Martina corre e pula por cima de uma mesa.
Eles tentam alcançar a porta que está ao lado do tanque hiperbárico destruído pela criatura.
O monstro vem na direção do velho. O cientista se ergue anda lentamente para trás. A criatura abre a enorme boca. Estende as mãos para agarrá-lo. O velho enfia a mão no bolso e apanha um cartão preto. Ele estende o cartão até o sensor, sem tirar os olhos do monstro. Ao encostar o cartão no sensor, a porta se destranca. O monstro aperta a cabeça do velho contra a parede, esfacelando seu corpo como um graveto. A porta se abre e centenas de malucos invadem o laboratório. Eles pulam sobre o gigante. O monstro começa a lutar com aquele bando de malucos. Corpos voam pelos artes. Pessoas são quebradas ao meio. Mas são muitos loucos. Velhos, mulheres, crianças, gordos, magros. Todos em completa crise de ódio. Gritando e babando. Mordendo e saltando por cima do monstro gigante.
No final da sala, abaixados atrás de uma mesa convenientemente virada para encobrir sua presença estão Hugh e Martina.
Eles tentam abrir a porta usando o cartão. A porta se abre, revelando um lance de escadas.
Hugh diz que deve ser aquele o acesso ao nível superior. Eles se levantam bem a tempo de ver que os maníacos canibais descontrolados empilhados sobre o corpo morto do gigante descobrem a presença deles. Vários dos malucos gritam aquele berro horrível apontando para eles. Mais e mais malucos entram na sala pela outra porta. A multidão de seres sem pele e com pedaços de corpos na boca corre na direção deles. Alguns correm de quatro, como animais.
Martina e Hugh tentam fechar a porta, mas novamente aquele monte de braços começa a lutar, segurando a mesma, impedindo-os de fechá-la. Hugh e Martina preparam-se para correr. Eles contam até três e disparam a subir pelas escadas. A porta se abre e a turba enfurecida vem atrás gritando.
Eles sobem o mais rápido que podem pelas escadas. São vários andares. Martina tropeça.
Hugh pega ela pelo braço e puxa.
Eles tornam a correr escada acima.
Chegam a uma porta amarela. Martina passa novamente o cartão. A porta se abre. Eles entram e a porta se fecha bem a tempo deles verem os malucos chegando a um centímetro da porta. Hugh corre até um console preto no meio da sala. O console tem uma tampa de vidro e uma pequena tela. A tela mostra a contagem regressiva para iniciar o procedimento de aniquilação. ” 8… 7… 6… 5… Hugh quebra a caixa de vidro e ali está um botão vermelho. Ele olha para Martina.
Ela pergunta se ele deve mesmo apertá-lo. Eles apenas olham um para o outro.
4.. 3… 2…
É dia. Helicópteros passam voando e agora vemos vários carros de bombeiros caminhos do exército com símbolos de biohazard. Soldados vestindo trajes amarelos e contadores radioativos correm de um lado para o outro. Na frente do monte de carros de bombeiro, ambulâncias e helicópteros, está terminando de subir das profundezas do solo a gigantesca estrutura.
Há um enorme silêncio quando o prédio inteiro chega finalmente ao nível do chão.
Em dezenas de barricadas soldados do exército apontam seus rifles.
Metralhadores estão preparadas em trincheiras apontadas para a gigantesca porta de aço.
Há apenas um enorme silencio. A tensão toma conta do ambiente.
Os soldados apontam suas armas. Atiradores de elite posicionados em cima de picapes pretas mascam chiclete.
Há apenas o som do vento.
Um estalo ecoa no deserto. Lentamente a pesada porta de aço é recolhida para baixo.
Todos estão tensos. O atirador de elite acaricia o gatilho com a ponta dos dedos.
A porta de aço entra para o chão e revela outra porta. A porta de entrada normal. Uma luz vermelha se acende sobre ela. A porta se abre. Ali estão Hugh e Martina. Abraçados. Estão cansados e sujos. Eles cambaleiam para fora do enorme prédio. Os paramédicos e bombeiros correm para socorrê-los.
A câmera se afasta. Sobem os créditos finais.
