Zumbi – Parte 5

Passo após passo, aquela coisa cambaleou na direção de David Carlyle.
Ele tentou se mover, se soltar das correntes, de modo que o zumbi não percebesse, mas elas estavam muito apertadas. David contemplou sua morte como um copo prestes a transbordar sendo enchido com conta-gotas. Tudo que ele queria é que aquilo acabasse logo. Que aquele morto infecto avançasse sobre ele e que o espetáculo grotesco da carnificina se iniciasse. Mas o desgraçado era lento demais.

O zumbi parou a poucos metros de onde ele estava e ficou olhando. David se manteve quieto. Talvez a criatura desistisse, ou simplesmente estancasse, como eles pareciam fazer às vezes.
O zumbi ficou ali parado e David Carlyle deu uma boa olhada naquela figura.
Era um velho decrépito, que provavelmente quando ainda era vivo já se parecia com um zumbi. David achou graça naquele pensamento repentino poucos segundos antes de morrer à dentadas.
O velho usava um calção vermelho e tinha uma camisa social rasgada que antes de ter aquela cor de lama e sangue coagulado deve ter sido branca. O zumbi aparentemente era cego de um olho. David não conseguia ver direito dada a distância e a corrente que passava pela cara dele, mas tudo dava a entender que aquele zumbi tinha uma catarata em avançado grau, que o impedia de enxergar as coisas ao seu rerdor.

Esta era uma boa possibilidade para o fato do zumbi ter ficado parado olhando fixamente pra ele, enquanto rebolava estranhamente, tentando manter o equilíbrio. O movimento descoordenado e vagamente mecânico lembrava o de uma pessoa que aprende a andar. David lembrou dos tempos da escola. Havia um garoto, chamado Timmy que sofria de paralisia Cerebral. Ele se movia com aquele tipo de movimento estranho.
David pensou em Timmy. Onde estaria aquele garoto? Certamente havia sido comido, ou transformado também. Mas qual o futuro de um zumbi numa cadeira de rodas? Aliás, qual o futuro de um zumbi, seja andando, correndo e etc. Está morto mesmo… Então tanto faz.
David se surpreendeu com aquele pensamento.

O zumbi idoso estava ali parado. Mas subitamente começou a andar novamente.
“Ah, não. Puta que pariu. Lá vem ele.” – Pensou David enquanto balançava lentamente na corrente.
A cada passo do velho, David repetia mentalmente: “Pára vovô. Pára vovô…” Mas o “vovô” não parava. Ele vinha direto na direção de David.

Então o zumbi chegou perto o suficiente para que David se desesperasse. David Carlyle analisou suas chances e eram perto de zero. Mas talvez, se o zumbi se posicionasse bem na frente dele, talvez fosse possível tentar dar-lhe um chute. Certamente que aquilo não iria adiantar nada, mas David não pretendia se entregar sem lutar.
O zumbi estava agora a menos de três passos dele. David mantinha-se respirando devagar para não atrair a atenção da coisa.

“Vovô” Deu mais um passo e ficou exatamente na posição que David havia planejado. Era o momento. Não haveria margem para erros. “Vovô” deu mais um passo e pareceu finalmente enxergar David.
A criatura arreganhou a boca quase sem dentes, e começou a levantar os braços para o ataque. David tentou chutar, mas as correntes o impediram. Vovô se aproximou da cara dele e David fechou os olhos esperando a mordida. Subitamente, ouve uma explosão. David ficou sem escutar nada além de uma campaínha. Quando abriu os olhos, viu o corpo do Vovô sem a cabeça, caído no chão. Ele se apavorou. Não ouvia nada. Tudo parecia ocorrer em câmera lenta.

David estava todo sujo dos restos dos miolos do velho. Olhou para o único lugar que as correntes permitiam, que era a entrada do pátio interno. Surgiram mais dois zumbis.
“Ah, não. De novo não!” – Falou ele.
Mas então a cabeça do primeiro zumbi estourou, espelhando um caldo marrom na parede do predio.
David não conseguia olhar de onde vinham aqueles tiros. Ele não conseguia escutar nada além do zumbido.
O segundo zumbi veio correndo na direção dele. Agora o som começava a voltar. O ruido no ouvido ainda era muito alto. A criatura vinha gritando e correndo de modo estranho, quando outro estrondo ecoou no pátio interno. O joelho do zumbi estourou e ele voou cerca de meio metro até cair de cara no chão. David pensou que era mais um cadáver ambulante liquidado, porém, o bicho levantou a cabeça e olhou pra ele. Ela começou a se arrastar. A criatura não se deu por vencida. David não enxergava o atirador, mas ouvia os estampidos, que ecoavam entre os prédios, como explosões.
A criatura veio rastejando na direção dele. David começou a gritar por socorro.

