O ascensorista e o salário

Um ascensorista é um cara que fica dentro do elevador. Ele geralmente fala pouco ou nada, além de “sobe, lotou, desce”…

Eu sempre fiquei intrigado com esta curiosa profissão. Lembro bem que desde pequeno, me intrigava um homem num banquinho, espremido num canto do elevador que apertava os botões do painel. Alguns, mais arrojados, exibiam no cinto um monte de chaves, e eventualmente metiam uma delas numa portinhola cortada no painel onde se via alguns outros botões ocultos.
Nos anos 80, aquilo parecia um controle de espaçonave.

O elevador é um dos veículos (sim, elevador é veículo) mais antigos inventados pela mente humana. Não por acaso, ele é também o mais seguro de todos. O primeiro elevador, remonta ao século um! Claro que ele era tosco. Resumia-se a uma plataforma suspensa dentro de uma cabina vertical para o transporte de pessoas ou materiais pesados. Sabe-se que é tão antigo, porque ele foi descrito pela primeira vez pelo arquiteto romano Vitruvius, no século I a.C.

O primeiro elevador conhecido foi o que o rei Luís XV mandou instalar, em 1743, no Palácio de Versalhes. Ele ligava os seus aposentos ao de sua amante, Madame de Châteauroux, no andar de baixo.

Não se sabe o nome do inglês que, em 1800, pensou em utilizar um motor a vapor para mover os elevadores, mas sabe-se que este motor era instalado no teto e controlava o enrolar e desenrolar do cabo ao redor de um cilindro.
Em 1851, o americano Elisha Graves Otis (1811-61) – Tá ligado na razão daquele elevador da marca OTIS? – Então, ele inventou um sistema de segurança que impedia que o cabo balançasse, prendendo-o num trilho e bloqueando-o com uma série de garras. Isso permitiu o uso do equipamento por pessoas. Para mostrar a eficiência de sua invenção, em 1854, ele mandou cortar o cabo de um elevador que ele mesmo pilotava. Temos que reconhecer que o tal do Otis era corajoso. Felizmente sua invenção funcionou e é um sucesso salvando vidas até hoje.
O primeiro elevador de passageiros foi inaugurado por ele em 23 de Março de 1857 numa loja de cinco andares em Nova York. Em 1867, o francês Léon François Edoux inventou o elevador de coluna hidráulica. Esse mesmo cara construiu, em 1889, um elevador de 160 metros de altura para a Torre Eiffel. Um marco na história do elevador. Não apenas pela altura e complexidade, mas porque eles eram velozes demais. Os elevadores da torre Eiffel eram 20 vezes mais rápidos do que os seus predecessores, que trabalhavam com tração. Em 1880, a empresa alemã Siemens & Halske utilizou energia elétrica na tração dos elevadores. Ele subiu 22 metros em 11 segundos.

O uso de eletricidade permitiu a introdução de interruptores para controlar o elevador em 1894.

O primeiro elevador que eu me lembro e o que certamente me marcou mais foi o elevador do prédio em que minha vó Glorinha morava. Ele está funcionando até hoje, e é um modelo Atlas com porta pantográfica. Aquele troço fazia um barulho de guilhotina quando fechava e quando abria. A porta pantográfica dele era de bronze, polida e o elevador tinha um cheiro peculiar de graxa, zinabre e cheiro de madeira, que nunca mais me esqueci. Eu sempre ficava imaginando como seria dar uma bobeira e ver seu dedinho amputado na porta do elevador.

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Talvez por conta disso, os primeiros elevadores tivessem algum tipo de “piloto”. As pessoas ficariam confusas e com medo de entrar numa caixa de aço que subiria rápido em direção ao céu. E se a joça resolve não parar, né?
Os primeiros elevadores certamente tinham controles bem mais complicados, quase como a operação de uma locomotiva. Havia elevadores que eram operados não com botões, mas com alavancas.

O controle dos primeiros elevadores eram com correntinhas.
O controle dos primeiros elevadores

Evidentemente, o mundo experimentou uma mudança muito rápida em seus modos de vida. A tecnologia que era assustadora no início do século XIX tornou-se parte do nosso dia-a-dia, embora ainda hoje resquícios da complexa interface homem-máquina ainda possam ser vistas com idosos confusos diante de maquinas de banco em qualquer esquina. Com o tempo, nos habituamos ao apertar de botões. Hoje andamos com poderosos computadores em nossos bolsos, cheios de botões e telas. Apertamos botões da hora que acordamos (como o do barbeador elétrico, o interruptor do banheiro e o botão da escova de dentes automática) até a hora em que vamos dormir (quando apertamos botões virtuais em nosso tablets ou zapeamos freneticamente com o controle remoto nas mãos)

Apertamos botões para acender o fogão, para ligar o microondas, ativar a coifa, ligar o liquidificador. Temos botões para entrar no prédio, para abrir a janela do carro, para ligar a moto…

Businesswoman Pushing Elevator ButtonNosso mundo se tornou um mar de botões. E quando tudo dá errado, o que a gente faz? Aperta o botão de emergência para chamar os bombeiros, ou se está chovendo apertamos o botão do guarda-chuva. Até uma porra ridícula de um guarda-chuva hoje tem botão.