FIM
Enquanto os créditos finais sobem, vemos num box lateral a cena dos soldados da Swat vestindo aquelas roupas de contaminação entrando com as metralhadores com aquelas lanternas nas salas. Um dos soldados anda pelo corredor. No teto ele ilumina com a lanterna do rifle. ” área de contaminação. Acesso restrito” O soldado avança pelo meio dos corpos e pedaços humanos no corredor. O soldado ouve um barulho de gás no fim do corredor. Ele pega o rádio e informa que vai investigar o setor dois. Vira-se para dois outros que estão perto e faz sinal para que eles cubram outro lado. Os soldados se espalham.
Então ele chega perto de uma sala de vidro iluminada por uma luz roxa. Ele tenta iluminar com a lanterna o que há ali dentro. A sala está meio enevoada. O soldado vê a placa. “Sala de descontaminação”.
Ele vai iluminando pelo chão e vemos um pé. Um pé feminino tamanho 35. Lentamente, o soldado vai passando a lanterna e vemos o corpo sensualmente despido de uma mulher. Ela levanta a cabeça e sorri para o soldado. O soldado leva um susto. É a maníaca do início. Ela sorri de maneira sacana. O soldado começa a olhar de modo também sacana.
O soldado olha para os lados. Não há ninguém. A porta se abre e ele entra.
A cena se fecha em fade in e só ouvimos um grito.
FIM
Você tem certeza que é só coca cola?? A minha coca cola nao dá essa onda nao!!!
Hehehe
Beijos
Nossa!!
Quero ver este filme ;p
Vai ter continuação?
Qual o fim do filme??? E o que tem nessa Coca cola??? Eu tomo litros e nunca pensei em histórias com assassinos canibais americanos de Utah…
Cara aqui em PoA a coca não e tão boa assim!!!!
Bom dia! Comigo, a coca-cola no máximo me faz ficar arrotando que nem um louco… E eu também quero assistir ao filme! Qual o final? XD
Diana, é só coca-cola mesmo. Não uso nenhuma droga.
Galera, vai ter continuação sim. ( eu acho.) vou ver se invento um final pra essa história. Tive que parar a idéia no meio porque precisei sair ontem.
Manda uma coca dessa ai pra mim =O
entra em abstinência e toma coca pra retomar a história no mesmo ritmo, tá muito boa =)
a coca cola estava pura?????????
ou na verdade foi uma caipirinha???
brincadeira…
mas seu processo criativo é hiper original
adorei! por favor termine!
Caramba!!! Devem existir dúzias de máquinas de Coca-Cola gratuita nos corredores da Capcom, rsss… Não tomo refrigerante há doze anos(!), depois dessa acho que vou voltar a tomar pelo menos Coca-Cola… Abraço!
Valeu. terminei a história. Ficou bem no estilão “tela quente”. Dá até pra imaginar a chamada no intervalo do jornal nacional:
“Hoje, depois de Paraíso Tropical, não perca: Estes dois cientistas precisam escapar desta prisão infestada de criaturas horripilantes. Muita ação, aventura e perigo (surge o monstrão) na sua Tela Quente.”
É o que eu digo…
Só ficou bom porque era Coca-Cola…
Se fizesse a mesma coisa com Pepsi, no máximo ia sair uma novela mexicana…
rsrsrsrsrs
cara, que história legal…
e pensar que eu tomo tereré em vez de coca-cola eheheeh
“O maluco no final do corredor está parado, batendo a cabeça na parede, tentando morder o próprio reflexo no espelho.”
Essa foi boa, ótima história.
Cara,
Só vc mesmo para me fazer ler um texto tão longo aqui no trabalho.
Excelente roteiro, agora e só mandar para o Steven.
Abraço
O nome do filme pode ser Resident Evil, que tal?
então teu focus é a coca cola? ahah.
ficou ótimo, com um bom diretor no comando, viraria um terror tipo dawn of the dead, que eu adoro.
tbm seria um bom cenário pra um jogo simples de rpg.
Nossa, nem acredito que lí todo!
Excelente texto, meus parabéns.
Keep it coming!
Cara, o dia que eu tiver dinehiro, eu vou lançar uma camiseta: Mundo Gump – eu li tudo! (tipo aquelas do Rock in Rio) Para dar pra leitores como vocês, que lêem essas merdas todas. Eu mesmo não teria saco de ler.
meus parabéns a vocês.
caraca sensacional essa história só vc msm depois de beber coca ter um surto e contar uma história dessas
Aê Koveiro, tá sumido, hein?