Houve então outro estampido, mas o ladrilho estourou ao lado da criatura. Ela continuava seu rastejar, vindo na direção dele. David sabia que agora os tiros estavam atraindo verdadeiras multidões de mortos na direção de onde ele estava.
A criatura já estava bem perto dele quando finalmente sua cabeça estourou com outro tiro, deixando um tipo de copo esfacelado do qual minou um sangue escuro.

– Puta que pariu! Socorro! Me tira daqui! – Gritava David.
E então ele sentiu que a corrente deu um solavanco.
– Me sobe! Me sobe! – Ele gritava sem conseguir olhar pra cima.

Mas ao contrário do que ele esperava, a corrente soltou e ele bateu violentamente no chão. Caiu por cima da poça gosmenta do sangue do “vovô”. Agora David estava numa situação ainda pior. Estava no chão, amarrado fortemente, embebido no sangue da criatura, sem poder levantar ou reagir.
David começou a se contorcer como uma minhoca, na esperança de conseguir se arrastar para debaixo do banco da pracinha. Ele estava concentrado na operação de se arrastar enquanto ouvia os estampidos altos dos disparos vindos de cima.
Na entrada do pátio surgiram mais mortos. David preferiu não olhar. Apenas ouvia os tiros. Toda sua concentração estava em chegar naquele banco, rolar para debaixo dele e esperar não ser visto até que um improvável socorro viesse ao seu encontro.
David calculou que a situação estava feia quando os tiros, espaçados, começaram a ficar seguidos, como rajadas de metralhadora. Ele identificava de ouvido tiros de pistola e rifle de precisão. Subitamente uma das criaturas agarrou as pernas dele. David se debateu o quanto pôde, tentando se livrar da coisa. Mas era impossível.

-Calma! Calma! Fica parado, maldito! – Ele ouviu uma voz de mulher. David virou o rosto embolado na corrente e só conseguiu ver uma bota de cavalariça. Ele sentiu pessoas agarrando seu corpo e lentamente as correntes começaram a ser retiradas.
-Algum te arranhou? Algum te mordeu?
-Não, não. Estou… Bem.
-Não. Não tá não. Vem, vamos.
Era uma moça muito bonita, de pele morena, que usava uma jaqueta militar. Ela tinha no ombro um fuzil de sniper enorme, com mira telescópica. Ao lado dela estava o garoto, que ele havia conhecido quando Sam e Clarck o surpreenderam no depósito, mas que ele não sabia o nome.
O garoto acabava de arrancar as voltas da corrente das pernas dele quando a mulher apontou o fuzil para a entrada do pátio interno e começou a atirar.
– Lá vem mais!

Um a um os mortos caíam após ser alvejados na cabeça.

O garoto conseguiu tirar a corrente e a moça indicou o caminho.
-Você consegue andar? É por ali! – Ela perguntou sem olhar pra ele, ainda com a cara na mira da arma.
-Acho que sim! – David gritou enquanto ela atirava.
-O quê?
-Acho que consigo!
Apoiado pelo jovem, que também disparava tiros de pistola, eles começaram a se retirar para o fundo da praça.
-E atirar? Você consegue? – Perguntou o rapaz.
-Naquilo lá? Lógico!
O rapaz então deu uma das armas pra David.

O lugar era uma espécie de beco largo, fechado por prédios de todos os lados. Era uma praça que não parecia ter saída. Do outro lado, bem na entrada que dava pra avenida, uma enorme quantidade de mortos começou a se formar. Cada tiro atraía mais e mais a atenção.

-Vamos morrer. – Disse David olhando para a multidão entrando pela praça. Alguns já chegavam perto do chafariz rosê, no qual corpos inchados boiavam. David o rapaz e a moça se apertavam contra a parede de concreto que fechava a passagem ao final da praça.

O rapaz pegou o radio e gritou:
-Agora! Estamos prontos.

David viu acima deles um facho de luz e o som das potentes pás do helicóptero faziam um grande estrondo sobre eles. Uma ventania danada tomou conta da praça e Enquanto David disparava naquelas coisas, desceu uma caixa amarrada numa corda grossa que mais parecia de navio. A caixa de madeira bateu ruidosamente na frente deles.
A moça parou de atirar e pulou dentro daquela caixa. O jovem fez o mesmo e os dois puxaram David lá pra dentro. Os zumbis já se aproximavam perigosamente. O jovem gritava no radio.
-Vai, vai, vai porra!

