A história publicada aqui conta uma situação intrigante que lembra um post que fiz aqui anteriormente.
Um holandês de 17 anos foi submetido a uma cirurgia no joelho, após lesão sofrida durante uma partida de futebol. Apesar do procedimento ter sido realizado em um hospital local, o jovem paciente acordou da anestesia sem conseguir se comunicar com a equipe médica na língua nativa. Agora o holandês falava apenas em inglês, idioma que aprendeu na escola, mas que nunca utilizava fora da sala de aula.
Além disso, o rapaz também não reconhecia os próprios pais e acreditava estar em alguma parte de Utah, nos EUA.
Hã?
Pois é.
A história gump veio à tona recentemente por meio do períodico Journal of Medical Case Reports, onde o paciente foi enquadrado em um caso extremamente raro da “síndrome da língua estrangeira” — que diverge da síndrome do sotaque estrangeiro, quando um indivíduo passa a falar com a pronúncia característica de determinada região. Nessa ele realmente muda de língua completamente.
Até hoje, pouco se sabe sobre a condição, que possui poucos dentro da literatura médica. A duração das ocorrências variam entre alguns minutos até vários dias.
O jovem jogador, por exemplo, voltou a falar holandês ao ser visitado por amigos, cerca de 24h após a cirurgia. Submetido a exames regulares nos meses seguintes, ele afirmou não ter dificuldade em falar ou entender a língua nativa. No entanto, relatou não conseguir se lembrar das coisas tão bem quanto antes do procedimento no joelho.
Até o momento, médicos acreditam que a condição apresentada pelo rapaz possa estar relacionada de alguma forma ao delírio do despertar pós-operatório, e é um bom ilustrador de como nosso cérebro é um órgão complexo.
Outros casos pós-operatórios relatados incluem:
- Um homem da Nova Zelândia que acordou apenas falando espanhol, mas se recuperou depois de dormir por uma hora.
- Um americano acordando que só falou norueguês por cinco horas
- Um turco nos EUA que só falava inglês após a cirurgia por mais de 24 horas
- Outro caso relatado em 2016 foi o de um italiano que só conseguia falar em francês após uma lesão cerebral traumática
Nesse caso chama a atenção o detalhe curioso do cara mudar de idioma, (até aqui beleza, uma alteração neurológica no campo da linguagem e tal) mas não há menção a outra curiosa questão, que é ele passar a achar que estava nos EUA, que é outro país, e ele pensava estar num lugar específico, em Utah. Isso nos leva a questionar até que ponto esse tipo de reação é somente um produto de confusão mental, ou talvez tenha ativado algum tipo de memória de outra encarnação? Seria possível? Não sabemos, mas se você curte o assunto eu tenho um post bem legal de reencarnação aqui pra você se divertir.