Valeu.
Eh coca da Boa naum eh… eh coca da boa…
Terror digno de Oscar…
Wowww….estilo fortaleza digital com eu sou a lenda misturado com resident Evil e missão impossível 33 e 1/3
:love: [quote comment=""]Wowww….estilo fortaleza digital com eu sou a lenda misturado com resident Evil e missão impossível 33 e 1/3[/quote]
Esta confederação entre a Arábia Saudita e a Coréia (sul ou norte) fica meio esquisito, né? O roteiro lembra muito Resident Evil e Doom, não acha?
Uaal,cada vez se superando mais :love:
mto shooow : P
tem nem oq comentar, só parabenizar… tudo aqui é sensacional
Reza a lenda q a coca tem poderes inimaginaveis ,, uashuas tem o dom!!!
Essa foi perfeita. Perfeita mesmo. E textos grandes rulam. Esse teve direito a Nemesis e tudo mais! De boa, isso dá um longa-metragem. Tenta vender essa idéia pra algum diretor por uns 15 mil, por aí. ahuhauhauha
isso e cola nao coca cola eu e minha mulher estamos rindo de vc isso e falta de mulher nerd
Mto bom kra
Mais nem li tudo ainda!!
KK deu preguiça mais até onde eu li parecia akeles filme de terror dos EUA bom d+ vlw vlw!
isso ae e a mistura de prototype e resident evil 1,2,3,4,5 :ohhyeahh: :ohhyeahh: :ohhyeahh:
philiphe da pra fazer um filme com isso muito massa essa historia espero q no livro tem historias iguais a essa
Caralho!!! Muito foda, é Coca-Cola mermo? Pq eu tomo coca cola todo final de semana e num acontece comigo. Aí ó, já dá pra fazer um longa com esse roteiro aí. Vou ver se eu seco de uma vez a garrafa de 2,75L pra ver se a criatividade vem.
era só coca cola mesmo, hehehe. Hje eu não tomo mais, mas a Pepsi dá o mesmo efeito. Sobretudo se passo muitos dias sem tomar.
Texto gigante, mas sensacional. Adoro esse tipo de história.
Obrigado pela gentileza de passar o link pelo Twitter.
Foi um prazer.
Caramba meu vc e d+ adoro ler as suas historias , essa daria um bom filme
no final, a culpa é sempre dos caras que só querem saber de trepar, hehehehehe.
krak,s! cê misturou uns filmes ai né?
Essa tua coca-cola tem uma quantidade extra(grande)de cocaina.
cara vc é um louco varrido não consigo descrever quanta insanidade vc tem mas vc não é bem da cabeça
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
tudo mentira o que escrevi acima e brincadeira só pra descontrair mas o fato é que descobri seu site a uns dois meses e depois que desacobri nãoparo de acessar principalmente no celular que possue suas limitações.
Mas hj ao ler esta estoria tive de chegar em casa e postar meu comentario, afinal não podia ficar em silencio com tanta imaginação assim.
Sinceramente cara vc é o cara meus parabéns.
queria muito conhecer-te pessoalmente vc deve ser uma figura
Abraços
puts se coca cola pura já fez vc ter essa mega ideia pra um talvez futuro filme,inagine então se vc tomar oque eu costumo tomar em dias de preguisa extrema eu tenho ate medo de saber o que vc vai fazer de doidera então. Eu tomo:nescafe extra forte sem assucar com coca -cola zero e guarana em pó.
Caracoles, se colocar um redbull em cima você decola igual foguete, hahaha.
Mas eu tô a quase 4 anos sem ingerir uma única gota de coca-cola! Consegui parar com meu vicio de coca-cola, que chegou na marca de 5 litros ao dia!
Hoje só tomo Pepsi. (isso não é uma piada)
Olá Philipe!
Eu acompanho o blog faz um tempão mas só hoje eu li esse roteiro…
Só queria dizer que realmente coca-cola é melhor coisa já inventada (mas as novas tampinhas são um porcaria) e colocar a senha da acesso do computador de bimetafenildimetilnossulfonatosódico (nome daquela banda dos seus amigos) foi genial.
Eu ri muito !
Abraços!
Hahaha valeu, mas é dimetiladimeditildilafenilpirazolona.
não sou viciado em coca-cola,só tomo pepsi
Sensacional! Você é o cara!