Víbora dos arbustos. Este incrível animal é nativo da África e assustadoramente venenosa. Ela aparece em cores de verde ao laranja, com variações rosadas. São conhecidas dez espécies dessa cobra.
Elas são relativamente pequenas em tamanho, com adultos variando em comprimento total (organismo + cauda) de 40 cm para a A. katangensis a um máximo de 78 cm para A. squamigera .
Uma víbora perigosa, porém linda!
Todas as espécies tem uma cabeça larga, triangular, que é distinta do pescoço. O focinho é largo. A coroa é coberta com imbricadas ou escamas lisas, nenhum dos quais é ampliada. Os olhos são relativamente grandes com íris elípticas. Os olhos são separados dos supralabials por 1 a 3 escamas e das fossas nasais por 2 a 3 escamas.
O corpo é esbelto, afinando, e um pouco comprimido. As escamas dorsais são sobrepostos, fortemente marcadas e têm poços apicais. Lateralmente, estas são menores do que as meio dorsais. O meio do corpo tem 14 a 36 fileiras de escamas dorsais. Existem 133 a 175 escamas ventrais arredondadas. As escamas subcaudais surgem em número de 38 a 67. A cauda dessa serpente é fortemente preênsil e pode suportar o corpo, enquanto suspensa de um ramo ou um galho.
Os membros deste género vêm em uma incrível variedade de cores e padrões, muitas vezes dentro de uma única espécie. A. ceratophora e A. squamigera são particularmente variável.
Habitat e Distribuição
Antes de adentrarmos nos aspectos mais perigosos e intrigantes da víbora dos arbustos, é essencial entender seu habitat e distribuição geográfica. A víbora dos arbustos é nativa da região subsaariana da África, estendendo sua presença por uma vasta área que inclui, mas não se limita a, países como a República Democrática do Congo, Quênia, Tanzânia, Uganda e Sudão do Sul. Essas serpentes são adaptadas para viver em ambientes arbóreos, especialmente em florestas tropicais e subtropicais, onde a umidade é alta e a vegetação densa, proporcionando-lhes o esconderijo perfeito.
Perigos: O Veneno e seus Efeitos
O verdadeiro perigo por trás da víbora dos arbustos reside em sua peçonha, uma poderosa mistura de enzimas e proteínas projetadas para imobilizar presas e, em casos de ameaça, defender-se contra predadores. A peçonha da víbora dos arbustos é hemotóxica, o que significa que atua diretamente no sangue e no sistema circulatório da vítima.
- Efeitos da Peçonha: Os efeitos de uma mordida podem variar de acordo com a quantidade de veneno injetado, a localização da mordida e a saúde geral da vítima. Geralmente, incluem dor intensa, inchaço, hemorragia local, e em casos mais graves, podem levar a complicações sistêmicas como coagulopatia (distúrbios na coagulação sanguínea), insuficiência renal e até mesmo choque hemorrágico.
- Risco para Humanos: Embora as víboras dos arbustos sejam venenosas e capazes de infligir mordidas perigosas, elas não são agressivas por natureza e tendem a evitar confrontos com humanos. A maioria dos incidentes ocorre quando essas serpentes são acidentalmente perturbadas ou quando se sentem encurraladas.
Tipo de Peçonha: Características e Tratamento
- Características: A peçonha hemotóxica da víbora dos arbustos é rica em fosfolipases A2, metaloproteases e seroproteases, que juntas causam a destruição dos tecidos, a lise eritrócitos (destruição das hemácias) e a inibição da agregação plaquetária, levando a sangramentos descontrolados.
- Tratamento: O tratamento para mordidas de víbora dos arbustos geralmente envolve a administração de soro antipeçonhento específico, desenvolvido para neutralizar os componentes hemotóxicos do veneno. Além disso, podem ser necessárias medidas de suporte, como tratamento da dor, monitoramento dos sinais vitais e, em alguns casos, intervenções para tratar complicações específicas, como a insuficiência renal.
Curiosidades ao Redor da Víbora dos Arbustos
- Mestres da Camuflagem: A víbora dos arbustos é notável por sua capacidade de se camuflar. Suas escamas apresentam uma coloração e textura que se assemelham às folhas e galhos, tornando-a quase invisível em seu habitat natural.
- Caçadoras Noturnas: Ao contrário de muitas outras espécies de serpentes, as víboras dos arbustos são mais ativas à noite. Usam seus olhos sensíveis e a capacidade de detectar o calor corporal das presas para caçar pequenos mamíferos, aves e outros ofídeos.
- Reprodução: A reprodução dessas serpentes é ovovivípara, o que significa que os ovos se desenvolvem e eclodem dentro do corpo da mãe, e os filhotes nascem vivos. Cada nascimento pode variar de 2 a 20 filhotes, dependendo da espécie e da saúde da fêmea.
Conclusão
A víbora dos arbustos, com sua peçonha potente e habilidades de camuflagem, é um lembrete da complexidade e diversidade da vida selvagem. Embora represente um perigo potencial para os humanos, é essencial abordar essas criaturas com respeito e cautela, reconhecendo seu papel vital nos ecossistemas tropicais que habitam. A conscientização sobre essas serpentes não apenas promove a segurança humana, mas também contribui para a conservação dessas espécies fascinantes e de seus habitats cada vez mais ameaçados.