Todos eles atiravam nas criaturas que vinham em desabalada carreira, tentando alcançar a caixa. Alguns tropeçando nos corpos caídos.
-Atira na cabeça! – Gritou a moça.
O rapaz olhou pra cima e gritou: – “Segura aí! Vai dar um tranco.”
David não poderia esperar que o tranco fosse tão forte. A corda deu um puxão e em menos de um segundo aquela caixa de madeira subiu ao céu como um foguete.
Todos gritaram de pavor. A caixa subiu e depois caiu. David tentava se agarrar precariamente às cordas.
Quando o balanço estabilizou, ele viu a multidão de mortos se aglomerando abaixo deles. Olhou para a moça ao seu lado. Ela era mesmo muito bonita e olhava fixamente pra ele. David desviou o olhar com vergonha.

Enquanto o vento e o barulho das pás do enorme helicóptero impediam David Carlyle de falar e agradecer aos dois, ele pensou que aquela imagem das pessoas se aglomerando na frente dele era o que sempre tinha desejado. Aquela visão devia ser como um astro de rock vê seus fãs durante os grandes shows que David assistia na Tv.

O Helicóptero voou por cima dos prédios. David reconheceu a precária ponte de cordas que havia atravessado e teve um vislumbre do crepúsculo que se derramava nos céus da cidade. Ele tornou a olhar a moça, que continuava a olhar fixamente pra ele. Ela sorriu revelando os dentes, branquíssimos. David conseguiu ver que ela tinha um corpo escultural apesar da jaqueta militar, das botas altas e das calças jeans folgadas, alguns números maior. O aparelho se aproximou lentamente do heliporto no topo do edifício.

-Segura aí que vai porrar! – Gritou o jovem pra ele. David e a moça abaixaram-se esperando o impacto. Ela estendeu a mão e David segurou firme nas mãos dela.
A caixa bateu de cheio no meio do heliporto.
Os três pularam fora da caixa e em seguida, alguém do helicóptero jogou a corda. A aeronave descreveu um volteio no ar.

David ficou olhando o aparelho fazer um giro. A moça agarrou ele pelo braço e apontou para a corda. David entendeu que eles teriam que tirar aquela caixa do meio do heliporto, para que a aeronave pudesse descer.
Eles agarraram firma a caixa e a corda. Era um peso desgraçado. Aos poucos conseguiram puxar a caixa para o canto, liberando o espaço para a descida do aparelho. Quando o helicóptero finalmente desceu, em meio a ventania, David leu na lateral: “Águia de Fogo”. Ele conseguiu ver os dois pilotos e o ajudante, de macacão cinza, descendo da aeronave. Sentiu uma súbita sensação de alívio.
Ele havia conseguido.
Então caiu no chão e desmaiou de exaustão.

Quando David recobrou os sentidos, estava deitado numa barraca. Sentiu uma dor profunda no braço. Tentou se virar e seu pescoço doeu.
-Ung! -Gemeu de dor.
“Calma Guri. Essa coisa aqui não está nada boa.” – David reconheceu aquela voz. Era Clarck.
-Clarck?
-Você desmaiou, rapaz. Ficou fora do ar três dias. O que aconteceu?
-Hã? Que? Três dias? Estou com sede…
-Tome. Bebe devagar. – Disse Clarck oferecendo-lhe um copão de água. David foi pegar o copo e viu que estava recebendo soro.
-Que isso?
-Você estava desidratado, David. Calma, eu sou médico.
-Médico?
-Sim, sou geriatra. – Disse Clarck rindo.
-Não sei se estou tão velho para precisar de um geriatra, Clarck.
-Olha o lado bom, David. Não sou proctologista.
David riu do velho senhor. Ele parecia gentil.

-Quem é a moça?
-Calma. Descansa, David.
-Eu…. Que roupas são essas?
-São minhas. Eu tive que tirar as suas por causa da contaminação. E porque estavam, bem… Você sabe, você entrou pelo esgoto. Lembra?
-Contaminação?
-Sim, não te falaram da contaminação?
-Não sei… Estou confuso. Que dia é hoje? Hung, minha cabeça dói.
-Então relaxa. Você está limpo. Essas coisas… Se elas te mordem, te contaminam, e você vira uma delas. Outra coisa, David. O dia não faz mais diferença. Cada dia é um dia a mais que sobrevivemos.
Enquanto preparava uma maleta, de costas para David no interior da cabana, Clarck ia falando.
– Você é um rapaz de sorte, meu amigo. Não são muitos os que passaram tão perto deles e saíram vivos para contar a história. Essas coisas não são de brincadeira.
-Não foi porque eu quis, pode ter certeza, Clarck. E na minha terra, levar uma surra de malucos psicopatas e depois ser jogado para virar ioiô humano não é o que eu considere exatamente como sorte.
-Malucos? Do que você está falando?
-Os homens do Reverendo Nicolas… Eles me levaram para uma sala sem janelas, me torturaram, me espancaram, cara. E eu não fiz nada.
Clarck pareceu levar um choque.
Ele fez um sinal estranho com a mão sobre a boca. Apontou com o polegar para trás do ombro. Enquanto isso falou pausadamente:
-David, a pancada deve ter sido forte. Você teve uma alucinação. O reverendo é um cara legal. Devemos nossas vidas a ele.
David não entendia o que o homem idoso estava falando. Ele só entendeu quando Clarck jogou pra ele um pequeno papel no qual acabara de anotar uma coisa:
“Nós sabemos. Mas não podemos fazer nada ou ele nos mata. Haja como nós para sobreviver.”
David leu aquilo e olhou para os olhos de Clarck. Ali estava um homem aterrorizado.
David balançou positivamente a cabeça.