O excesso de botões em nossa vida tornou estranha a profissão do ascensorista. Nós que vivemos para apertar botões, temos ainda esse espaço restrito onde entramos compenetrados e apenas dizemos um numero seguido de um mecânico “por favor”. O sujeito pressiona um botão e a porta se fecha.

Tornou-se estranho um cara cuja profissão se resume a fazer algo que fazemos o tempo todo.  A coisa se torna ainda mais estranha quando o elevador em questão é o de um aeroporto, como o Galeão no Rio. Até um tempo atrás, se você precisasse de ajuda para saber alguma coisa, não tinha nem onde e nem a quem perguntar, mas havia uma pessoa sendo paga para apertar um dos TRÊS botões do elevador pra você.

Ainda hoje elas estão lá, de uniforme, espremidas entre a parede metálica da caixa de aço e os carrinhos de mala, repetindo em tom monocórdio ” embarque, desembarque, estacionamento”. É incrível que paguemos (sim, porque a taxa de manutenção que paga o salario dessa galera vem em parte de um sobrepreço colocado na forma de tarifa sobre cada passagem) para uma pessoa ficar confinada numa caixa apertando três botões apenas.

Chega a parecer até uma piada de humor estranho quando essa pessoa não fala NADA além de português.  Veja, não sou contra acabar com a profissão da tiazona lá, mas eu acho que ela poderia estar fazendo algo mais útil para a humanidade do que apertar três botões o dia todo. Até porque, você há de convir, é uma profissão miserável de ruim. Sobe, desce, sobe desce, sobe desce… Entra gente , sai gente. Todo dia sempre igual. É de deixar a pessoa maluca. Aliás, eu acho que a NASA devia estudar esses caras para aperfeiçoar os estudos de levar o homem em Marte. Afinal, eles ficam presos em caixas de aço apertando botões. É quase um astronauta, hahaha.

Mas o foda mesmo no trabalho do ascensorista é ouvir a mesma conversa de futebol todo dia. Parece surreal que quando eu vou em prédios grandes do Rio de Janeiro que tem ascensorista sempre tem alguém que conhece o cara e puxa o papo de futebol. É mais comum quando tem uma meia duzia de homens dentro da caixa. Não sei porque isso acontece, talvez pelo incômodo de estar ali numa caixa fechada cheio de cueca em volta. Nego puxa o papo do futebol para amenizar, senão tá arriscado parecer uma sauna gay.

Aliás, talvez uma boa razão de ser para o ascensorista seja para eliminar completamente a famosa fantasia sexual de transar no elevador.

Um dos aspectos mais tragicos de ser um ascensorista é que você não ouve as histórias até o final. Isso deve ser foda.

[box type=”shadow”]Eu fico me imaginando num emprego desses, meu… Entram duas gatas. Aí a loura gostosíssima fala:

-Vinte um.

Você aperta e a porta se fecha. Assim que a porta fecha, a moreninha de peitos perfeitos pergunta:

-E aí? Rolou?

-Noooossa, você nem imagina, Raquel. Eu cheguei, peguei a chave, entrei, tirei a roupa, botei a champanhe para gelar, espalhei pétalas de rosa na cama… Aí acendi umas velas, para dar um toque erotico na casa. Coloquei saltos altos, porque ele é louco com saltos altos, eu ja te falei, né amiga?

-Já. E aí?

-Eu tava colocando o batonzão vermelho. Aí ele tocou a campaínha.

-E??? – Pergntou a moreninha, já mordendo os lábios.

– Aí eu abri a porta, toda sensual.

-Pelada?

-Como vim ao mundo! Só com o colar de diamantes que ele me deu. Aquele, lembra?

-Conta logo, menina!

-Aí… Veja você! Era a mulher dele!

-NÃO!

-Sério.

-E aí?

-Aí ela virou no samurai, querida.

-Como assim?

-Ela descobriu tudo. Tava grampeado o telefone dele, sei lá. Foi um babado forte!

-Conta logo!