-Agora deite aí. Você precisa descansar. Vou cuidar desses hematomas. Acho que você está com uma costela fraturada. – Disse embolando o papel e enfiando no bolso. Ele então pressionou o peito de David.
-Aaaaaaai!
-Dói aqui?
-Porra, que que cê acha?
– E aqui?
-Não, aí não.
-Hummm. Não é tão grave.

-E aquela mulher, Clarck? Você não me respondeu.
-Ela… Bem, ela é a filha…
-Hã? Quem? O quê?
-O nome dela é Alice, ela é a filha do Reverendo!

CONTINUA

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

    • É que eu estou gripado. O corpo tá todo doendo, e não estou aguentando ficar tempo demais sentado aqui, pois minha coluna começa a queimar. Eu dei uma abusada, carregando uns latões de tinta e pegando sozinho a televisão da minha irmã. Resultado, estou mais torto que os mortos vivos da história.

    • Pois é. Eu devia ter feito este troço se passando em São Paulo. Dei mole. Mas é uma coisa curiosa, o conto se passa num lugar imaginário, que poderia ser qualquer cidade maiorzinha dos EUA. Isso porque o nome David Carlyle não saía da minha cabeça. Foi a partir do nome dele que eu bolei todo o resto.

  1. Cara, todo mundo falou em você fazer um filme e tal (o que seria genial), mas se fosse para passar para uma mídia mais viável, seria legal tentar uma HQ.

    Pena que os meus desenhos são muito fofos e cheios de açúcar, pois eu teria o maior prazer de quadrinizar isso para você! X)

    Um super abraço,

    tio .faso

    Nota: Reverendo FPD!!!

    • Cara, pois é. Vamos ver no que vai dar este conto. A cada capitulo eu estou vendo que a coisa vai abrindo mais e mais. Já comecei a ficar preocupado, hehehe.
      Eu gostaria de ver esta história quadrinizada pelo Mozart Couto. Lembra dele? O Mozart está no forum de escultores Artmakes. Talvez no final, se ficar legal eu mande o link ´pra ele.

  2. Sua historia esta excelente hehe
    o nome do site não é “Mundo Gump” a toa
    muito bom, obrigado por me livrar das horas de tedio no trabalho
    no aguardo da proxima parte o/

  3. Fala, Philipe! xD

    “David se debateu o quanto pote, tentando se livrar da coisa. Mas era impossível.”

    Não seria, se debateu o quanto poDe? o.o

    o/

    • Isso mesmo. Eu acabei escrevendo rápido e tive que fazer uma leitora mais rápida ainda, porque minha coluna estava queimando. Vou corrigir lá. Brigadão.

  4. na primeira parte do conto,vc fala do jovem,quando jovem e mordido,contou a historia de como o zumbi que mordeu o jovem virou zumbi.quer dizer q ele vai virar zumbi no final?

  5. Muito bom, muito bom mesmo. Você realmente tem muito, mas muito talento. Já leu André Vianco?? É um escritor brasileiro, que escreveu uns livros sobre vampiros. Muito bom também. Grande blog também. Parabéns.

  6. COMECEI A LER O CONTO POR ACASO,QDO ENTREI NO MUNDO GUMP PRA PROCURAR POR UM FILME DA MINHA ADOLESCÊNCIA…E NÃO ME DECEPCIONEI!!!SOU FÃ DE “THE WALKING DEAD”  E FILMES COM ZUMBIS,VAMPIROS E TAL.VC É MT BOM,PHILIPE!!!SEU CONTO DEVERIA,SIM,SER QUADRINIZADO.ADMIRO VC,E O Q VC ESTÁ FAZENDO.PARABÉNS!!!

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