-Ela agarrou no meu cabelo. E eu fiquei puta porque tinha acabado de fazer escova no Werner! Nós caímos no chão, ela tentando me enforcar. Eu comecei a bater naquela desgraçada e ela era mais forte. Aí eu me estiquei toda e consegui pegar a faca…

Nisso a porta se abre e elas vão embora.[/box]

Meu, como, COMO uma pessoa consegue trabalhar ouvindo as mais escabrosas histórias sem saber o final? Isso é como dormir sempre antes do último bloco do filme…

Certamente que o ascensorista devia ganhar bem para apertar botões. Há quem pense que é um trabalho simplório, mas a gente tem que levar em conta a insalubridade do bagulho. Pensa você ascensorista num rio de 45 graus com sensação térmica de 60 e entra aquele cara que parece defunto esquecido no sol. E você só tem aquele ridículo ventilador ARNO de plastico amarrado com arame no teto… Pra piorar, quando você abre a porta para entrar um ar, o que entra é um gordão, ou pior, um molequinho comendo CHEETOS DE QUEIJO, que é o chulé materializado.

Ou então aquele surto de gripe horrível na cidade. Entra um velho e tosse em você! Aí pede desculpas. Porra, como se a desculpa fizesse bilhões de germes que agora habitam sua orelha sumir.

Tem que ganhar bem. Falando nisso, o ascensorista que ganha mais é o do Senado, que ganha (senta pra não cair) cerca de R$ 15.000 – isso mesmo QUINZE MIL REAIS para apertar botões. Enquanto isso, pagamos R$ 800 merréis a professores e ainda damos foda neles se fizerem greve. Os ascensoristas do senado ganham mais que pilotos de caça da FAB, que pilotam aeronaves de vinte milhões de reais. Um piloto de caça que defende o espaço aéreo nacional com a própria vida, ganha hoje 8.154 reais.

Mas essa boquinha feliz não é só uma prerrogativa dos ascensoristas do Senado. A verdade é que há umas distorções salariais brutais neste país. Comparando salários do senado com os salários dos militares, saca só:
[box type=”info”]

ATÉ R$ 5000

NAS FORÇAS ARMADAS
Cargo: Primeiro-sargento
Salário: R$ 4.844
Atribuições: Na Aeronáutica, uma das funções é coordenar o controle do tráfego aéreo em aeroportos
NO CONGRESSO NACIONAL
Não existem servidores efetivos nessa faixa salarial.

Até R$ 10.000

NAS FORÇAS ARMADAS
Cargo: Capitão
Salário: R$ 8.154
Atribuições: No caso da Aeronáutica, pilotar caças como o Mirage 2000, que custa 20 milhões de reais
NO CONGRESSO NACIONAL
Cargo: Nessa faixa salarial, também não existem servidores concursados no Congresso. Esse valor equivale aos rendimentos de um assessor comissionado de sexta categoria, nomeado no gabinete de um deputado federal. Para ocupar o posto, basta ser escolhido pelo parlamentar
Salário: R$ 8.673
Atribuições: Executar tarefas simples de apoio ao deputado

Na faixa de 13000 reais

NAS FORÇAS ARMADAS
Cargo: Capitão-de-mar-e-guerra (Marinha)
Salário: 13.109 reais
Atribuições: No caso da Marinha, é este o posto dos responsáveis por comandar um porta-aviões
NO CONGRESSO NACIONAL
Cargo: Operador de máquina
Salário: Até 14.421 reais
Atribuições: Colocar em funcionamento as máquinas do serviço gráfico do Senado. Exige apenas o Ensino Fundamental

 

Na faixa de 16.000 reais

NAS FORÇAS ARMADAS
Cargo: General-de-brigada (Exército)
Salário: 16.646 reais
Atribuições: Comandar um grupo de até 5.000 homens em combate
NO CONGRESSO NACIONAL
Cargo: Técnico Legislativo
Atribuições: Digitar documentos, auxiliar na realização de tarefas rotineiras. Exige apenas Nível Médio
Salário: Até 16.563 reais

fonte
[/box]

Mas voltando ao ascensorista, a verdade é que embora seja constrangedor para algumas pessoas ver alguém ganhando salario apenas para apertar um botão para ela, eles podem ser uteis. Afinal, pode sempre ter um anão que quer ir lá no 31.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Acho interessante você tocar na questão das discrepâncias salariais do país.
    Seria tema para matéria, até porque estes dados são indicadores fortíssimos do que é (ou não) prioridade para um país e quais reflexos isto terá em seu desenvolvimento futuro.
    A coisa fica ainda mais feia se formos nos compara a países que tem como prioridade um modelo distributivo de capitalismo (como os escandinavos – exemplo mais escancarado de uma correta valorização de funções).
    Apenas para pontuar, o exército hoje é uma instituição que está sendo paulatinamente sucateada, especialmente nas gestões vermelhas de governo que vivemos, inimigas fidagais dos militares (que, com receio de soar ofensivo, arrisco dizer serem os únicos legítimos e verdadeiros patriotas hoje neste país). Não é à toa que qualquer limpa-nádegas concursado no Congresso Nacional ganhe melhores rendimentos do que um taribado, estudado e treinado militar.

    • Eu não saberia dizer se isso é fruto de um planejamento estratégico perverso ou um simples efeito da esculhambação geral que é este país. Acho que penderia para a esculhambação mesmo, haja visto que quem está perto do poder ganha mais em todas as esferas. Um bom exemplo é o policial de Brasília que ganha absurdamente mais que o policial do Rio.

  2. Um dos aspectos mais tragicos de ser um ascensorista é que você não ouve as histórias até o final. Isso deve ser foda.
    HA,HA,HA! CHOREIIIII LARGAAAAGOOOO! HA,HA,HA!
    Pra dizer a verdade já faz algum tempo que eu não vejo mais esse tal de “ascensorista”.
    Eu me lembro de um elevador antigo que ficava em um prédio onde meu pai certa vez montou um escrirório de representação gráfica e publicitária. MAS JÁ FAZ MUITO TEMPO. Esse ainda tinha ascensorista.
    Uma vez para tirar uma de gostoso para umas gatinhas resolvi parar o elevador no “meio dos andares”, forçando a porta enquando ainda estava em movimento. Eu tinha aprendido isso com uns colegas meus, que faziam assim, só que no predio deles (os elevadores) era novo (mais moderno) e ele PARAVA, mas depois fechava a porta e continuava. Nesse caso aí, não deu muito certo pq o predio era antigo assim como o elevador. MORAL DA HISTÓRIA? Ficamos preso entre os andares e a “porra ” do elevador travou. Nem o botão de emergência funcionava. Altas horas da noite, tivemos que ficar uma “cara” esperando que alguém aparecesse para nos socorrer e tirar daquela enrrascada. Depois dessa, aprendi. NUNCA MAIS!
    Agora quanto aos salários absurdos (no setor publico) ou de grande ou de pequeno, não esqueça que incluindo todos os “adicionais” o salário praticamente dobra ou triplica conforme o caso. E um salário de $ 8.000 pode chegar até a $ 24.000.

  3. Philipe, de há muito ouço sobre os “super-salários” dos agregados em Brasília. São verdadeiras fábulas, se comparados ao miserê nacional, ou até mesmo estadual.

    Só que… nem tudo são rosas. Sei por fonte confiável (que sofre na pele, logo, enganar para quê?) que os superassalariados não embolsam toda a grana. Entre 70 e 80 % do valor volta para as mãos do parlamentar (seria melhor parlamentar), que; por sua vez, embolsa um tanto e entrega o restante para a caixinha do partido. O verdadeiro buraco negro na Terra.

    E se chiar, é demitido (já que os cargos são de “confiança”, não exigem concurso, pelo menos muitos deles) e colocam outro “laranja” no lugar.

    Por isso, pense bem se estiver pensando em deixar de ser blogueiro e tentar uma “boquiha” lá com os caras…

    :-D

  4. Uma coisa legal que aprendi quando fazia cursinho é que a ThyssenKrupp, famosa empresa alemã de rolamentos como escadas rolantes e elevadores fizeram muito sucesso graças a segunda guerra mundial, produzindo rolamentos pra tanques e etc. Na verdade eram duas empresas e depois se fusionaram. Toda vez que ando de elevador e vejo a marquinha deles viajo pensando em toda a evolução das empresas e do elevador até ali.

    • Ola amigo, a ThyssenKrupp no Brasil na verdade entrou comprando uma empresa 100% brasileira, chamada SÛR Elevadores. Procure por esse nome no youtube que você verá vídeos institucionais e propagandas de época. Essa transação ocorreu no final dos anos 90, época em que eu trabalhava na SÛR. Toda a tecnologia na época era desenvolvida em território nacional, era uma bela empresa. Sai de lá em 2004 mas até onde sei, um grupo americano comprou a ThyssenKrupp no Brasil por volta de 2006. A Thyssen e a Krupp eram realmente siderúrgicas alemâs, aqui na Brasil até existia a Krupp Metalurgica, que nada tinha a ver na época com os elevadores. Bons tempos! Eu me amarrava trabalhar na manutenção dos elevadores.

  5. Para ser piloto de caça eu pilotava até por R$ 1.000,00 é a profissão dos sonhos, kkkkk. Realmente R$ 8.154,00 é muito pouco para um piloto de caça, é uma profissão que exige muito conhecimento, e é muito perigosa, ainda mais no Brasil que os aviões são velhos, kkkkkk.

  6. Quando vi que o tema da postagem seria sobre ascensoristas, pensei que seria um texto pequeno, no máximo 3 linhas.

    Mas seguiu um texto gostoso de ser lido, bem desenvolvido e pontuado por curiosidades. Puta merda, cara. “Que bom seria fosse” se os outros blogs mostrassem esse desenvolvimento. Já havia antes elogiado sua forma de escrever, se expressar. Mas não custa repetir.

    Parabéns.

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